23 de abr. de 2020

Podcast Mestre Contábil

Estamos divulgando o podcast Mestre Contábil, uma iniciativa da profa. Marcia Carvalho, co-autora do livro Contabilidade Geral: Uma Abordagem Interativa. Os três primeiros episódios já estão disponíveis:

Episódio I - Pandemia do Coronavírus: O que a Contabilidade tem a ver com isso? (23 minutos) 
Link para o podcast: https://open.spotify.com/episode/67rXxx0pSYSMC7qScmHZEY 
Na estreia do Podcast Mestre Contábil falaremos sobre o papel da Contabilidade na Pandemia do Coronavírus. A ideia desse primeiro podcast surgiu após a leitura do artigo dos professores Natan Szuster e Eliseu Martins: "Proposta Para constituição da Reserva para Contingências em virtude da Pandemia do Coronavírus". Para abordar esse assunto de um modo que os alunos dos primeiros períodos de Contabilidade entendam, convidamos o ex-aluno da Profa. Márcia Carvalho na UFRJ: Lucas Giovanelli. Ele, que trabalha na PwC, irá responder à algumas perguntas dos alunos dos primeiros períodos representados pela aluna também da UFRJ: Tauany Silva.

Episódio II - Por que estudar Contabilidade? (46 minutos) 
Link para o podcast: https://open.spotify.com/episode/5jvsmvMrFlqyJB6h4ITcCX 
No segundo episódio do Podcast Mestre Contábil abordaremos a seguinte questão: Por que estudar Contabilidade? Para responder à essa pergunta convidamos a Profa. Claudia Cruz, professora da graduação e pós-graduação em Ciências Contábeis da UFRJ, autora do blog Ideias Contábeis e co-autora do livro Contabilidade Geral: uma abordagem interativa.

Episódio III - Áreas de Atuação: Auditoria e Perícia Contábil (55 minutos)
Link para o podcast: https://open.spotify.com/episode/71gpO4lim7aBHqJ2yzOT0K
No terceiro episódio do Podcast Mestre Contábil estreiaremos uma série de episódios sobre as Áreas de Atuação do Contador. Nesse primeiro episódio dessa série falaremos sobre as seguintes áreas: Auditoria e Perícia Contábil. Para isso convidamos dois profissionais para responderem às questões enviadas pelos alunos sobre essas áreas de atuação: Fernando Borges – Perito Contábil além de professor, e Luiz Wolf – Sócio-Diretor da KPMG na área de impostos e, também, professor.

Para acompanhar novidades e atualizações do podcast, bem como enviar perguntas e sugestões de temas, siga o perfil do Livro “Contabilidade geral: uma abordagem interativa” e do Jogo de Simulação de Escritório Contábil (https://www.instagram.com/profa.marciacarvalho/) no Instagram.

22 de abr. de 2020

Meu Mestrado e Doutorado em Contabilidade Pública 2020

Meu Mestrado e Doutorado em Contabilidade Pública
Edição 2020
Prazo de submissões se aproxima!!! 3 Maio 2020

Quais são as suas contribuições para a pesquisa em Contabilidade Pública nos próximos anos?

Candidatos a mestrado e doutorado em Contabilidade Pública podem debater e aperfeiçoar seus projetos.

Inscrições e submissão: https://www.even3.com.br/mmd2020/

Submissões: de 06/01/20 a 03/05/20
Confirmação dos selecionados e do programa do evento: até 22/05/2020
Debate dos projetos (online): 03 e 04/06/2020 das 10h às 13h.

Totalmente online, permitirá que participantes de todo o país apresentem suas propostas.

Mais detalhes da submissão em https://bit.ly/3dvy1mM
Modelo do projeto em: https://bit.ly/3dvy1mM

Essa é uma iniciativa do ‘Young Researchers’ Workshop 

8 de abr. de 2020

Impactos do Covid-19 na Contabilidade e na Auditoria

Olá a todos! Reproduzimos a matéria a seguir, publicada no portal da revista Exame sobre os impactos da pandemia causada pelo COVID-19 no trabalho de contadores e auditores. Vale a pena a leitura.

A pandemia do coronavírus se transformou em uma tremenda dor de cabeça para companhias e auditores. A expectativa de uma forte retração da economia está tirando o sono do empresário e fazendo especialistas em contabilidade duvidarem se os ativos hoje registrados nos balanços valem mesmo o que dizem. A angústia maior dos contabilistas é com o tal do teste da imparidade.

Esse exercício de nome feio – uma tradução livre para o “impairment” – nada mais significa do que conferir se os ativos reportados poderão gerar a riqueza que traduzem nas demonstrações financeiras, seja com lucros futuros, seja pela venda do bem. É uma obrigação das empresas e seus auditores, que deve ser cumprida, pelo menos, uma vez ao ano.

O que tem atormentado os auditores é como fazer essa verificação – ou seja, confirmar a verdade dos fatos – diante de um ‘black swan’ com as proporções da covid-19. De um momento para o outro, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil da ‘The Economist Intelligence Unit’, por exemplo, passou de um crescimento de 2,4% para 2020 para uma violenta retração de 5,5% – uma variação de quase 8 pontos percentuais e que ninguém sabe se vai parar por aí. E essa mesma crise afetará companhias e setores de maneiras e intensidade diversas.

À primeira vista, esse debate pode parecer perfumaria de contabilista. Mas não é não. O patrimônio líquido, que pode ser reduzido por essas baixas por imparidade, é um parâmetro de solidez e alavancagem financeira das companhias – e de notas de risco de créditos. Ou seja, pode afetar diretamente o custo do dinheiro em tempos em que é o bem mais escasso e caro.

Feita a confusão, a Exame IN foi ouvir um dos papas da contabilidade no Brasil, Eliseu Martins, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). O conselho número 1 de quem já viveu todas as maxi e mini crises brasileiras é: “calma”.

“A melhor coisa que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fez foi organizar com o governo a Medida Provisória que adiou os balanços do primeiro trimestre para julho”, afirmou. Na opinião do professor, a expectativa é que até lá haja mais visibilidade de todo o cenário. Então, não é necessário sair correndo agora para saber o que lançar.

Ainda não está claro nem o tamanho e nem a duração da crise. Nesse sentido, para Martins, por enquanto, há clareza apenas que, de maneiras diversas, duas linhas dos ativos podem sofrer no curto prazo: recebíveis e estoques.

“Será muito importante reavaliar a capacidade de pagamento da cadeia de cada uma das companhias para ver se os recebíveis serão mesmo convertidos em recursos. Essa é uma linha com maior sensibilidade para este momento”.

Já nos estoques, os mais suscetíveis são os perecíveis, em especial, aqueles sem escoamento. “Por exemplo, o que está acontecendo com os produtores de flores em Holambra [interior de São Paulo]. É preciso ver o que pode ser perdido porque estraga. E o que não estraga, precisa conferir se valerá a mesma coisa.”

Mas sobre os ativos fixos, ou seja, máquinas e equipamentos e toda estrutura das empresas, e também sobre os ágios fruto de aquisições – itens onde parecem morar as maiores perturbações e dúvidas – Martins volta para o primeiro conselho, a calma. Na avaliação dele, ainda não é possível dizer se a crise vai afetar os negócios – ou todos eles – ao ponto de retirar valor do ativo fixo, porque é um bem de uso no longo prazo.

Se o longo prazo é o que precisa ser considerado para o ativo fixo, o mesmo vale para os ágios. Quando uma empresa compra outra, a contabilidade permite que parte da diferença entre o valor da aquisição e o valor contábil da adquirida seja lançado como ágio. Caso haja entendimento que essa riqueza não será recuperada, nem com lucros futuros nem por uma eventual revenda, deveria ser deduzido do total.

Porém, para Martins, é preciso evitar juízos apressados da situação, ainda mais nesse momento sem visibilidade e de muita preocupação. Dessa forma, não se cria uma volatilidade adicional aos balanços. Até mesmo porque uma vez feitas as baixas por imparidade, elas não podem depois simplesmente serem anuladas. Ou seja, a baixa é para sempre.

Para ele, é normal que essas dúvidas existam porque o nível de risco subiu muito. Mas é imprescindível cuidado redobrado para que a objetividade não seja abalada pela falta de visibilidade desse momento.

O professor contou que, na sexta-feira da semana passada, na reunião dos participantes do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) estavam praticamente todos presentes, uma assiduidade que há muito não se via. O “impairment” foi, na visão dele, um dos temas mais comentados.

O CPC foi criado pelo Conselho Federal de Contabilidade em 2005, fruto da iniciativa do próprio e de mais diversas associações e organismos ligados ao mercado de capitais, como CVM, Banco Central (BC), Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), entre outros. Assim como inúmeras outras instituições, nunca trabalhou tanto.
“... nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” (Gilberto Freire)