28 de abr. de 2014

Outras ideias

Da série Outras ideias:
Tudo fala para quem quer ouvir
Tudo ajuda a quem quer caminhar
Todo vento favorece a quem sabe a que porto navegar
Qualquer coisa é obstáculo para quem prefere que tudo fique como está.



‪#‎NãoSouAlegreNemSouTristeSouPoeta‬



25 de abr. de 2014

Dívida pública e Copa do Mundo

Dívida pública sobe mais em cidades-sedes da Copa


As 12 capitais que receberão evento elevaram débitos em 51%, em média. Municípios investiram principalmente em projetos de transporte desengavetados com o pretexto do Mundial

Às vésperas da Copa do Mundo, o torneio apresenta mais uma conta: as cidades que receberão os jogos se endividaram em ritmo bem superior ao de capitais que ficaram fora do evento. Levantamento da Folha em dados do Banco Central aponta que, em dois anos, as dívidas das 12 sedes do Mundial com o Tesouro Nacional ou bancos públicos cresceram, em média, 51%. Nas capitais sem Copa, no mesmo período, a taxa cresceu 20%. Dos municípios com jogos, apenas um –Salvador– conseguiu baixar sua dívida com o governo federal no período. Nas demais capitais, quatro reduziram.

No período pré-Copa, os municípios investiram, sobretudo, em projetos de transporte desengavetados com o pretexto do Mundial.

O governo federal estima os custos dessas obras em aproximadamente R$ 8 bilhões –valor equivalente ao que foi gasto na construção e na reforma dos 12 estádios. A construção das arenas ficou majoritariamente com os governos estaduais. Já na área de mobilidade urbana, a maior parte dos gastos é financiada com recursos do governo federal.

MAIOR PROPORÇÃO

Em 11 capitais, o endividamento com a União subiu entre 3% e 256% desde o início de 2012. Em cinco das 12 cidades também houve expressiva mudança na proporção da dívida em relação à receita. Em Fortaleza, por exemplo, o município tem hoje débito equivalente a 15% de sua receita corrente. No fim de 2011, o índice era zero. Em Porto Alegre, a dívida zerada foi bandeira da campanha do prefeito reeleito José Fortunati (PDT). Agora o débito caminha para alcançar 30% da receita –o próprio balanço do município atribui a alta ao “crescimento nos financiamentos visando a Copa”.

CONSEQUÊNCIAS

Para o professor de administração pública José Matias-Pereira, da Universidade de Brasília, o endividamento preocupa porque as capitais terão pouca capacidade de investimento à frente. “São muitos anos para pagar, e débitos ficam para gerações futuras. Por isso, é preciso um freio para que, no futuro, não paguem por descontrole de um ou outro gestor”, afirmou Aécio Prado Júnior, vice-presidente do Conselho Federal de Contabilidade. O caso mais emblemático é o de Curitiba, governada por Gustavo Fruet (PDT).

Com o empenho de recursos nas obras, a prefeitura contraiu outros empréstimos para bancar dívidas com fornecedores. O endividamento foi de 3,2% da receita no fim de 2011 para 9,8% hoje. O Planalto diz que as intervenções em mobilidade urbana serão o legado do evento. A lista de obras, contudo, sofreu sucessivas alterações nos últimos anos. Projetos foram excluídos e outros continuam pendentes a menos de dois meses do evento.

DEBATE POLÍTICO

Se durante a eleição de 2012 o tema Copa foi destaque nos debates municipais, passada a onda de protestos de 2013, as prefeituras tentam evitar a vinculação dos gastos com o Mundial. “O BRT passa a um quilômetro do [estádio] Mineirão. Não tem sentido dizer que [a obra] é por causa da Copa”, disse o secretário das Finanças de Belo Horizonte, Marcelo Piancastelli. Em Porto Alegre, durante o auge das manifestações do ano passado, o município tirou do pacote para o evento a maior parte dos projetos –a liberação de recursos atrasou e a cidade passou meses com vias interditadas devido a obras paralisadas. Nas 12 cidades, a única que ultrapassa o limite de endividamento previsto em lei é São Paulo. A cidade hoje tem dívida equivalente a 200% da receita corrente líquida, enquanto o limite é de 120%. A prefeitura, no entanto, não buscou financiamento federal para as obras de mobilidade urbana.


Texto de Felipe Bächtold, publicado na Folha - 25.04.2014

Contadores deixam de ser coadjuvantes

A contabilidade está em transformação e os profissionais do setor passaram a ter papel de destaque também nas decisões estratégicas das companhias

Se no início dos anos 2000 a função principal dos profissionais era a prestação de informações para os órgãos governamentais, agora eles também auxiliam na gestão das empresas. "Hoje o contador tem um papel mais importante como gestor do que o de só atender às exigências do Fisco", afirma o presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), José Martonio Alves Coelho. "O profissional da contabilidade tornou-se um consultor do empresário. É ele quem está preparado para entender às necessidades das empresas e auxiliá-las a tomar decisões", concorda o presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont-SP), Jair Gomes de Araújo. A globalização no mundo dos negócios foi um dos pilares que levaram a essa mudança.

O fato é que os contadores e contabilistas - profissionais com formação superior e com técnico em contabilidade, respectivamente - têm um diagnóstico completo da companhia e conseguem contribuir de forma mais efetiva nas decisões estratégicas - como nas definições de investimentos, por exemplo. Além disso, a adoção no Brasil das normas internacionais de contabilidade IFRS (International Financial Reporting Standards) também trouxe grande impacto para essa categoria. "A globalização gerou a necessidade de harmonização das normas contábeis, o que teve forte impacto para os profissionais da área", considera o presidente da Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo (Fecontesp), José de Souza. "Temos um grande desafio na consolidação da convergência das normas brasileiras de contabilidade às normas internacionais, as IFRSs. O cenário econômico mundial, afetado pela crise no Leste Europeu, pode gerar reflexos para o meio empresarial e, por consequência, para o setor contábil", complementa Araújo. "Vivemos um momento único na contabilidade. O pleno andamento e a adoção das normas internacionais provocaram uma grande mudança cultural nos profissionais contábeis, as quais incluem a necessidade de relacionamento internacional com outros profissionais da área", lembra o auditor Claudio Avelino Mac-Knight Filippi, presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP) e sócio da empresa PricewaterhouseCoopers. "O Brasil acordou após um sono de 30 anos no campo dos padrões contábeis e em 2008, através da Lei 11.638/07 e dos pronunciamentos técnicos (CPCs), iniciou a chamada convergência para os padrões europeus, o IFRS. Para aquecer ainda mais, o País introduziu em 2007 o Sped (Sistema Público de Escrituração Digital", comenta Geuma Nascimento, sócia da Trevisan Gestão e Consultoria.

Tecnologia

Com a entrada em vigor do Sped, os contadores também tiveram que se adaptar às novas tecnologias para atender a essa demanda do Fisco. "Hoje há um envolvimento muito grande do profissional de contabilidade com a área de tecnologia, porque ela se tornou fundamental no trabalho deste profissional", afirma o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-SP) e da Associação Profissional das Empresas de Serviços Contábeis de São Paulo (Aescon-SP), Sérgio Approbato Machado Júnior.

"A chegada da tecnologia introduziu informatização em todas as áreas, inclusive na contabilidade, e muitos tiveram o desafio de se atualizar para uma nova era", diz Filippi. "O profissional de contabilidade hoje tem que ser multitarefa. Ele tem que conhecer as leis e a tecnologia e atuar também como um gestor", diz Approbato. Além disso, para garantir que os serviços sejam prestados de forma segura e correta, esse profissional tem que passar por uma atualização constante. "Os profissionais devem ter uma atualização contínua em todos os aspectos, técnicos e comportamentais, para lhes facilitar o convívio com culturas e valores organizacionais distintos", diz Geuma. Neste sentido, as entidades de classe têm tido papel fundamental, com a realização de cursos, palestras e seminários. "A contabilidade exige do profissional atualização constante, porque todos os dias a legislação apresenta novidade. O contabilista se forma, mas nunca pode deixar a sala de aula", destaca Araújo.

Aliás, a falta de qualificação é um dos principais problemas enfrentados na contratação de profissionais no setor, que está ganhando visibilidade a cada ano. Prova disso é que em 2004 a categoria contava com 359 mil profissionais ativos nos conselhos regionais de contabilidade. Em 2011, último dado disponível, eles somaram 487 mil. E a tendência é de seguir em expansão. O último exame de suficiência (teste que permite o exercício da profissão, assim como o exame da OAB para os advogados), por exemplo, contou com 48 mil candidatos em todo o País. "O exame é uma forma de melhorar o ensino no País", afirma o presidente do CFC. De acordo com ele, o exame é quantificado e apresentado para as instituições para dar um retrato de como os alunos estão saindo das faculdades. "É a nossa contribuição para garantir que haja um ensino de qualidade", afirma. Além disso, a falta de contadores que falem um segundo idioma é uma das deficiências dos profissionais do setor, especialmente com a convergência para normas internacionais.

Texto de Gilmara Santos, publicado no DCI - 25.04.2014

Profissional da Contabilidade

25 de abril, dia do Profissional da Contabilidade. 
Parabéns a todos os que escolheram essa profissão e a desempenham com ética e responsabilidade.

Quantos somos: Contabilidade no Brasil possui 490 mil profissionais

Dando exemplo: Comissão Permanente de Transparência do CFC

21 de abr. de 2014

PPA rejeitado

Coisas que a gente descobre numa Coleta de Dados!

De acordo com o artigo da Constituição Federal, artigo 165: Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual.
Mas no município de Sumaré, Estado de São Paulo, ocorreu um fato inédito: o projeto do PPA elaborado pelo Poder Executivo foi rejeitado pelo Legislativo Municipal!
E agora, José?

A matéria está publicada no site da prefeitura:

Surpresa, Prefeitura de Sumaré lamenta rejeição do PPA 2014-2017 pela Câmara e busca parecer do CEPAM

A prefeita de Sumaré, Cristina Carrara, lamentou profundamente nesta quarta-feira, 6 de outubro, a rejeição em segunda votação, por 11 dos 21 vereadores da Câmara Municipal, do PPA (Plano Plurianual) 2014-2017. A lei, cuja iniciativa é exclusiva do Executivo, prevê R$ 3,1 bilhões em custeio e investimentos na cidade ao longo dos próximos 4 anos, norteando todas as ações da Prefeitura neste período. Cristina e sua equipe lembraram que o fato é inédito na história da cidade, desconhecendo-se que tenha ocorrido algo semelhante em outros municípios.

Devido ao inusitado do fato, a Administração Municipal está solicitando, ao CEPAM (Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal, com o qual a Prefeitura acaba de firmar convênio), um parecer de como proceder para solucionar este impasse.

Devido ao risco legal de paralisação das atividades da Prefeitura e preocupação quando à eventual falta de condições de governabilidade a partir de 1º de janeiro do ano que vem, a Municipalidade não descarta também comunicar o ocorrido na sessão da Câmara da última terça-feira à Justiça, ao Ministério Público e ao TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo). A prefeita adiantou, no entanto, que vai buscar rapidamente uma saída legal que impeça este “pior cenário”.

“A gente desconhece um cenário como este em nível local, regional e até mesmo estadual. Não sabemos de nenhum outro município em que a Câmara tenha rejeitado o PPA sem qualquer motivo técnico ou legal justificável, como ocorreu aqui. Estamos aguardando para ver qual a razão que os senhores vereadores que votaram contra vão dar para rejeitar o Plano Plurianual, que não tem qualquer problema legal. Nele estão todas as ações da Prefeitura, todo um planejamento de gastos, obras e serviços para os próximos 4 anos. Estamos consultando o CEPAM e outros especialistas para sabermos como proceder, pois isto é algo nunca visto”, afirmou Cristina.

Por fim, Cristina Carrara rechaçou a afirmação de que o PPA, como foi proposto, não estaria refletindo os anseios e necessidades da população de Sumaré. “O PPA proposto reflete plenamente a vontade da população de Sumaré, pois ele é baseado no nosso Plano de Governo, aprovado pela força soberana das urnas, e também em audiência pública realizada nas instalações da própria Câmara de Vereadores”, finalizou a chefe do Executivo.

PPA
O secretário Municipal de Finanças e Orçamento, Hamilton Lorençatto, destacou que “cabe ao Executivo, segundo a Constituição e a Lei Orgânica do Município, a construção da versão final do PPA”.

Segundo Lorençatto, “o Plano Plurianual é o instrumento de planejamento orçamentário em que devem ser estabelecidos os objetivos e as metas quadrienais da administração para as despesas de capital, estas definidas pelo artigo 12 da Lei Federal nº 4.320/1964 (conhecida como ‘Lei do PPA’), compondo-se pelos Investimentos, Inversões Financeiras e Transferências de Capital, e para as despesas relativas aos programas de duração continuada, conforme dispõe o § 1º do inciso I do artigo 165 da Constituição Federal”.

O objetivo do PPA é ordenar as ações de governo, com o intuito de alcançar os objetivos e metas fixados para um período de quatro anos. A partir dos objetivos estratégicos da administração pública, e de acordo com as prioridades estabelecidas pela gestão, ele prevê os recursos que serão utilizados, os programas e obras que serão executados ao longo do seu período de vigência.


“O Plano Plurianual é o carro chefe do orçamento. Nenhuma ação orçamentária pode acontecer se não estiver prevista no PPA. Podemos dizer, então, que o PPA constitui uma espécie de roteiro para execução das políticas públicas. Ele autoriza que determinada política pública tenha alocação de recursos públicos nos próximos quatro anos. O PPA é um planejamento de longo prazo (4 anos) , das ações do Governo por área retratando de maneira global os investimentos no município. As realizações dos projetos específicos dependem de estudos que levem em conta a demanda da população, de áreas disponíveis e outras necessidades que devem ser pontuadas para serem implantadas”, acrescentou.

Fonte: PMS

17 de abr. de 2014

Parabéns, Blog Contabilidade Financeira!

Parabéns, Blog Contabilidade Financeira!


Para os que não me conhecem, sou contadora... De histórias!
E hoje vou contar uma história de primeira.
Na verdade vou falar de um blog...

O Blog de Contabilidade mais influente do Brasil
Milhares de visualizações e curtidas
Eles falam de Contabilidade de forma didática e divertida!
Abordam atualidades contábeis, piadas e IFRS
Os autores do Blog todo mundo conhece!

César, Isabel e Pedro são os blogueiros de plantão
Se queres aprender Contabilidade,
Começa a seguir o blog, não demora não!

As bodas são de papoula ou barro
A festa é na blogosfera virtual
Nos posts do Blog CF eu me amarro,
Seja no Twitter, Facebook, Instagram!
O melhor blog ontem, hoje e amanhã!

Eu também tenho um blog para discutir Contabilidade
Ideias contábeis, pesquisas e muito mais
E posso dizer que os blogueiros do CF
Do blog Ideias Contábeis são os pais.

Tudo bem! Talvez não sejam pais,
Mas do parentesco eu não abro mão
Muito mais que inspiração,
O CF é o nosso blog irmão!

Irmão mais velho, que fique registrado!
São oito anos de ideias e histórias para contar
Oito anos de muita postagem criativa e maneira
Parabéns e vida longa ao Blog Contabilidade Financeira!


16 de abr. de 2014

Experiências de uma Coleta de Dados

A coleta de dados da minha tese está sendo um verdadeiro celeiro de achados. Alguns são tão curiosos que o primeiro impulso é partilhar no Blog. 


- O secretário municipal de Planejamento do município de Campina Grande - PB tem doutorado e Currículo Lattes [atualizado]... Conheço alguns professores que deveriam seguir o exemplo desse secretário!!!
- Notícia curiosa no site do município de João Pessoa - PB: Dia da Prostituta é comemorado na Capital com várias atrações!
- O município de Petrópolis - RJ possui um Portal da Transparência bem organizado e com bastante informação, que deveria ser pública, mas que só é acessível por meio de login e senha... E não há meio de fazer o cadastro no site!
- Qual a lógica de município ter uma Secretaria da Fazenda e uma Secretaria de Receita e Rendas e não ter uma Secretaria de Planejamento?
- O site do Município de Volta Redonda - RJ apresenta um link com os nomes e contatos de todos os contadores que atuam no município. Isso mesmo, contadores!

Comportamento do profissional de Contabilidade

O Conselho Federal de Contabilidade aprovou em 24 de janeiro de 2014 a NBC PG 100 – Aplicação Geral aos Profissionais da Contabilidade. A norma foi elaborada de acordo com algumas disposições do Código de Ética da IFAC e trata os seguintes tópicos: Princípios éticos, Integridade, Objetividade, Competência e zelo profissionais, Sigilo profissional e Comportamento profissional.

Destaco alguns pontos interessantes da norma:

Princípios éticos
Uma marca característica da profissão contábil é a aceitação da responsabilidade de agir no interesse público. Portanto, a responsabilidade do profissional da contabilidade não é exclusivamente satisfazer as necessidades do contratante.
As circunstâncias em que o profissional da contabilidade trabalha podem criar ameaças específicas ao cumprimento dos princípios éticos. É impossível definir todas as situações que criam ameaças ao cumprimento dos princípios éticos e especificar as medidas adequadas. Além disso, a natureza dos trabalhos e das designações de trabalho pode variar e, consequentemente, diferentes ameaças podem ser criadas, o que requer a aplicação de diferentes salvaguardas.
O profissional da contabilidade pode ter que resolver um conflito para cumprir com os princípios éticos

Integridade
O princípio de integridade impõe a todos os profissionais da contabilidade a obrigação de serem diretos e honestos em todos os relacionamentos profissionais e comerciais. Integridade implica, também, negociação justa e veracidade.

Objetividade
O princípio da objetividade impõe a todos os profissionais da contabilidade a obrigação de não comprometer seu julgamento profissional ou do negócio em decorrência de comportamento tendencioso, conflito de interesse ou influência indevida de outros.
O profissional da contabilidade pode ser exposto a situações que podem prejudicar a objetividade. É impraticável definir e avaliar todas essas situações. O profissional da contabilidade não deve prestar um serviço profissional se uma circunstância ou relacionamento distorcerem ou influenciarem o seu julgamento profissional com relação a esse serviço.

Competência e zelo profissionais
A manutenção da competência profissional adequada requer a consciência permanente e o entendimento dos desenvolvimentos técnicos, profissionais e de negócios pertinentes. Os desenvolvimentos técnicos contínuos permitem que o profissional da contabilidade desenvolva e mantenha a capacitação para o desempenho adequado no ambiente profissional.

Sigilo profissional
O profissional da contabilidade deve manter sigilo, inclusive no ambiente social, permanecendo alerta à possibilidade de divulgação involuntária de informações sigilosas de seus clientes, especialmente a colega de trabalho próximo ou a familiar próximo ou imediato.
A necessidade de cumprir o princípio do sigilo profissional permanece mesmo após o término das relações entre o profissional da contabilidade e seu cliente ou empregador. Quando o profissional da contabilidade mudar de emprego ou obtiver novo cliente, ele pode usar sua experiência anterior. Contudo, ele não deve usar ou divulgar nenhuma informação confidencial obtida ou recebida em decorrência de relacionamento profissional ou comercial.

Comportamento profissional
O princípio do comportamento profissional impõe a todos os profissionais da contabilidade a obrigação de cumprir as leis e os regulamentos pertinentes e evitar qualquer ação que o profissional da contabilidade sabe ou deveria saber possa desacreditar a profissão.


A norma pode ser acessada na íntegra no site do CFC.

15 de abr. de 2014

Pós-graduações interdisciplinares

Pós-graduações interdisciplinares são as que mais crescem
Programas desse modelo sãos os que mais têm cursos, mas maioria tem nota mínima (!)

Os programas de pós-graduação (PPGs) interdisciplinares são os que mais crescem no País desde 1999, quando a área interdisciplinar foi criada na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação (MEC) que autoriza e avalia esses cursos no País. A área é também a maior na Capes hoje, com 296 programas e 374 cursos – cada programa pode incluir mestrado e/ou doutorado. Apesar do crescimento, até 2012, a maior parte dos cursos interdisciplinares (54%) ainda tinha a nota mínima, 3, segundo o último relatório trienal da Capes. Nenhum alcançou a nota máxima, que é 7.

Segundo o professor dos programas de pós-graduação em Desenvolvimento Rural, que é interdisciplinar, e em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Jalcione Almeida, entre os motivos que explicam as baixas notas estão a pouca idade dos cursos e o fato de a prática interdisciplinar ser recente nas universidades. "Esses cursos surgem, em boa medida, em centros universitários fora dos grandes eixos, com uma espécie de agrupamento de intelectuais de diferentes áreas, pois as pequenas universidades não conseguem montar um curso disciplinar com poucos professores."

Além disso, ele explica, as exigências da Capes para a qualidade dos programas é alta. "Os cursos têm de correr atrás para ter uma equipe docente que dê conta e uma proposta que seja alinhada."

Já para Marlize Rubin Oliveira, professora do programa de pós-graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), o fato de a avaliação e o financiamento fazerem parte do mesmo processo pode influenciar as notas. "É uma novidade desde a década de 1990 que a avaliação e o financiamento façam parte do mesmo processo. Há um volume de dinheiro para ser distribuído conforme as notas."

Segundo Marlize, os critérios de avaliação ainda são muito pautados por análises disciplinares e isso prejudica a área. "Avaliar cursos interdisciplinares com critérios disciplinares acaba penalizando esses cursos. Isso vem evoluindo, mas o segundo grande passo pelo qual a área passará será cada vez mais ser avaliada por critérios interdisciplinares."

Para o diretor de avaliação da Capes, Lívio Amaral, a média dos novos cursos e de novas áreas, quando criados, é menor em relação àquelas que existem há muito tempo e estão consolidadas. "Áreas novas, quando foram criadas, não tinham notas altas, 6 e 7, justamente porque elas são dadas com base em uma referência e uma identificação. Em uma área nova, nem o curso nem a comunidade sabem exatamente como distinguir essa identidade e a qualificação dentro dessa identidade. Isso não aconteceu só em Interdisciplinaridade, mas em Biomedicina e Biotecnologia também, por exemplo", afirma.

História. A área nasceu em 1999, com o nome de Área Multidisciplinar, por demanda de um grupo de programas que estava mal avaliado em suas áreas porque apresentava aspectos multi e interdisciplinares. Depois, foi criada uma comissão para avaliar os programas, considerando a formação diversa dos professores – principalmente aqueles vindos de universidades que tinham corpo docente restrito – e a realidade dos objetos de pesquisa contemporâneos, que exigem a ampliação dos campos de análise. Em 2008, a área passou a se chamar Interdisciplinar.

O grupo mais representativo no processo de criação da área foi o dos programas de Meio Ambiente. "O nascimento desses programas foi incentivado principalmente pela (Conferência) Rio-92, pois a discussão ‘sociedade e natureza’ estava muito pungente naquela época", explica Marlize.

A consolidação desses cursos fez com que nascesse da área interdisciplinar uma outra: a de Ciências Ambientais. Entre 2009 e 2010, 47 cursos migraram das interdisciplinares para as ambientais.

Em 2012, a área interdisciplinar estava dividida em quatro câmaras temáticas: Sociais e Humanidades (30% dos cursos); Engenharia, Tecnologia e Gestão (24,5%); Saúde e Biológicas (23,6%); e Desenvolvimento e Políticas Públicas (21,9%). Essa mesma configuração se mantém até hoje.

Há dois anos, a área passou a ter programas em todos os Estados. O número aumentou, mas a distribuição porcentual por região teve pouca variação. A maior parte dos programas em 2012 estava concentrada no Sudeste, um total de 119. O Estado mais representativo é São Paulo, com 60 programas, seguido do Rio de Janeiro, com 36. A Região Norte, embora seja a que tem menos cursos (24), é a que mais cresce: 84,6% entre o triênio 2007-2009 e 2010-2012.

Crescimento. Para quem está em um programa interdisciplinar, a possibilidade de analisar um mesmo objeto de pesquisa sob a esfera de diferentes áreas do conhecimento é um reflexo da realidade social e também da academia.

Fonte: Estadão

Problemas com auditorias

Auditorias ao redor do mundo estão cheias de problemas

Descoberta levanta grandes questões políticas sobre se já foi feito o bastante em termos de legislação global para melhorar a qualidade das auditorias

Auditorias em companhias públicas e em bancos conduzidas ao redor do mundo por unidades afiliadas às seis maiores empresas de contabilidade do mundo estão persistentemente cheias de problemas, afirmou um grupo internacional de reguladores.

A descoberta, divulgada em pesquisa do Fórum de Reguladores de Auditores Independentes (IFIAR, na sigla em inglês), levanta grandes questões políticas sobre se já foi feito o bastante em termos de legislação global para melhorar a qualidade das auditorias desde a crise financeira de 2007-2009.

Pouco antes do estouro da crise, muitos bancos listados pintaram quadros positivos sobre seus registros contábeis apenas para depois sofrerem grandes perdas com títulos atrelados a hipotecas de alto risco que estavam em suas carteiras.

"A alta taxa de deficiências e suas gravidades em aspectos críticos das auditorias (...) é um alerta para as companhias e para os reguladores", disse Lewis Ferguson do Conselho de Supervisão de Contabilidade de Companhias Públicas, órgão que fiscaliza auditores nos Estados Unidos.

"Mais precisa ser feito para melhorar a confiabilidade do trabalho de auditoria que é executado globalmente em nome dos investidores." A pesquisa global sobre a performance de auditorias foi divulgada ao final de um encontro de três dias em Washington que incluiu a participação de reguladores de várias partes do mundo.

Juntos, os 50 reguladores formam o IFIAR, uma coalizão formada em 2006 para melhorar o compartilhamento e coordenação de informações.

As descobertas do levantamento discutidas derivam principalmente de inspeções conduzidas em 2013 por companhias afiliadas às seis maiores empresas de contabilidade do mundo. Isso inclui as "quatro grandes" do setor: PricewaterhouseCoopers, KPMG, Deloitte e Ernst & Young, bem como BDO e Grant Thornton.

Fonte: Exame
“... nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” (Gilberto Freire)