25 de nov. de 2008

Razões para freqüentar um curso de Graduação



Traduzinho:

Fatia Azul - Ambição Acadêmica;

Fatia Marron - Manter imagem elitista;

Fatia Verde - Gosto pelo sofrimento (masoquismo);

Fatia vermelha - Um forma de evitar o trabalho pesado.

Fonte: http://graphjam.com/

21 de nov. de 2008

História da Contabilidade (Vídeo)

Disponível no Youtube um vídeo da Fundação Brasileira de Contabilidade que trata da história da ciencia contábil.
Link: http://br.youtube.com/watch?v=0_KO-1MyJ9A

Questões contábeis incluídas na declaração de princípios e propostas adotados na Cúpula do G20

No encerramento da reunião da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países mais ricos e os principais emergentes), realizada em Washington, foi apresentada uma declaração final de princípios e propostas de reformas dos mercados financeiros.
Também foi adotado um “plano de ação” para desenvolver estes princípios, e que devem ser elaborados com mais detalhe pelos ministros de finanças. Dos princípios cabe destacar alguns que tem foco na Contabilidade, tais como:
a) Fortalecimento da transparência e a prestação de contas mediante um aumento da informação sobre produtos financeiros complexos, garantir a informação completa e precisa por parte das empresas sobre suas condições financeiras e ajustar os incentivos para evitar os riscos excessivos.
b) Promover a integridade (ética) ao impedir a manipulação e a fraude nos mercados financeiros, ajudar e evitar os conflitos de interesses, e criar uma proteção para que não se use o sistema financeiro para ajudar o terrorismo, o narcotráfico, e outras atividades ilegais.
c) Resolver as debilidades contábeis e as normas de informação sobre ativos fora de balanço.
d) Revisar e uniformizar os padrões contábeis de forma global.

Analfabetismo Financeiro - Parte II

Você é financeiramente letrado?

Quão importante é a disseminação do conhecimento financeiro para a saúde de uma sociedade moderna?
Bem, eu diria que muito.
Assim como Annamaria Lusardi, uma professora de economia do Dartmouth College, que sabe e cuida da alfabetização financeira mais do que qualquer outra pessoa que você provavelmente encontrará.Em uma sociedade com um sistema financeiro moderno e bem complexo como os Estados Unidos, provavelmente não é um bom sinal o fato de mais da metade de seus cidadãos não serem capazes de lidar com economia básica, como mostrado em um novo estudo de Lusardi, intitulado "Alfabetização Financeira: Uma Ferramenta Essencial para uma Opção Informada pelo Consumidor?"
Entre os conhecimentos básicos estão saber como um cartão de crédito realmente funciona; entender a beleza do juro composto e o horror de pagar o valor mínimo do cartão de crédito; saber como economizar e investir mesmo quando pensa que não pode etc.
E nem mesmo tocamos nas questões macroeconômicas mais simples, como oferta e demanda. É possível imaginar quão diferente seria a cobertura estridente do noticiário a respeito do aumento dos preços da gasolina caso o público (e a mídia) se importasse ao menos um pouco em saber como a economia de fato funciona?Então, o que pode ser feito? Eu procurei Lusardi para algumas respostas.
P.: Como se compara a alfabetização financeira nos Estados Unidos a de outros países desenvolvidos?
R.: Esta é uma pergunta difícil de responder porque, como você pode saber a partir do meu trabalho, quase nenhuma pesquisa (nacional) conta (ou contava) com informação para medir a alfabetização financeira. Além disso, nós não dispomos de um conjunto consistente de perguntas sobre alfabetização entre os países. Mas a julgar por algum trabalho que tenho feito, comparando os Estados Unidos com a Holanda e a Itália, e pelo Relatório para Melhoria da Alfabetização Financeira da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, eu posso dizer que os outros países desenvolvidos enfrentam o mesmo problema de amplo analfabetismo financeiro. O analfabetismo financeiro pode até ser pior nos outros países do que nos Estados Unidos.
P.: Se você fosse presidente dos Estados Unidos por um dia (ou mais), quais seriam os cinco itens de alfabetização financeira que tentaria ensinar a todos?
R.: Se fosse presidente por um dia, eu gostaria que os seguintes assuntos fossem ensinados no colégio:
1. O básico sobre como os mercados funcionam. Coisas como: é a lei da oferta e demanda que determina os preços em mercados competitivos e a taxa de juros é o preço do dinheiro.
2. O valor temporal do dinheiro e o funcionamento do juro composto: porque muitos pagamentos nas finanças acontecem em pontos diferentes do tempo, é preciso saber como comparar os pagamentos. O desconto está na base do preço de um ativo. Qual é o preço dos títulos? É o valor no presente de seus pagamentos. A composição dos juros é um conceito fundamental e exige um pouco de matemática. É muito importante entender a composição dos juros para poder apreciar plenamente a importância de começar a economizar cedo e como tomar empréstimos e administrá-los.
3. O conceito básico de risco e o funcionamento da diversificação do risco e seguro: muitas das decisões sobre poupar e investir estão ligadas a como lidar com o risco.
4. Contabilidade básica: para saber os valores líquidos é preciso subtrair ativos e obrigações, e que faz uma grande diferença entre escolher preços de mercado e preços contábeis.
5. Direitos e responsabilidades dos consumidores e instituições. As pessoas precisam saber que há uma Sociedade Federal de Seguro de Depósito, que os depósitos bancários são seguros (até US$ 100 mil) e que não há necessidade de fazer fila para sacar depósitos; elas precisam saber quem tem e não tem deveres fiduciários e o que significa o uso de um consultor financeiro (você não pode processá-los em caso de queda do mercado de ações).
Stephen J. Dubner

Analfabetismo Financeiro - Parte I

Analfabetismo Financeiro
Freakonomics: sobre o capitalismo, o melhor sistema econômico já inventado, e o analfabetismo financeiro
Por: Stephen J. Dubner e Steven D. Levitt
Ainda não jogue fora seu capitalismoA turbulência na economia americana fez muitas pessoas atacarem o capitalismo, por um bom motivo: o capitalismo é inerentemente turbulento. Este é motivo para Joseph Schumpeter, o lendário economista de Harvard, chamá-lo de "destruição criativa".Dito isso, muita gente (inclusive eu) ainda assim considera o capitalismo como o melhor sistema econômico já inventado. Ele é perfeito? Dificilmente. Quando penso no capitalismo, eu penso no que Churchill certa vez disse sobre a democracia: "
A democracia é a pior forma de governo, salvo todas as outras formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos".Uma boa forma de apreciar seu próprio sistema bom mas imperfeito é visitar o sistema pior e mais imperfeito de outro país. Aqui está o exemplo de um livro interessante que estou lendo -" The Gridlock Economy", de Michael Heller, um professor de lei imobiliária da Universidade de Colúmbia:"
No final de 1991, enquanto a União Soviética estava ruindo, eu viajei para Moscou como parte de uma equipe do Banco Mundial. O novo governo de Boris Yeltsin queria saber o que era preciso para criar uma economia de mercado em um país sem memória viva do capitalismo.""Eu fiquei impressionado em quanto o socialismo inverteu as coisas. No inverno de Moscou, meus amigos deixavam suas janelas abertas para os apartamentos não superaquecerem. Por quê? A energia não tinha um preço, de forma que não havia termostatos.
Todo mundo viajava grandes distâncias para trabalhar. Por quê? Terrenos e transporte não tinham um preço, de forma que Moscou tinha chalés próximos do centro da cidade e altos prédios de apartamentos nos subúrbios distantes.
Milhões estavam socados em conjuntos habitacionais obsoletos, mas não havia como desenvolver os terrenos próximos. Estes custos se tornaram visíveis tão logo os russos começaram a atribuir um preço aos terrenos, à energia e outros recursos no valor de mercado mundial.
A transição foi dolorosa."Provavelmente nos faria bem perceber que o atual barulho em torno dos aumentos dos preços nos Estados Unidos é, na verdade, o som de muitos ovos sendo quebrado, o que de forma moderada poderá ser uma boa coisa para muitas pessoas. A dor do momento é real, mas também é a força do sistema.Stephen

J. Dubner

Entenda o Mercado de Ações - Uma história didática

Uma vez, num vilarejo, apareceu um homem anunciando aos aldeões que compraria macacos por $10 cada. Os aldeões sabendo que havia muitos macacos na região, foram à floresta e iniciaram a caça aos macacos. O homem comprou centenas de macacos a $10 e então os aldeões diminuíram seu esforço na caça. Aí, o homem anunciou que agora pagaria $20 por cada macaco e os aldeões renovaram seus esforços e foram novamente à caça.Logo, os macacos foram ficando cada vez mais escassos e os aldeões foram desistindo da busca. A oferta aumentou para $25 e a quantidade de macacos ficou tão pequena que já não havia mais interesse na caça.O homem então anunciou que agora compraria cada macaco por $50!Entretanto, como iria à cidade grande, deixaria seu assistente cuidando da compra dos macacos. Na ausência do homem, seu assistente disse aos aldeões: "Olhe todos estes macacos na jaula que o homem comprou. Eu posso vender por $35 a vocês e quando o homem retornar da cidade, vocês podem vender-lhe por $50 cada."Os aldeões, espertos, pegaram todas as suas economias e compraram todos os macacos do assistente.Eles nunca mais viram o homem ou seu assistente, somente macacos por todos os lados.
Agora você entendeu como funciona o mercado de ações.
Fonte: http://conjunturacontabil.blogspot.com/

Brasil: um país de classe média segundo Economist

Na edição de 12/09/2008, a revista britânica The Economist destaca o crescimento da classe média no Brasil, que hoje ultrapassa metade da população.
“O Brasil, antes notório por seus extremos, é agora um país de classe média”, diz a reportagem, que cita dados da Fundação Getulio Vargas.“Esta escalada social é vista, principalmente, nos centros urbanos do país, revertendo duas décadas de estagnação econômica iniciada nos anos 80.”Citando Marcelo Neri, da FGV, a revista aponta duas principais razões para o crescimento da classe média: a melhora no nível de educação, com os alunos permanecendo nas escolas por mais tempo do que no início dos anos 90, e a migração de empregos do mercado informal para a economia formal.“O ritmo da criação de empregos formais está se acelerando, com 40% mais empregos criados nos 12 meses até julho do que no mesmo período do ano passado, o que, em si mesmo, é um recorde”, afirma a Economist.“Junto com a transferência de renda para famílias pobres, isso ajuda a explicar o fenômeno - o que não ocorre com o desenvolvimento econômico e social da Índia ou da China. Com o crescimento da classe média brasileira, a desigualdade diminuiu no país.”
Leia na íntegra
Fonte: The Economist via BBC Brasil

Qual o objetivo de uma empresa?

Tradicionalmente ensinamos aos nossos alunos que o objetivo de uma empresa, sob a ótica financeira, é maximizar valor. A palavra Valor deve ser o foco de atenção de uma gestão. Na prática, no entanto, parece que isto nem sempre é verdade. Os gestores tendem o focar sua gestão em outro objetivo financeiro: maximizar receita.
Uma possível razão para que isto ocorra talvez esteja nas características comportamentais dos executivos, que consideram os negócios uma competição contra seus concorrentes onde ganha quem tiver a empresa com maior receita.
Na semana passada o mercado financeiro ficou sabendo da aquisição do Unibanco pelo Itaú. Com isto, a nova instituição financeira passou a ser a primeira em certos critérios, deixando o Banco do Brasil em segundo lugar. Qual a reação dos executivos do BB? Em lugar de observar a qualidade dos seus investimentos e preocupar-se com a agregação de valor, o foco passou a ser suplantar o novo líder.
Isto está muito claro na afirmação do presidente da república (lembre-se que o governo brasileiro ainda é o principal acionista do BB), que afirmou:
"O Banco do Brasil era o principal banco do Brasil. Com a fusão do Itaú e do Unibanco, o Banco do Brasil passou a ser o segundo banco e nós queremos que o Banco do Brasil seja muito maior do que qualquer outro banco no Brasil" (Empenhado em fazer BB voltar ao topo, Lula recebe governador de SP, Valor Econômico, 19/11/2008) [Um comentário próximo também saiu na Gazeta Mercantil, em Para Lula, Banco do Brasil tem de ser a maior instituição do País: "Queremos que o Banco do Brasil seja muito maior que qualquer outro banco do Brasil", 19/11/2008, Finanças & Mercados - Pág. 1, Ayr Aliski]
Os acionistas minoritários do BB perceberam que a busca pelo primeiro lugar no ranking pode não ser interessante sob o ponto de vista de valor da empresa (e valorização do preço da ação, por conseqüência):
A União Nacional dos Acionistas Minoritários do Banco do Brasil (Unamibb) considera que o governo está agindo por vaidade ao decidir a favor da compra do Nossa Caixa pelo Banco do Brasil. "Com a fusão do Unibanco com o Itaú, Lula não quer que o BB caia do galho, mas crises não se resolvem assim. A crise financeira no mundo está associada à falha de regulamentação e não à falta de estatização", afirma a vice-presidente da Unamibb, Isa Musa.(Governo age por vaidade, diz associação de minoritários do BB , Estado de S. Paulo, 20/11/2008)

Accounting for concern

Can auditors be sure a firm will survive the next 12 months?

A FEW months before XL Leisure Group, Britain’s third-largest tour operator, filed for bankruptcy in September, leaving thousands of holidaymakers stranded, it issued a set of accounts, signed off by its auditors, that gave no hint it was about to go bust. Such experiences haunt auditors as they grapple with year-end accounts in the cruellest economic climate most have ever experienced. “Companies and their auditors have got to get used to the idea that nothing is as it used to be,” comments Will Rainey, a partner at Ernst & Young, one of the big-four accounting firms.
The problem is that year-end accounts are prepared on the basis that a business is a “going concern”, ie, that it will operate for the foreseeable future, or at least 12 months after the reporting period. That judgment is made by the board of directors, and auditors have to agree with it.
The difficulty they face is that most companies fund their operations in part through borrowing, which can stretch from simple overdrafts to huge syndicated loans. Each year, auditors will often seek letters from their clients’ bankers reassuring them that they will renew lending facilities in the ordinary course of business. But this year many banks may well refuse to write those letters because they do not want to commit to new lending. It will lead to some difficult judgment calls on the availability of funding next year, Mr Rainey says.
According to international standards, directors and auditors usually have three options with accounts: they can prepare them on a going-concern basis, which is standard but might expose them to charges of negligence if they are wrong; if they do not believe the business is a going concern, they must prepare the accounts on a break-up basis; or they can express some doubts about the company’s future, but still prepare the accounts on the going-concern basis. (Britain’s Financial Reporting Council has suggested a fourth alternative, that would express “serious doubt” about the ability of the company to continue as a going concern. But auditors say this may add to confusion.)
The temptation this year will be to express some doubts about funding uncertainties, but auditors realise that if they do that too widely, the caveat will become meaningless. Steve Priddy, of the Association of Chartered Certified Accountants, says that the onus will be on directors to be frank about any worries, even when they consider the firm a going concern. But if banks do not want their most creditworthy clients to suffer, they should be a bit bolder, too. After all, many now have the explicit backing of their governments. So they can afford to be a bit more public-spirited in these peculiar times.
Fonte: The Economist

17 de nov. de 2008

Valor Contábil vs. Valor de Mercado

Blue chips têm valor em bolsa inferior ao patrimônio
Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados
Por Maria Luíza Filgueiras
Gazeta Mercantil – 12/11/2008
A contabilidade dos investidores não segue o mesmo raciocínio dos métodos de balanços financeiros. O que uma empresa vale, sem ponderações de crescimento, fatia de mercado ou cenário econômico, conforme indica a cifra do patrimônio líquido nos demonstrativos de resultados, deveria assegurar um valor ao menos equivalente na bolsa de valores - mas este deságio está ficando cada vez mais comum.Levantamento da Economatica, a pedido da Gazeta Mercantil, mostra que 21 ações da carteira do Ibovespa apresentam cotação por papel inferior ao valor patrimonial por ação (medido pelo índice P/VPA ou preço da ação por valor patrimonial ajustado), considerando o preço de negociação na segunda-feira, dia 10 de novembro. Na mesma data do ano passado, eram apenas dois papéis com P/VPA inferior a um no Ibovespa - ambos da mesma empresa, a PNB e a ON da Eletrobras.Na nova lista, estão papéis que eram considerados, antes da crise financeira e temor de recessão mundial, verdadeiros portos-seguros da renda variável, como Gerdau, Usiminas, JBS e Vivo."Não é normal uma empresa valer menos que seu patrimônio já que os valores dos ativos comprados tendem justamente a gerar maior valor no futuro", pondera Ricardo Almeida, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA). A discrepância de valores reside justamente na palavra "futuro". O temor dos investidores é que o desaquecimento econômico destrua valor nas companhias e comprometa o potencial de geração de resultados - minando o potencial de ganhos do acionista.Por isso, por si só, o P/VPA não é um indicativo de pechincha. "Normalmente significa que a ação está barata e é uma boa oportunidade de compra. Mas a avaliação deve ser feita caso a caso", alerta Luciana Leocádio, chefe de análise da Ativa Corretora. "Se a companhia estiver em dificuldade financeira, num setor que será comprometido com uma recessão, as perspectivas não são boas."É o caso das companhias siderúrgicas, reféns do desaquecimento chinês e norte-americano, com a retração das vendas de automóveis que já levaram, inclusive no Brasil, a férias coletivas nas montadoras. "Na construção civil, as empresas começaram a rever número de lançamentos e podem ter dificuldade de financiamento no curto prazo. Nestes casos, a oportunidade pode estar no longo prazo, mas não no curto", define Leocádio.Até empresas cotadas pelo mesmo montante que o valor patrimonial apresentam significativa queda. A Vale, por exemplo, era avaliadas em bolsa em novembro passado (quando a crise internacional já tinha começado) por 4,46 vezes o valor patrimonial (no caso da PNA), múltiplo que caiu para 1,39 um ano depois.Para Fernando Campello, gerente de contas da corretora Hera Investment, o indicador pode servir como uma margem de segurança para o investidor. "Para o acionista que comprou um ação que vale 50% de seu patrimônio, será ótimo se a empresa crescer. Mas mesmo que se a companhia quebrar, com um deságio na venda de todos os seus ativos, o investidor terá algum ganho", avalia.Mas, como lembra o economista-chefe da Corretora Souza Barros, Clodoir Vieira, ninguém compra uma ação esperando que a empresa precisará vender todo o seu patrimônio. Assim, os analistas recomendam que o investidor utilize mais de um indicador para saber se há oportunidade de compra ou, ainda que o papel esteja descontado, o cenário é muito nebuloso para fazer o investimento. "O valor patrimonial por ação pode ser um critério de decisão, mas não o único. Para ver onde está a oportunidade, o investidor começa pelo endividamento e, se estiver dentro do aceitável da média de mercado, deve conferir porque esta ação está mais barata", aconselha Vieira. "Pode ser que esteja perdendo mercado ou simplesmente que não esteja no foco do mercado, e isso acontece. Muitas vezes as atenções estão voltadas às blue chips e os ganhos estão em ações de segunda ou terceira linha."Mas se a ação está abaixo do valor do patrimônio e apresenta prejuízo, não é exatamente uma oportunidade de mercado, destaca Campello. "O P/VPA e a rentabilidade por patrimônio líquido dão uma chapa da empresa, mas sem a perspectiva de resultados. Há opções de comprar R$ 1 por R$ 0,80, se o pessimismo for exagerado, a companhia bem gerida e o lucro ainda atrativo", completa.

16 de nov. de 2008

Assimetria da Informação e Crise

Uma crise internacional no mercado de abacaxis
Por Daniel Augusto Motta - Valor Econômico – 12/11/2008
Ano de 1970. O mundo coroava Pelé como o maior jogador de futebol de todos os tempos. No mesmo ano, talvez indiferente ao sucesso canarinho, o economista americano George Akerlof publicava o artigo "The Market for Lemons: Quality Uncertainty and the Market Mechanism" que lhe daria o Prêmio Nobel de Economia em 2001. O seu tema de pesquisa: o complexo mercado de abacaxis! Sob a perspectiva crítica de Akerlof, a atual crise internacional originada pelo colapso dos créditos "subprime" e a agitada feira de automóveis usados no Campo de Marte no bairro paulista de Santana sofrem essencialmente do mesmo problema: os malditos abacaxis! Loucura? Na verdade não. Ambos os mercados estão caracterizados pela existência de assimetria de informações entre os agentes econômicos envolvidos nas transações. Considere inicialmente a animada feira de automóveis usados.Você deve concordar que o vendedor tem um acesso privilegiado às informações mais relevantes sobre seu automóvel: batidas disfarçadas no martelinho, problemas mecânicos, falhas elétricas, bancos encardidos, embreagem desgastadas, ruídos irritantes, amortecedores maltratados, etc. Ao comprador resta analisar superficialmente a mercadoria para invariavelmente levar "gato por lebre" e concluir que adquiriu um abacaxi espinhoso e azedo com quatro rodadas. Tal assimetria de informações não seria necessariamente um problema, caso os vendedores dos poucos bons automóveis disponíveis pudessem sinalizar aos potenciais compradores a qualidade de seus automóveis por meio de um certificado de qualidade, ou por intermédio de um rating fornecido por uma entidade idônea. A analogia entre o ambiente competitivo das feiras de carros usados e o mercado de capitais internacional é irresistível. Dada a existência de significativa assimetria de informações entre gestores e cotistas de fundos de investimento, estes últimos depositaram forte crença nas agências de rating ao tomarem decisões de alocação de suas carteiras de investimentos. Esqueceram-se apenas que um simples rating custa algumas dezenas de milhares de dólares e que, sob o ponto de vista de tais agências, os grandes bancos internacionais e fundos de investimento são valiosos clientes continuamente demandando ratings para produtos diversos. Durante décadas, as agências de rating têm sido capazes de influenciar opiniões sobre o nível de solvência de países, o nível de risco de uma carteira de investimentos e sobre os títulos emitidos por bancos e empresas, afetando sobremaneira o fluxo internacional de divisas entre países e o humor das bolsas de valores em economias desenvolvidas e emergentes. Seu papel: classificar abacaxis como abacaxis, e nectarinas como nectarinas. Simples? Nem sempre. Mais recentemente, enquanto o mercado imobiliário americano já apresentava sinais claros de colapso, poderosos bancos internacionais e fundos de investimento continuaram comprando ratings favoráveis das melhores agências de rating para seus fundos abarrotados de créditos podres. Curiosamente, tais agências preferiram classificá-los como uma saborosa salada de frutas, ignorando a existência de grandes abacaxis azedos no meio de poucas nectarinas doces, aveludadas e suculentas. Assim como um avião comercial cai por uma combinação infeliz de sucessivas falhas, também uma grande crise financeira internacional sem precedentes raramente é resultado de apenas um problema. A crise internacional dos "subprimes" tem sido essencialmente associadas à securitização de empréstimos fornecidos a clientes insolventes, à queda vertiginosa dos preços dos imóveis nos EUA, à ausência de uma regulação mais severa sobre atuação de bancos de investimento e fundos hedge e à política monetária de baixos juros defendida pelo banco central americano nos últimos anos. Na sombra dos fatos estão as agências de rating, cuja atuação desastrosa ludibriou milhões de investidores em todo mundo. Aos milhares de cotistas de fundos e acionistas prejudicados e amargurados diante das perdas milionárias em seus fundos aparentemente com razoáveis ratings, cabe uma justa pergunta: se o papel das agências de rating era minimizar a assimetria de informações, quais são as penalidades num caso de notória imperícia e irresponsabilidade?

Normas internacionais

O Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou hoje cinco normas que fazem parte do processo de adaptação da contabilidade brasileira aos padrões internacionais. A partir de 2010, os balanços das companhias brasileiras deverão se ajustar às normas estrangeiras. O novo diretor da autarquia, Eliseu Martins, que tomou posse hoje, informou que os documentos serão divulgados amanhã (12).Ele disse que esse processo prevê a adoção de cerca de 40 documentos para que os balanços das empresas brasileiras possam se ajustar às normas internacionais de contabilidade. Falta ainda um conjunto de 18 normas, que serão analisadas ao longo de 2009.Segundo Martins, o cronograma inicialmente previsto está sendo cumprido, e o Brasil deverá ficar entre os primeiros países a ter todos os balanços individuais (de uma empresa) de acordo com as normas internacionais. Quanto aos balanços consolidados (de várias empresas de um mesmo grupo econômico, com controle único), ele disse que a União Européia se adequou às normas internacionais em 2005.Por determinação da Superintendência de Seguros Privados (Susep), CVM e Banco Central, todas as seguradoras, instituições financeiras e companhias abertas estarão com os balanços consolidados 100% de acordo com as normas internacionais. 'O esforço que estamos fazendo agora é para que, em 2010, os balanços individuais também estejam de acordo com as normas internacionais.'Para Martins, que retorna à autarquia depois de 23 anos, o país que está mais próximo de atingir a meta de ajustamento dos balanços individuais às normas internacionais é a Inglaterra. Ele disse que a convergência às normas dará maior transparência aos demonstrativos financeiros das empresas brasileiras, aumentando a qualidade das informações.Martins ressaltou que a Lei 11.638/07, que substituiu a Lei das Sociedades Anônimas, permitirá balanços mais transparentes. Ele ressaltou que a antiga Lei das S/A impedia que os balanços reproduzissem os instrumentos financeiros e, em particular, os derivativos, pelo seu valor de mercado. 'O grande salto de qualidade da informação, da transparência, vai ser dado no balanço de 31 de dezembro de 2008', que já será ajustado à nova lei.A CVM, que é vinculada ao Ministério da Fazenda, aprovou também norma sobre os ativos intangíveis, referente à contabilização de marcas, patentes, direitos de franquia e direitos de exploração. Pela norma, só os intangíveis que são adquiridos de terceiros pela empresa serão apresentados nos balanços. Martins apontou outra mudança significativa na área: os gastos com pesquisa para desenvolvimento de produto, mercado e projetos serão obrigatoriamente considerados como despesa nos balanços. Já os gastos com o desenvolvimento de produtos poderão ser considerados ativos intangíveis só depois de atendidas algumas regras, que Martins classificou de 'muito duras'.Outra norma aprovada diz respeito às subvenções governamentais. Martins explicou que, pela lei anterior, os benefícios apurados por uma empresa que tinha incentivo fiscal não eram computados como parte do lucro. Pelas normas internacionais, no entanto, todas as subvenções passam a fazer parte do resultado.
Fonte: Gazeta Mercantil News (CVM: Novas normas de contabilidade são aprovadas ) 11/11/2008 SÃO PAULO

Giramundo









Fonte: Flickr

Novas Normas do CPC

O Pronunciamento CPC 04 define o tratamento contábil de ativos intangíveis. Descreve em que casos uma entidade deve reconhecer o ativo intangível, especifica como deve ser apurado o valor contábil dos ativos intangíveis e estabelece a necessidade de divulgações sobre esses ativos, entre outros aspectos. Este Pronunciamento está baseado no IAS 38 - Intangible Assets do International Accounting Standards Board - IASB.
O Pronunciamento CPC 06 regula a contabilização das operações de arrendamento mercantil no Brasil, principalmente a partir da nova redação do art. 179 da Lei nº 6.404/76. Em sintonia com o propósito de harmonização contábil estabelecido pela Lei nº 11.638/07, a base do Pronunciamento é o IAS 17 - Leasing do IASB.
O Pronunciamento CPC 07 regula o registro contábil e a divulgação das subvenções e assistências governamentais. Com as modificações introduzidas na Lei nº 6.404/76 pela Lei nº 11.638/07, as subvenções passam a ser reconhecidas como receita numa base sistemática em atendimento ao regime de competência, permitindo, assim, introduzir no Brasil norma contábil convergente com a norma internacional IAS 20 - Accounting for Government Grants and Disclosure of Government Assistance do IASB.
O Pronunciamento CPC 08 - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários prescreve o tratamento contábil aplicável ao reconhecimento, mensuração e divulgação dos custos de transação incorridos e dos prêmios recebidos no processo de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais e/ou de dívida. O Pronunciamento está , em sua maior parte, fundamentado no IAS 39 Instrumentos Financeiros - Reconhecimento e Mensuração - principalmente nos seus parágrafos 43 a 47 e modifica substancialmente o tratamento dado no Brasil aos gastos com captação de recursos de terceiros ou dos próprios sócios, bem como altera a apropriação contábil dos prêmios na emissão de debêntures e assemelhados. O Pronunciamento Técnico não muda o registro dos prêmios na emissão de ações (excedente de capital, art. 182, parágrafo 1o, letra a, da Lei no 6.404/76).
O Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado (DVA) regula a apresentação dessa nova demonstração contábil, exigida a partir da aprovação da Lei nº 11.638/2007, que introduziu o item "V" no artigo 176 da Lei das Sociedades por Ações, de nº 6.404/76. Essa nova demonstração é uma das peças do Balanço Social, que representa um conjunto de informações que pode ou não ter origem na contabilidade financeira e tem como principal objetivo demonstrar o grau de envolvimento da empresa em relação à sociedade que a acolhe, devendo ser entendido como um instrumento no processo de reflexão sobre as atividades das empresas e dos indivíduos no contexto da comunidade como um todo. É um poderoso referencial de informações nas políticas de recursos humanos, nas decisões de incentivos fiscais, no auxílio sobre novos investimentos e no desenvolvimento da consciência para a cidadania. A DVA não é prevista em qualquer pronunciamento do International Accounting Standards Board - IASB, mas pela relevância de suas informações foi introduzida de forma obrigatória para as companhias abertas. Sugere-se, pela sua importância, que as demais empresas também a adotem.
Fonte: Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

Investimentos em crise

O que fazer com os investimentos em bolsa?
Por Flavio Sznajder
13 November 2008 - Valor Econômico

(...) A história nos ensina que a compra de ações após grandes quedas - aqui definidas como superiores a 35% -, e sua manutenção por períodos de três a cinco anos, gera retornos bastante elevados. Identificamos seis períodos com tais características nos últimos 15 anos no Brasil. Caso tivéssemos comprado a carteira do Índice Bovespa todas as vezes que ela chegasse a 35% de queda, na média, teríamos um retorno de 160% em três anos e 325% em cinco anos. Dentre estes seis períodos, apenas um não trouxe retorno expressivo em cinco anos.

Descontração...


















Fonte: Flickr

Entidade

A questão da Entidade aplicada em pequenos negócios ainda não é uma realidade:

Misturar as finanças pessoais às contas da empresa ainda é um erro cometido por muitos pequenos e médios empresários. De acordo com pesquisa encomendada pela Visa e realizada pela consultoria Nielsen, 39% dos empreendedores não possuem conta corrente empresarial.Do total das 400 empresas consultadas, 86% têm acesso ao sistema bancário por uma conta pessoa física (veja quadro). A confusão das contas produz um resultado preocupante: metade das empresas admite usar serviços financeiros voltados para pessoa física com fins empresariais.A Nielsen entrevistou empresas em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre - 18% delas eram informais. Para quem não registrou a empresa, é mesmo impossível abrir uma conta pessoa jurídica no banco. Mas para quem têm um negócio formal, basta apresentar a documentação necessária e comprovar que o nome da empresa está limpo para conseguir se bancarizar.Para David Kallás, coordenador dos cursos executivos do Ibmec São Paulo, a principal explicação para os empreendedores continuarem a misturar as finanças pessoais e empresariais está no despreparo. “Muitas vezes, por não ter algumas habilidades gerenciais, o empresário encara a abertura de uma conta empresarial como mais um custo, e não como uma forma de organização financeira.”Essa visão, segundo Kallás, é equivocada. Para ele, não ter conta empresarial pode até custar mais caro. “Os produtos financeiros voltados para pessoa física, como empréstimo pessoal, têm juros e tarifas muito maiores que os direcionados à pessoa jurídica”, observa. “Além disso, usar apenas a conta pessoa física é algo prejudicial à imagem da empresa, pois passa aos seus clientes e fornecedores a sensação de falta de profissionalismo.”O empresário que mistura as finanças também perde algumas oportunidades. Para Kallás, ao se relacionar com o banco como pessoa jurídica, e não como um cliente comum, ele ganharia uma vantagem importante: poder de barganha. “Ao estreitar os laços com o gerente, ele pode ter mais facilidade ao pleitear condições especiais para crédito, por exemplo”, diz Kallás.Mas o principal benefício de separar as duas contas é conseguir controlar, com clareza, as despesas e receitas do negócio. “Quem tem uma mesma conta para dois fins distintos fica sem saber qual é a rentabilidade da empresa, quanto de fato lucra por mês”, avisa Fábio Lacerda Campos, gerente de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae-SP (o serviço de apoio ao empreendedor). “E esse descontrole é justamente uma das principais causas de mortalidade dos pequenos negócios.”A recomendação é separar bem as coisas - e aproveitar as vantagens de produtos desenhados especificamente para atender os empresários. “Com acesso a serviços voltados para pessoa jurídica, o empreendedor consegue simplificar seus processos, organiza sua contabilidade e tem mais flexibilidade financeira”, diz Allen Cueli, diretor de soluções comerciais da Visa.
Empresas ainda usam a conta do dono
Carolina Dall'olio
Jornal da Tarde - 13/11/2008

10 de nov. de 2008

10 verdades sobre o mundo corporativo que ninguém fala

O mercado de trabalho não é perfeito.

Ele não é formado por pessoas boazinhas, chefes puritanos ou empresas que colocam seus valores acima do lucro. Nesta reportagem, o coach Ricardo Melo fala sobre dez verdades acerca do mundo corporativo que ninguém quer falar.Após descortinar esses mitos, faça o possível para não ser ingênuo e cair em armadilhas. Pode ser difícil ter de olhar os fatos sob diversos prismas, mas o exercício é necessário. Enxergue o mundo corporativo como um jogo: quem não se interessar pelas estratégias alheias perde!Saiba que não é o caso de ficar paranóico e descrente. O mercado ainda resguarda bons lugares para trabalhar, com líderes preparados. Além disso, é no trabalho que muitas pessoas conhecem grandes amigos, por isso não tenha medo de confiar em quem julgar que pode confiar. Apenas, com as dicas desta reportagem, fique mais atento.

As dez verdadesConfira as dez verdades descritas por Melo:
O mercado quer gente inovadora: Você acabou de ser contratado e está cheio de idéias para melhorar os processos na empresa. Cuidado! Embora o mercado valorize muito a inovação no discurso, na prática, não raro, se observa exatamente o contrário: muitas pessoas nesta empresa podem ser conservadoras, o que significa que não querem arriscar e mudar. "Dependendo da cultura da empresa, se você chega com muitas idéias, acaba assustando! Há chefes que são abertos, mas desde que suas idéias não choquem com as dele", diz o coach. Além disso, seja cauteloso ao fazer uma sugestão: sem querer, você pode acabar expondo a incompetência de um colega ou chefe!
Com talento e competência se consegue tudo: Competência é fundamental, a não ser que você seja filho do dono da empresa. O problema é que ser competente e talentoso não garante seu sucesso. "É preciso saber aparecer, saber fazer marketing pessoal. Não adianta ter um tesouro que ninguém sabe que existe, porque está escondido no fundo do mar", afirma Melo. E o pior é que, segundo ele, há muitos chefes que escondem os talentos sob sua sombra, porque temem que alguém melhor ocupe seu lugar. Mas esse tipo de chefe acaba dando um tiro no pé, porque as melhores pessoas de sua equipe acabam indo embora.
Chefes sempre querem o bem de seus subordinados: Não é bem assim. Existem ótimos líderes por aí, mas também existem pessoas despreparadas em cargos altos. "Via de regra, antes de pensar nos outros, os chefes pensam em si. Alguns não pensam nem mesmo na empresa, somente querem saber de salvar a própria pele", diz Melo. Moral da história: tenha cuidado para não se iludir e acabar frustrado!
Sempre recebe aumento quem merece: Para Melo, esse é o mito dos mitos. Não é assim. Muitas vezes, você se esforça ao máximo, dá seu melhor e, no fim, outra pessoa acaba levando os méritos. Acontece. Outras vezes, seu chefe simplesmente não tem muita afinidade com você e acaba não se esforçando para que você receba o merecido aumento. São muitas as variáveis envolvidas.
Quem é promovido precisa provar que merece o posto: Há quem seja promovido e, na ânsia de provar que merece o posto, acabe se transformando. O problema é que uma hora a máscara cai. "Se você é competente, não precisa provar que mereceu a promoção. Apenas dê continuidade ao bom trabalho. O profissional que finge ser quem não é mostra insegurança".
A avaliação de desempenho está sempre certa: Nem sempre. Depende do contexto no qual ela foi realizada e da percepção que as pessoas têm de você, que pode ser equivocada. "O feedback pode ser útil, mas ele deve ser interpretado", garante o coach.
É bom ter amigos na empresa: A frase está correta, desde que você não misture as coisas e acabe colocando seu emprego em risco. Por exemplo: um amigo seu foi promovido. Será que você não se achará no direito de faltar no trabalho, já que seu novo chefe é seu amigo e entenderá? "Amizade é bom ter em qualquer lugar, é uma das melhores coisas da vida. Mas não confunda o pessoal com o profissional!".
O RH é o melhor amigo dos funcionários: Há profissionais que, quando têm qualquer problema, correm para o departamento de Recursos Humanos, como se nele houvesse um confessionário. Mas será que se pode confiar cegamente no RH? "Existem pessoas sérias no ramo de Recursos Humanos, humanizadas, que de fato estão lá para ajudar os funcionários e lutar por eles. A questão é que também existem pessoas que se utilizam de sua posição para detectar falhas da empresa e dos funcionários. Como resultado, em um programa de demissão, alguém pode acabar sendo dispensado sem entender o motivo. Por isso eu digo: se está com um problema com a empresa, tente conversar com amigos, consultores, coaches", diz Melo.
Férias de 30 dias é tudo de bom: Cuidado! Dependendo da empresa e da situação pela qual ela passa, você pode ter uma surpresa ao voltar para o trabalho. Outra pessoa poderá estar ocupando seu posto. "No mundo atual, 30 dias acabam sendo muito tempo, a não ser que tenha absoluta segurança no emprego. Mas dizer que não existe perigo nenhum quando alguém tira férias de 30 dias é relativo".
É ruim errar: Algumas empresas cultivam essa cultura do medo; quando alguém erra, é rapidamente julgado e, muitas vezes, punido. Mas a verdade é que a questão não é o erro em si, mas a relação que se cria com o erro. O velho ditado "todo mundo erra" é verdadeiro. No fim das contas, garante Melo, errar acaba sendo bom, pois o profissional tem a oportunidade de aprender com uma situação difícil. "Ninguém deve buscar o erro. Mas o fato é que Napoleão Bonaparte perdeu a guerra porque nunca havia perdido uma batalha", finaliza Ricardo Melo.

Fonte: http://www.administradores.com.br

9 de nov. de 2008

Crise e Contabilidade

Balanços mostrarão estragos da crise Valor Econômico – 6/11/2008
Os resultados da Gafisa abrem a esperada safra de balanços do setor de construção civil. Investidores aguardam, ansiosos, para saber a exata dimensão dos efeitos da crise financeira sobre os números das companhias - que padecem da falta de liquidez e de crédito. O setor tinha dificuldades pontuais, mas depois de deflagrada a crise nenhuma empresa escapou. Os papéis derreteram desde meados de setembro. As empresas mais prejudicadas tiveram quedas de mais de 60%, como Abyara, Klabin Segall e Rodobens. A Agra caiu 83%, também influenciada pelo fim do acordo com a Cyrela. Mas as grandes também assistiram a um drástico recuo das ações. Cyrela caiu 38% desde 15 de setembro, Gafisa, 33%, PDG, 41% e MRV, 55%. As prévias divulgadas por sete das 21 empresas de capital aberto já sinalizam um recuo médio de 25% nas vendas em relação ao segundo trimestre. Até a Cyrela, maior do setor, registrou queda de 43% nas vendas, surpreendendo o mercado.Até as empresas com foco na baixa renda - consideradas como as mais blindadas na crise pelas garantias de financiamento com recursos da poupança e do fundo de garantia - venderam menos entre julho e setembro. A primeira medida tomada pelas empresas - mesmo antes da crise - foi a redução da projeção de lançamentos. A euforia do ano passado e início deste deu lugar à cautela. Levantamento realizado pelo Valor mostra que, para 2008, o encolhimento das projeções de lançamento já está em 28% e, para 2009, o ajuste será ainda maior: de 34%. As oito empresas que ajustaram lançamentos previam R$ 16 bilhões em novos empreendimentos só neste ano. Agora, reduziram a meta para R$ 11,6 bilhões. Por enquanto, apenas empresas médias e pequenas corrigiram metas, mas analistas já prevêem algumas das grandes na mesma direção. Diante da drástica mudança de cenário e da importância do setor, principal empregador do país, o governo resolveu agir. Depois de desagradar as empresas dizendo que a medida provisória 443 valia também para o setor e que o governo poderia comprar participação nas empresas em dificuldade, anunciou um pacote mais "amistoso". Os bancos poderão cumprir parte da exigibilidade de financiamento ao setor com recursos da poupança por meio de operações de capital de giro para as construtoras, o que não era permitido. Mas o fato é que as construtoras não esperaram o governo para aumentar a liquidez ou para tentar melhorar o desempenho das ações: fizeram aumento de capital ou programa de recompra. A Even conseguiu que três novos sócios, além dos antigos, colocassem R$ 150 milhões na companhia por meio de um aumento de capital. Em outras empresas, os sócios capitalizados - muitos deles em função de ofertas secundárias na bolsa - injetaram dinheiro no caixa. Rossi e Agra fizeram aumento de capital de R$ 100 milhões cada. Outra saída foi a recompra de ações, opção usada por PDG, JHSF, Trisul e Eztec. A intenção é mostrar ao mercado que os papéis estão com desconto exagerado e que consideram o próprio negócio como o melhor investimento. (DD)

4 de nov. de 2008

Não é Contabilidade, mas é Humanidade!

Texto Líndíssimo!
QUASE
por LUÍZ FERNANDO VERÍSSIMO
"Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixes que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfia do destino e acredita em ti. Gasta mais horas a realizar do que a sonhar, a fazer do que a planear, a viver do que a esperar porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

1 de nov. de 2008

Para descontrair!!!

Uma analogia ao Princípio da Prudência da Contabilidade:

"Se você quiser dar crédito a um sujeito, faça isso por escrito. Se você quiser mandá-lo para o inferno, faça o por telefone." (Charlie Beacham)
“... nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” (Gilberto Freire)