23 de dez. de 2014

Novos Mestrados e Doutorados

Novos cursos de pós graduação stricto sensu da área de Ciências Contábeis aprovados pela CAPES
Dos seis novos programas aprovados, quatro, ou ainda 2/3, estão em instituições da Região Nordeste! "Queiram ou não queiram os juízes, o nosso bloco é de fato campeão". 
Os novos programas são:
- Mestrado em Controladoria da UFRPE - PE
- Mestrado em Ciências Contábeis da UFRN - RN 
- Mestrado em Contabilidade da Unioeste - PR 
- Doutorado em Administração e Controladoria da UFC - CE
- Mestrado e Doutorado em Ciências Contábeis da UnB - DF
- Mestrado e Doutorado em Ciências Contábeis da UFPB - PB. 

Pós graduação stricto sensu de qualidade é um dos pilares para o crescimento acadêmico da área. Que tenhamos um excelente ano, com boas perspectivas para a área.

20 de dez. de 2014

Artigos de Periódicos

Mais uma postagem da tag Artigos de Periódicos, dessa vez da Revista Enfoque: Reflexão Contábil - v. 33, n. 3 (2014).
A Revista Enfoque: Reflexão Contábil é um periódico quadrimestral, publicado pelo Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Maringá, que tem como Missão: “Divulgar produção científica da área contábil” e cujo objetivo é “disseminar o conhecimento e promover a reflexão e a discussão de temas da área contábil e afins, servindo de apoio à pesquisa, ao ensino de graduação e pós-graduação, bem como fonte de leitura para professores, profissionais e demais interessados.”

Autores: Márcio Grima Fernandes, Ana Cristina de Faria,  Sérgio Feliciano Crispim, Francisco Carlos Fernandes

O artigo teve como objetivo verificar como a utilização do Método do Custo para Servir contribui como ferramenta de análise da lucratividade de clientes na prestação de serviços.  Por meio de uma pesquisa-ação realizada em uma das maiores empresas do setor de Administração Condominial na cidade de São Vicente (SP), aplicou-se a metodologia do Custo para Servir, buscando mensurar o custo de atendimento de cada cliente e apurar sua lucratividade.

Autores: Sueli Viviani,  Franciele Beck, Rosemar José Hall, Roberto Carlos Klann

O trabalho verificou o processo de evidenciação das empresas de Bens Industriais listadas na BM&FBovespa, após a convergência da contabilidade brasileira às IFRS, de acordo com o CPC 27  -  Ativo Imobilizado. Realizou-se uma pesquisa descritiva, conduzida por meio de análise de conteúdo e abordagem quantitativa, utilizando o cálculo de entropia proposto por Zeleny (1982).

Autores: Sonia Raifur Kos, Márcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo, Léo Raifur, Raquel Prediger Anjos

O artigo verificou se os gestores das MPEs recebem, compreendem e utilizam informações contábeis em seu processo de gestão. Três construtos foram investigados, (1) compreensão da informação; (2) utilização da informação e (3) recebimento da informação e relacionamento entre gestor e contador.


Autores: Rafaella Tonani, Ricardo Luiz Menezes da Silva
O trabalho investigou a relação entre a divulgação de pagamento baseado em ações e os níveis de governança corporativa da BM&FBovespa. A análise de conformidade das demonstrações contábeis de 2011 das empresas possuidoras de pagamento baseado em ações seguiu um check list segundo os requisitos de divulgação do CPC 10 (R1).

Autores: Martin Airton Wissmann, Jonatan Marlon Konraht, Joice Denise Schafer,  Emerso Cristani da Cunha

O artigo identificou o comportamento de quatro variáveis, levando em consideração o crescimento demográfico, o aumento acelerado da produção de lixo, as receitas correntes, bem como o consequente investimento efetuado por parte do poder público com o objetivo de destinar de maneira correta o lixo, reduzindo, assim, o impacto ambiental causado à sociedade pelo lixo. As variáveis estudadas foram: Número de Habitantes; Geração per capita de lixo; Receitas Correntes; e Gastos Públicos com a Gestão Ambiental.

Autores: Pedro Campos Bias Fortes, Rodrigo Lanna Franco da Silveira, Miguel Juan Bacic

O trabalho avaliou a importância dos fundos de PE no desempenho de médio prazo (três anos) de 89 empresas que realizaram IPO entre 2004 e 2007. Mediante testes de hipóteses para diferenças das médias dos retornos anormais acumulados, a um nível de significância de 10%, observou-se um menor underpricing nas empresas com PE, especialmente nos setores de transportes e serviços, construção civil e indústrias diversas.


 Autores: Débora Gomes Machado, Araceli Farias de Oliveira, Rodrigo Angonese, Francisco Carlos Fernandes

O artigo teve como objetivo verificar o nível de transparência das Instituições Bancárias com ações negociadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros – BM&FBovespa, com relação às recomendações do Basiléia II.

Autores: Manoel Raimundo Santana Farias, Kelly Teixeira Rodrigues Farias
Esse artigo sugere que a teoria é parte indissociável da pesquisa científica e, portanto, indispensável ao desenvolvimento científico em contabilidade. Para demonstrar essa afirmativa, recorreu-se a teoria da ciência a partir da epistemologia e da filosofia da ciência, oriundas do desenvolvimento da linguagem científica, expressa nas abordagens sintática e semântica.

Cursos que mais formam milionários

O curso de Contabilidade apareceu numa lista elaborada pela consultoria WealhInsight, em 2013, entre os dez cursos que mais formam milionários.
Então, se você fez/faz contabilidade, ainda resta esperança! Mas não espere, estude, se torne um profissional de alto nível para ter perspectivas de alto nível.
O primeiro curso da lista de cursos que mais formam milionários Engenharia... Daí eu pergunto: Qualquer Engenharia? Sim, porque hoje existe graduação em Engenharia capilar se brincar...
Outra curiosidade da lista é MBA como cursos que mais forma milionários. Eu pergunto novamente: MBA em que? Qualquer coisa? 
A lista, segundo matéria divulgada pelo Infomoney, foi feita a partir do "currículo de algumas das pessoas mais ricas do mundo".
Lista completa divulgada no site da NewStatesman e que considera os cursos tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação:

1. Engenharia [Qualquer uma?]
2. MBA [Em que?]
3. Economia
4. Direito
5. Administração de Empresas
6. Comércio [?]
7. Contabilidade
8. Ciência da Computação
9. Finanças
10. Política

18 de dez. de 2014

Avaliação Quadrienal

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,aumento-de-cursos-faz-capes-avaliar-a-cada-4-anos-pos-graduacao,1608185O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,aumento-de-cursos-faz-capes-avaliar-a-cada-4-anos-pos-graduacao,1608185O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,aumento-de-cursos-faz-capes-avaliar-a-cada-4-anos-pos-graduacao,1608185O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,aumento-de-cursos-faz-capes-avaliar-a-cada-4-anos-pos-graduacao,1608185O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,aumento-de-cursos-faz-capes-avaliar-a-cada-4-anos-pos-graduacao,1608185O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,aumento-de-cursos-faz-capes-avaliar-a-cada-4-anos-pos-graduacao,1608185 material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,aumento-de-cursos-faz-capes-avaliar-a-cada-4-anos-pos-graduacao,16081O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,aumento-de-cursos-faz-capes-avaliar-a-cada-4-anos-pos-graduacao,1- A avaliação dos programas de pós-graduação do País passará a ser feita a cada quatro anos - e não trienalm- A avaliação dos programas de pós-graduação do País passará a ser feita a cada quatro anos - e não trienalmente, como- A avaliação dos programas de pós-graduação do País passará a ser feita a cada quatro anos - e não trienalmente, comoAumento de cursos faz Capes avaliar a cada 4 anos pós-graduaAumento de cursos faz Capes avaliar a cada 4 anos pós-graduação 


A avaliação dos programas de pós-graduação do País passará a ser feita a cada quatro anos - e não trienalmente, como ocorre atualmente. A mudança atende, principalmente, a uma demanda logística. Com o aumento recente dos programas de mestrado e doutorado, o governo federal passou a ter mais trabalho para acompanhar os cursos.

A mudança foi decidida pelo Conselho Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação responsável por monitorar a pós. Como há avaliações em curso, o acompanhamento quadrienal começará só em março de 2017.

“O número de programas está ficando muito grande e ficou difícil organizar as avaliações todas de uma vez, com essa frequência”, explica José Fernandes de Lima, da Comissão de Acompanhamento do Plano Nacional de Pós-graduação 2011-2020. A comissão recomendou a ampliação do período avaliativo à Capes, que hoje reconhece quase 5,7 mil cursos de pós no Brasil.

A avaliação dos programas envolve logística complexa, com troca de documentos, coleta de dados e viagens. A mudança era demanda antiga de especialistas e entidades da área.

Pelo novo formato, a cada dois anos haverá seminários de avaliação, que permitem acompanhar os cursos em prazo mais curto. Essas reuniões não geram resultados oficiais imediatos, mas contribuem para a nota quadrienal. O sistema de notas segue o mesmo. Programas de pós graduação avaliados com notas 1 e 2 não podem receber mais alunos. A nota 3 permite a atividade regular do curso. As notas 4 e 5 indicam excelência nacional, e 6 e 7, internacional.


Texto de Luiz Fernando Toledo e Victor Vieira - O Estado de S. Paulo - 17 de Dezembro de 2014 

Artigos de Periódicos

Esse post faz a divulgação dos artigos publicados no mais recente número da Revista Contemporânea de Contabilidade.
A Revista Contemporânea de Contabilidade (RCC) tem por missão interagir com diferentes públicos e instituições no que diz respeito aos conhecimentos contábeis, tanto em nível nacional como internacional, divulgar e fomentar o desenvolvimento de metodologias e procedimentos nas áreas do ensino, da pesquisa e da extensão em atividades contábeis, e contribuir para a formação humana e profissional nos limites das discussões e possibilidades das Ciências Econômicas e Sócio-Aplicadas. Está direcionada para pesquisadores, professores, estudantes e profissionais de temas contábeis. 

Revista Contemporânea de Contabilidade, 
v. 11, n. 24 (2014)

1)      Dividendos e accruals discricionários: um estudo sobre a relação entre a política de distribuição de dividendos e a qualidade dos lucros
Autores: William Brasil R. Sobrinho, Herbert Simões Rodrigues, Alfredo Sarlo Neto

Um estudo sobre a relação entre a política de distribuição de dividendos e a qualidade dos lucros, que investiga no contexto brasileiro a relação controversa entre a política de dividendos e o gerenciamento do lucro. Utilizando o modelo modificado de Jones (1991), com o ajuste de desempenho da firma sugerido por Kothari, Leone e Wasley (2005), os autores, concluem que não há relação entre pagamentos de dividendos das companhias listadas na BM&FBovespa, no período compreendido entre 203 e 2012, e a qualidade do lucro contábil.

2)      Análise do grau de evidenciação das operações com instrumentos financeiros derivativos pelas companhias brasileiras listadas no Ibovespa
Autor: Marcelo Augusto Ambrozini

O estudo analisa, à luz do CPC 40 (R1), o grau de observância das orientações de 23 itens de evidenciação obrigatória em 45 empresas brasileiras de capital aberto nos relatórios contábeis encerados em 31/12/2013. Em linhas gerais o estudo constatou que a evidenciação desses elementos melhorou após a introdução da obrigatoriedade das normatizações; embora a evidenciação de alguns itens como as operações com hedge deixem a desejar.


3)      Relação entre investimentos em intangíveis e produtividade total de fatores: um estudo do setor industrial brasileiro
Autores: Janderson M. Vaz,  Gideon C. de Benedicto,   Francisval M. Carvalho,  Fabrício M. de Mendonça

O trabalho analisa a possível relação entre a intangibilidade da indústria brasileira e a sua produtividade total de fatores por meio do teste de causalidade de Granger utilizando os dados de 42 companhias industriais brasileiras de capital aberto com ações negociadas na BM&FBovespa. Os resultados da pesquisa apresentaram evidências estatísticas da existência de relação causal do Grau de Intangibilidade na Produção total de Fatores apenas para os setores Petróleo e Gás e Siderurgia e Metalurgia.


4)      Accruals discricionários nas combinações de negócios e o preço das ações
Autores: Leandro Augusto Toigo,  Tania Cristina Chiarello, Roberto Carlos Klann

O artigo investiga a relação dos accruals discricionários em períodos pré e pós- combinação de negócios no Brasil com o desempenho da companhia no mercado de ações no mesmo período. Os resultados desta pesquisa descritiva e documental, permitem concluir que as 32 companhias brasileiras que realizaram operações de combinação de negócios no período de 201 e 2012 não utilizaram accruals discricionários com o objetivo de elevar o valor de suas ações no período pré-combinação.

5)      Conformidade no reconhecimento de ativos intangíveis: um estudo na perspectiva da teoria institucional
Autores: Bianca B. Liszbinski,  Clóvis A. Kronbauer, Clea B. Macagnan, Tiago Z.Patias

O artigo, à luz da teoria institucional busca verificar a conformidade do balanço patrimonial e das notas explicativas de 50 empresas no período de 206 a 2012 às normativas exigidas para o reconhecimento contábil dos ativos intangíveis. Para a amostra selecionada os resultados revelam uma convergência gradual à nova matriz institucional relativa aos AIs e a possibilidade de utilização da teoria institucional para explicar a mudança nos procedimentos contábeis do reconhecimento desses elementos especialmente a partir de 2010 com a normatização do CPC 04.


6)      Redução do imposto sobre produtos industrializados e seu efeito sobre a venda de automóveis no Brasil: uma análise do período de 2006 a 2013
Autores: Marcelo D. Wilbert,  André Luiz M. Serrano, Rodrigo S. Gonçalves, Laís S. Alves

O trabalho tem por objetivo verificar se a redução da alíquota do IPI causou alterações nas vendas de automóveis. O estudo, a partir dos testes de regressão selecionados para análise, não evidenciam a existência de relação de significância entre a redução do IPI e a venda de automóveis para o período analisado.


7)      Análise da relação do produto interno bruto dos municípios do estado de Santa Catarina com as demonstrações do valor adicionado
Autores: Larissa Degenhart,  Mara Vogt,  Nelson Hein

O presente artigo analisa os dados do Produto Interno Bruto com as DVAs da Agropecuária, Indústria Serviços e da Administração de 293 municípios catarinenses do Censo Demográfico de 2010 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os autores concluem “que a Demonstração do Valor Adicionado é considerada uma importante aliada na formação do Produto Interno Bruto”.


8)      Riscos de corrupção e infrações conexas: o caso dos institutos politécnicos públicos portugueses
Autores: Carla Isabel D. C. Cardoso, Sandra C. D. Nunes, Maria Teresa V. D. Alves

Nesse trabalho os autores investigam o nível de divulgação de informação sobre o risco apresentado por 15 Institutos Politécnicos (IP’s) portugueses. O estudo concluiu que os IP’s apresentavam riscos estratégicos, financeiros, operacionais e de perigos.

13 de dez. de 2014

3.000 likes

3.000 likes na fanpage do Blog Ideias Contábeis no Facebook [https://www.facebook.com/blogideiascontabeis]. 
Vamos publicar, curtir, compartilhar, propagar ideias sempre! Sempre com respeito a quem tem ideias diferentes.


11 de dez. de 2014

Artigos de periódicos

Segundo post da série Artigos de periódicos, com a divulgação dos artigos publicados na Revista ABCustos, v. VIII, n. 3 (Set.-Dez. 2013), editada pela Associação Brasileira de Custos. Nessa edição da revista são apresentados cinco artigos: 



  
Os autores apresentam a mensuração do nível de transparência de informações divulgadas por municípios do Rio Grande do Sul com população superior a 50 mil habitantes, utilizando trinta e dois indicadores que representam as informações requeridas na Lei de Responsabilidade Social e na Lei de Acesso à Informação. Constataram um baixo nível de transparência e subutilização da Internet pelas prefeituras municipais amostradas.



   
artigo apresenta um estudo comparativo entre o método de custeio baseado no mix (CBMIX) e outros métodos de custeio, aplicando a metodologia Analytic Hierarchy Process (AHP) para efetuar esta comparação, considerando as funções de custeio: gestão dos processos, provisão de informações gerenciais e de informações para a contabilidade.  




Nesse artigo os autores apresentam o resultado de um estudo realizado em restaurantes self services da cidade de Aracajú/SE, examinando aspectos como a formação do preço, a concorrência, clientes e gestão de custos. Observaram que os proprietários reconhecem a importância da adoção de método de custeio que possa dar suporte ao processo de formação de preços ao consumidor, considerando os custos, concorrência e valor percebido.   



    
O artigo apresenta os resultados de um estudo realizado em empresa de pequeno porte do ramo de confecções, mediante aplicação do método de custeio ABC associado aos princípios da matriz GUT. Com a aplicação do ABC constataram que atividades como atender cliente e comprar matérias primas podem passar por melhorias visando à redução de custos. A aplicação da matriz GUT permitiu verificar as situações que mais necessitam de monitoramento, como falta de material e quebra de máquinas, pois podem inviabilizar a execução do processo. 



Autores: Gisela Schaffer    Marcos Crepaldi  
  
O artigo teve por objetivo avaliar a aplicação de boas práticas de governança corporativa em cooperativas agropecuárias do setor de laticínios, na percepção de seus controllers. Os resultados apontam diversas convergências às boas práticas, porém há aspectos que devem merecer a atenção dos gestores por divergirem das mesmas.  

10 de dez. de 2014

Orçamento federal transparente

Um levantamento feito pela Organização não governamental Open Knowledge,  dá conta de que o Brasil é mais transparente que Estados Unidos, Dinamarca, Noruega e Alemanha no que diz respeito à abertura de dados dos gastos do governo federal. [Isso mesmo, não se trata de um equívoco!!!]

O ranking é feito através dos seguintes critérios: existência dos documentos; estar em formato digital; ser publicamente acessível; ser gratuito; estar disponível online; poder ser processado por um computador; estar disponível em grandes quantidades; ter uma licença de uso aberto; e ser fornecida de maneira atualizada. 
Porém, nas outras áreas que o site leva em consideração, como resultados eleitorais, horários dos meios de transportes e níveis de poluição, o Brasil é apenas mediano. Por conta disso, o país só obteve pontuação de 100% para os dados do Orçamento. A pior base de dados brasileira, segundo o Índice da Open Knowledge é das coordenadas de todos os CEP, área em que o país apresentou piora em relação a 2013. 


Artigos de periódicos

Amigos e leitores,
Em breve e aos poucos pretendo retomar as postagens no blog com mais regularidade. E para recomeçar vou iniciar uma série de postagens com as publicações das edições de periódicos de Ciências Contábeis e áreas correlatas e escolher um dos artigos para comentar [Artigos de periódicos]
Hoje recebi notificação da publicação da última edição da Revista Contabilidade Vista e Revista
A missão do periódico é disseminar o conhecimento científico na área de Contabilidade, Controladoria e Finanças. E tem como objetivo publicar e divulgar por meio eletrônico e impresso, de forma gratuita, pesquisas teóricas e aplicadas para fomentar o conhecimento na área de Contabilidade, Controladoria e Finanças. São priorizadas as pesquisas científicas elaboradas por professores e alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e profissionais do Brasil e do Exterior com qualidade e efetiva contribuição para o desenvolvimento do conhecimento científico da área contábil.

Seguem os artigos da última edição da revista:

Volume 24| Numero 3| Jul./Set. | 2013

Análises de Balanços Públicos: Quociente do Resultado Orçamentário do Governo Federal. 2000 – 2009
Maurício Corrêa da Silva, Adilson de Lima Tavares, Aneide Oliveira Araujo, José Dionísio Gomes da Silva
Comparação entre as Classificações de Risco de Crédito Estimadas pelos Modelos Estruturais e Não Estruturais: um Estudo com Empresas Brasileiras
Vanessa Martins Pires, João Zani, Francisco Antonio Mesquita Zanini
Impacto do Nível de Disclosure Corporativo na Liquidez das Ações de Companhias Abertas no Brasil
Fernando Dal-Ri Murcia, Márcio Veras Machado
Impactos da Implementação das Normas Internacionais de Contabilidade sobre Indicadores Financeiros: um Estudo das Empresas Brasileiras com Ativos Biológicos
Suzana Schneider Brito, Marcelo Augusto Ambrozini
Relação entre os Sistemas de Incentivos Oferecidos aos Gestores e Desempenho das Empresas Brasileiras
Rosimeire Pimentel Gonzaga, Claudia Emiko Yoshinaga, William Eid Junior

9 de nov. de 2014

Anuidade CRC 2015

A Resolução do Conselho Federal de Contabilidade(CFC) nº 1.467, de 24 de outubro de 2014, que dispõe sobre os valores das anuidades, taxas e multas devidas aos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs) para o exercício de 2015.

Os valores das anuidades devidas aos CRCs, com vencimento em 31 de março de 2015, serão:

- de R$ 472,00 para Contadores e de R$ 424,00 para Técnicos em Contabilidade;

- de R$ 235,00 para empresário individual e empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI);

- Para as sociedades:
a) de R$ 472,00, com 2 (dois) sócios;
b) de R$ 709,00, com 3 (três) sócios;
c) de R$ 947,00, com 4 (quatro) sócios;
d) de R$ 1.184,00, acima de 4 (quatro) sócios.

As anuidades poderão ser pagas antecipadamente com desconto, conforme prazos e condições estabelecidas na Resolução. As anuidades poderão ser divididas em até sete parcelas mensais.

As anuidades pagas e os parcelamentos requeridos após 31 de março de 2015 terão seus valores atualizados, mensalmente, pelo IPCA e acrescidos de multa de 2% (dois por cento) e juros de 1% (um por cento) ao mês.

Transparência Governamental

Seminário “Avaliação nacional de Transparência Governamental: Usos e Desafios da Lei de Acesso à Informação – Lei nº 12.527” 

Quando: 10 e 11/11/2014

Onde: FGV-EBAPE - Praia de Botafogo, 190 Rio de Janeiro - RJ

Programação completa: http://ebape.fgv.br/sites/ebape.fgv.br/files/Programacao2.pdf

Inscrições: EBAPE/FGV

9 de out. de 2014

Exame de Suficiência

Revogada a obrigatoriedade de prestar exame de suficiência para os profissionais habilitados ao exercício da profissão antes da aprovação da Lei que regularizou o exame.
Haja direito adquirido! 
Não tenho nada contra direito adquirido, mas sou a favor de deveres adquiridos. Sou a favor inclusive de um exame periódico para avaliar as condições dos profissionais dos que estão em atividade.
Eu acho que vai ter um monte de contadores querendo me matar em 3, 2, 1...


Sobre o Exame de Suficiência:
O Conselho Federal de Contabilidade comunica a todos os interessados que foi promovida a revogação parcial da Resolução CFC n.º 1.373, de 14 de dezembro de 2011, que regulamenta o Exame de Suficiência como requisito para obtenção ou restabelecimento de Registro Profissional em Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Particularmente, houve a revogação dos dispositivos que exigiam a submissão, ao Exame de Suficiência, daqueles profissionais que detinham as qualificações legais para a obtenção do registro antes da vigência da Lei n.º 12.249/2010.

A revogação dos dispositivos se deu em função do entendimento de que esses profissionais tinham o direito adquirido quando a Lei foi publicada. Dessa forma, o CFC esclarece que os Conselhos de Contabilidade não irão mais exigir a submissão de técnicos em Contabilidade e de bacharéis em Ciências Contábeis ao Exame de Suficiência quando for apresentado o certificado de conclusão de curso com data anterior ao início da vigência da Lei n.º 12.249/2010.

Da mesma forma, esse entendimento também vale para os profissionais que estavam inscritos nos Conselhos Regionais de Contabilidade antes da edição da Lei n.º 12.249/2010 e que estejam com seus registros baixados há mais de 02 (dois) anos.

Fonte: CFC

8 de out. de 2014

Candidatos errados

Amigos seguidores,

Recebi esse texto e achei muito interessante o raciocínio. Parece extenso, mas não gasta nem cinco minutos.
Quem tiver interesse, leia! Acho que vale a pena. O autor não defende nenhum dos lados, ele chama ao bom senso.


POR QUE POBRES, IGNORANTES E NORDESTINOS CONTINUAM ATRAPALHANDO AS ELEIÇÕES E ELEGENDO OS CANDIDATOS ERRADOS?

Tem sido assim desde, pelo menos, 2006. Assim que o PT vence uma eleição presidencial a nossa fábrica social de diagnósticos e explicações começa a funcionar com força total. Jornalistas, comentaristas de política, pessoas nos bares da vida e nos botecos das redes sociais digitais, e até FHC, contrariados ou intrigados com o que as urnas disseram, todos passam compulsivamente a “explicar” como pode ter sido possível tamanho contrassenso, tal violação da Lógica e das evidências, erro de tal proporção e tantas consequências. O raciocínio de base é sempre o mesmo: a) a maioria dos eleitores fez escolhas diferentes da minha; b) escolhas divergentes da minha são erradas; c) quem foi esse insensato, irresponsável, desqualificado, estúpido, inocente útil, desvalido a cometer tamanho desvario?

Neste ano, notei a inauguração de outro veio argumentativo, desta vez a respeito do resiliente voto tucano em São Paulo, que provavelmente deve intrigar o Brasil inteiro. A lista dos deméritos do governador é enorme: provocou a fúria das massas nas, agora elevadas à glória dos altares, “manifestações de junho”; “a polícia de Alckmin” barbarizou jornalistas e manifestantes naquela e em outras ocasiões; o seu governo conseguiu fazer com que os paulistanos temessem a falta de água como sertanejos do semiárido. Como é que depois de tudo isso ele é reeleito de forma consagradora? Estarão os paulistas hipnotizados? São antipetistas tão fanáticos que votariam até em Lúcifer - desde que ele tucanasse -, não importa as consequências?

A base do argumento é a mesma: eu sei que X não merece ser eleito, por N razões; mas X é eleito; logo, algum erro moral ou intelectual há nessa decisão de eleger X.

O UOLNoticias abriu a usina de explicações ontem com “Dilma vence nos sete Estados com menor renda média”. As garotas e garotos da GloboNews, com o luxuoso auxílio dos meninos descolados do Manhattan Connection, deixavam entender, sem disfarce, que “o Nordeste” é a única força capaz de impedir que Aécio cumpra a sua sentença, ser presidente do Brasil, que SP estava fazendo, com entusiasmo, a sua parte para recolar o cosmo no seu lugar, mas tinha uma Bahia de votos no meio do caminho.

No Twitter, no Facebook e no WhatsApp as explicações eram as mesmas desde 2006, com poucas variações. As alternativas são as de sempre: a) Dilma vence onde o IDH é menor; b) Dilma só vence acima do trópico de Capricórnio (sim, Sílvio Romero, não há civilização que preste entre os Trópicos); c) Dilma só ganha por causa do Nordeste; d) Dilma só vence por causa dos ferrados, vendidos à dinheirama que o Bolsa Família - esta fábrica de preguiçosos e acomodados, esta usina de dependência que, em vez de eliminar a pobreza faz com que ela se perpetue para que o PT nunca mais perca eleições - distribui; e) Dilma vence apenas em estados com baixo consumo de proteína e com menor estatura média da população. Um amigo muito querido no WhatsApp disparou, em dasalento, que deixará esta merda de país assim que for possível, que não aguenta mais ver os analfabetos e desdentados decidindo as eleições presidenciais.

Vou chamar o raciocínio à base de tudo de silogismo Oliveira Vianna. Premissa maior: Só ferrados, famintos e ignorantes votam em Dilma. Premissa menor: Ferrados, famintos e ignorantes são inferiores a nós. Conclusão: Dilma é eleita apenas com o voto dos inferiores. Depois de exercício tão consistente de Lógica, estamos autorizados a vociferar a nossa fúria mediante o racismo geográfico (então nordestino, baiano, paraíba etc. voltam a ser palavrões), o preconceito de classe (miseráveis e ignorantes dependentes do bolsa família) e na atribuição de inferioridades e vulnerabilidades aos outros (a mídia paralisa o cérebro dos pobres, todo mundo sabe disso, abrindo a brecha para João Santana entrar e inocular o veneno petista diretamente no hipocampo). Nessas três coisas, nós, os brasileiros, somos muito bons.

O problema com esse raciocínio é que ele tem grande dificuldade de admitir outras razões para o voto diferente das que eu adoto para a minha própria decisão. As minhas são razões, as dos outros, não. Quanto mais longe de mim é o outro (a outra classe social, a outra região do país), cognitivamente, politicamente ou moralmente, menos ele tem razões: ele age por instintos, interesses, necessidades. Nunca racionalmente. Racionais como “nós”.

Peguemos os pobres, onde se resume toda a questão. Se os pobres votam no PT, o fazem porque são vulneráveis, ignorantes, não têm discernimento? Para os petistas tatuados os pobres são vulneráveis à mídia e ao capitalismo, que os leva pelo nariz como são levados os boi de arrasto. Para a classe média antipetista, os pobres são vulneráveis ao marketing político e às esmolas que o PT distribui no lugar remoto onde eles vivem, chamado, alternativamente de “as favelas”, “os grotões” ou “o Nordeste”.

Basta admitir que os pobres têm, sim, boas razões para o seu voto e todo esse edifício de argumentos montados para a conveniência da classe média cai por terra. A teoria poderia, naturalmente, ser diferente. É bastante admitir que diferentes classes sociais votam por diferentes razões. Todas legítimas. Vem cá, é razoável esperar que os 31,7% dos brasileiros que vivem com R$150 de renda per capita por mês votem por razões diferentes de nós, da classe média, ou não? Não é que os pobres votem em Dilma porque não usam a razão. Os pobres votam em Dilma, porque têm lá as suas muito justificadas razões. Os pobres são tão inteligentes que sabem que as razões de voto da classe média não podem ser as suas razões de voto. São pobres, não são burros. Burro é o cara de classe média que acha que tanto o rico quanto o pobre devem votar pelas suas mesmas razões. Burro e autocentrado.

O PSDB decidiu que as pessoas devem votar em Aécio por causa da corrupção do PT e do baixo crescimento econômico. Para mim, é um bom argumento. Aécio vai insistir nos "pecados capitais" de Dilma: crescimento anêmico da economia, inflação e incapacidade de conter corrupção. Para mim, são bons argumentos. Ainda mais que não sou petista e a minha simpatia pelo partido está em acentuado declínio. Mas se eu ganhasse R$150 por mês para cada pessoa que sustento na minha família esse argumento não me diria NADA. São, pois, ótimos argumentos para a classe média, crescentemente antipetista. E para os outros? O PSDB vai dizer o quê? "Vamos conversar?". Rá.
Na situação atual, acho que os pobres é quem têm mais motivos de queixa do que nós da classe média, afinal é só nas eleições que eles contam mais que nós. Nos intervalos, mandamos nós. Em suma, nós é que atrapalhamos o voto deles, não eles o nosso. A GloboNews acha que o Nordeste é o que atrapalha a vitória de Aécio. Ué, não é SP quem atrapalha a vitória de Dilma?

O que os eleitores dos tucanos no Sul, Sudeste, Nordeste etc. precisam entender é que se os pobres contam eleitoralmente, precisam contar também como cidadãos. Como a democracia nos obriga a reconhecer nos pobres ao menos os mesmos direitos eleitorais que temos, o PSDB tem um nó a desatar. Enquanto os tucanos acharem que as razões de voto dos distritos financeiros e industriais de SP, Rio, Minas etc. têm que ser as mesmas dos 50 milhões de brasileiros pobres, terá um problema. Do jeito que a coisa anda, ou os tucanos acabam com a pobreza, ou a pobreza acaba com os tucanos. Ou de tanto bater na tecla, quem sabe, convençam os pobres de que o PT inventou a corrupção e que se deita toda noite com ela. Continuem tentando, quem sabe?

Pobre não é raça, não é casta, não é natural. Pobre é circunstancial. Ponha todo mundo na classe média e aí prioridades e urgências eleitorais da classe média poderão ser generalizadas. Não quer que as razões eleitorais de gente dependente de bolsa esmola, com baixa escolarização e mal nutrida, atrapalhem e perturbem a sua cristalina decisão de voto, puxando o resultado para o lado que eles pendem? A solução é simples: acabe com a pobreza e universalize a educação. Enquanto isso, aceite que eles terão diferentes razões para as suas escolhas eleitorais ou desista da democracia. Ou continuemos a nos divertir com o preconceito social e o racismo geográfico que as más explicações e os falsos diagnósticos nos autorizam. São escolhas.

(Texto divulgado no perfil do Wilson Gomes no Facebook)

2 de out. de 2014

Plano de Contas Aplicado ao Setor Público - PCASP

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) acabou divulgar a nova versão Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), aplicável a partir de 2015.

Com o objetivo de uniformizar as práticas contábeis, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), em conjunto com o Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis (GTCON), elaborou o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), adequado aos dispositivos legais vigentes, às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC T SP), aos padrões internacionais de Contabilidade do Setor Público e às regras e procedimentos de Estatísticas de Finanças Públicas reconhecidas por organismos internacionais.
Formado por uma relação padronizada de contas apresentada em conjunto com atributos conceituais, o PCASP permite a consolidação das Contas Públicas Nacionais, conforme determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O PCASP é atualizado anualmente e publicado exclusivamente na Internet para uso obrigatório no exercício seguinte. 
O PCASP 2015, obrigatório para todos os entes da Federação para o exercício de 2015, apresenta, de acordo com a STN, poucas alterações significativas em relação à versão anterior, descritas de modo sucinto no documento "Síntese de Alterações" que acompanha a publicação. Todas as alterações foram amplamente debatidas junto à Federação por meio do Fórum de Discussões Permanentes de CASP.

Os documentos relacionados podem ser acessados na página da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Poucas mulheres cientistas

Divulgação de texto:

Mulheres cientistas, por que ainda são poucas?
Por Giovanna Lisbôa

O Efeito Matilda pode explicar muito do desconhecimento em torno das contribuições femininas para a ciência. O conceito elaborado pela pesquisadora da Historia da Ciência Margaret W. Rossiter, em 1993, explica que as descobertas e contribuições científicas feitas por mulheres durante muito tempo foram atribuídas aos homens, sendo a verdadeira autora colocada em segundo plano ou até mesmo apagada por completo. Com as conquistas femininas, essa prática deixou de ser socialmente aceita, porém, mesmo nas ciências, os cargos de chefia ainda são espaços nebulosos onde a presença feminina ainda é rara.

O conceito descrito por Rossiter recebeu esse nome em homenagem à ativista Matilda Joslyn Gage que lutava pelo direito das mulheres no século XIX. Em busca de analisar o campo das ciências e garantir maior espaço para as mulheres, pesquisadoras do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) organizaram o Simpósio Mulher e Ciência que aconteceu no dia 15 de setembro. Segundo a diretora da IBCCF, Sandra Maria Feliciano de Oliveira e Azevedo, “essa discussão é importante, porque extrapola a área da ciência”. 

Contra qualquer reinvindicação os números não mentem. Segundo o Censo do Ensino Superior de 2012, as mulheres já são a maioria a ingressar na graduação (54,6%), bem como a conclui-la (59,6%). Na produção científica, de acordo com dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a participação dos dois gêneros em números absolutos ocorrem de forma igualitária. A presença feminina é a maioria na iniciação científica, cerca de seis a cada dez bolsistas são mulheres, mas se reduz ao longo da carreira acadêmica. Apenas um quarto dos chefes de laboratórios é do sexo feminino.

No Simpósio foram discutidos diferentes aspectos dessa temática. A pesquisadora convidada  Sophia Huyer, diretora do Gender in Science, Innovation, Tecnology and Enginneering do Canadá, fez uma análise comparativa da participação feminina em diferentes países. Enquanto a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Hildete Araújo, que também já integrou a Secretaria de Políticas das Mulheres da Presidência da República, trouxe dados do CNPq para debater o cenário brasileiro científico atual.

Para a professora da UFF, “a ciência é branca e masculina”. As mulheres apesar dos avanços enfrentam ainda hoje, segundo ela, muitas dificuldades, pois estão muito ligadas às atividades associadas à maternidade, cuidado dos filhos e da casa, o que ocupa muito tempo diário. Na última Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad), a média de horas de trabalhos domésticos semanais femininos é de 26 horas, enquanto a dos homens é de apenas 10.

Outra pesquisadora, inclusive responsável pela organização do evento, era a neurocientista do IBCCF Eliane Volchan. A cientista debateu através de diversos experimentos como a forma da construção e apreensão do mundo pelas pessoas influenciam suas decisões. Em uns dos estudos mostrados, o mesmo currículo foi disponibilizado a examinadores somente com o nome trocado, um nome no gênero feminino e outro no masculino. Os currículos com nome de homem tiveram uma aceitação muito maior.

Por fim, a coordenadora do espaço memorial Carlos Chaga Filho, Daniele Botaro, apresentou os dados históricos das mulheres no instituto. O trabalho feito pela aluna Gabriela Lúcio demostrou que 65% de toda a ciência produzida no IBCCF são feitas por mulheres, ainda assim elas são a minoria nos postos de chefia.

Fonte: Portal UFRJ
“... nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” (Gilberto Freire)