3 de out. de 2017

Artigo: Narcisismo e Desonestidade Acadêmica

A Revista Universo Contábil (Blumenau, v. 13, n. 3, p. 70-89, jul./set., 2017) publicou em sua última edição o estudo Narcisismo e Desonestidade Acadêmica, de autoria de Bruna Camargos Avelino e Gerlando Augusto Sampaio Franco de Lima.
O trabalho teve como objetivo verificar se traços de personalidade narcisista influenciam a probabilidade de estudantes do curso de Ciências Contábeis apresentarem comportamentos considerados desonestos no âmbito acadêmico.
A pesquisa foi aplicada a 201 estudantes de IES de três estados brasileiros, por meio de um questionário. De acordo com o resumo do trabalho, as evidências empíricas apontam que as respostas dos estudantes remetem a características de indivíduos narcisistas, tais como: obstinação em busca de seus objetivos; busca incansável pelo sucesso; preferência por produções individuais; dificuldades em expressar sentimentos que envolvam conflitos e sofrimentos; sentimento de culpa quando não atingem seus ideais; preocupação exacerbada com o corpo; necessidade de impressionar bem os outros; sentimento de incômodo quando precisam de alguém; busca desenfreada pelo prazer; dentre outras.
Porém, segundo os autores, tais tendências narcisistas não exercem influência sobre a probabilidade de os estudantes apresentarem comportamentos considerados desonestos no ambiente acadêmico.
No texto completo do artigo não foi disponibilizado o questionário, mas me causou curiosidade verificar como foi “avaliada” a probabilidade de os estudantes apresentarem comportamentos considerados desonestos no ambiente acadêmico. Trata-se de uma dimensão crítica que, em um questionário, precisa ser colocada de forma muito sutil para não apresentar viés, uma vez que não parece agradável a ninguém admitir uma tendência a comportamentos considerados desonestos.
Vou pedir o acesso ao questionário ao Gerlando e à Bruna. Enquanto isso, segue o link para acesso ao artigo.

“... nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” (Gilberto Freire)