6 de mar. de 2009

A guerra dos sexos não acabou

A guerra dos sexos não acabou
06 de março de 2009
Por Pollyanna Melo
O avanço da mulher no mercado de trabalho pode até intensificar a disputa por prêmios, promoções, cargos e melhores salários que sempre marcou o cotidiano das empresas. É o que pensam alguns presidentes de Seccionais da Associação Brasileira de Recursos Humanos, que fizeram uma avaliação da situação da mulher no mercado de trabalho em uma conferência virtual promovida pela ABRH-Nacional.Segundo Pedro Fagherazzi, Presidente da ABRH-RS, nota-se em muitas empresas uma "guerra" entre mulheres muito mais intensa do que entre sexos opostos:"A mulher, que avança no mercado de trabalho, busca definir seu espaço, marcar presença, evidenciar sua importância, o que pode levá-la com mais frequência a confrontos com outras mulheres do que com homens", explica Fagherazzi.
Ângela Abdo, Presidente da ABRH-ES, acredita que as relações entre homens e mulheres no espaço do trabalho nunca estiveram melhores: "Notamos como as coisas mudaram quando colocamos uma mulher para atuar em um local onde só trabalham homens ou vice-versa. O clima fica mais ameno, ocorrem menos palavras de baixo calão e a agressividade diminui. Homem e mulher já se adaptaram a essa nova realidade dentro das empresas, conseguindo explorar o que a pessoa do sexo oposto pode lhe oferecer de melhor para completar suas aptidões. Afinal, as diferenças de pensar e de agir que existem entre homens e mulheres também estão presentes no trabalho. Apesar disso, a competição existe não só entre homens e mulheres, mas no ambiente de trabalho como um todo. Quem não quer conquistar um cargo melhor dentro da empresa em que trabalha? Só que homens e mulheres têm formas diferentes de buscar esse cargo. O homem é mais racional, sendo mais realizador para alcançar seu sucesso. As mulheres vêem na sua competência e sensibilidade a porta para chegar a um cargo mais alto na área em que atuam. Por isso, é importante balancear os dois sexos dentro de uma organização, aproveitando o que cada um pode oferecer de melhor para o crescimento da empresa", lembra.
Mas, para José Itajara, Presidente da ABRH-SC, a guerra dos sexos nas empresas está longe de terminar, mas não aparece no radar das pesquisas de clima organizacional que as empresas realizam pelo simples fato de que é algo que as pessoas preferem manter em segredo.

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