A Revista
Universo Contábil (Blumenau, v. 13, n. 3, p. 70-89, jul./set., 2017) publicou
em sua última edição o estudo Narcisismo
e Desonestidade Acadêmica, de autoria de Bruna Camargos Avelino e Gerlando
Augusto Sampaio Franco de Lima.
O
trabalho teve como objetivo verificar se traços de personalidade narcisista
influenciam a probabilidade de estudantes do curso de Ciências Contábeis
apresentarem comportamentos considerados desonestos no âmbito acadêmico.
A
pesquisa foi aplicada a 201 estudantes de IES de três estados brasileiros, por
meio de um questionário. De acordo com o resumo do trabalho, as evidências
empíricas apontam que as respostas dos estudantes remetem a características de
indivíduos narcisistas, tais como: obstinação
em busca de seus objetivos; busca incansável pelo sucesso; preferência por
produções individuais; dificuldades em expressar sentimentos que envolvam
conflitos e sofrimentos; sentimento de culpa quando não atingem seus ideais;
preocupação exacerbada com o corpo; necessidade de impressionar bem os outros;
sentimento de incômodo quando precisam de alguém; busca desenfreada pelo
prazer; dentre outras.
Porém,
segundo os autores, tais tendências narcisistas não exercem influência sobre a
probabilidade de os estudantes apresentarem comportamentos considerados
desonestos no ambiente acadêmico.
No
texto completo do artigo não foi disponibilizado o questionário, mas me causou
curiosidade verificar como foi “avaliada” a probabilidade de os estudantes
apresentarem comportamentos considerados desonestos no ambiente acadêmico. Trata-se
de uma dimensão crítica que, em um questionário, precisa ser colocada de forma
muito sutil para não apresentar viés, uma vez que não parece agradável a
ninguém admitir uma tendência a comportamentos considerados desonestos.
Vou
pedir o acesso ao questionário ao Gerlando e à Bruna. Enquanto isso, segue o
link para acesso ao artigo.
Acesso ao texto
completo do artigo: http://proxy.furb.br/ojs/index.php/universocontabil/article/view/6434/pdf