7 de ago. de 2009

Convergência limitada

Mesmo após a mudança na lei e os pronunciamentos do CPC, padrão brasileiro gera valores bem diferentes dos obtidos com o IFRS
Por Yuki Yokoi
A TAM, companhia com ações listadas na Bolsa de Nova York, resolveu simplificar a vida de seus contadores. Este ano, pela primeira vez, aboliu o US Gaap, padrão contábil norte-americano. Seu formulário 20F foi arquivado na Securities and Exchange Commission (SEC) de acordo com o padrão internacional, ditado pelo International Financial Reporting Standards (IFRS), conforme permitido pela agência norte-americana desde 2007. Ao tomar essa iniciativa, a TAM foi uma das primeiras companhias brasileiras a apresentar o mesmo tipo de balanço (a versão consolidada) em IFRS e no novo BR Gaap — o modelo contábil brasileiro criado após a Lei 11.638/07 e as regras do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O objetivo da nova lei e do trabalho do CPC é deixar a contabilidade brasileira muito próxima, senão igual, ao padrão internacional. Pois qual não foi a surpresa perceber que esse objetivo não foi alcançado até agora, após 14 pronunciamentos do CPC já implementados. Basta dar uma espiada nos números da TAM: pelo IFRS, a companhia registrou ativos totais de R$ 14,5 bilhões. No novo BR Gaap, essa mesma conta somou R$ 13,2 bilhões.
Fonte: Revista Capital Aberto

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua participação é muito importante para as discussões de ideias contábeis e outras mais. Obrigada!

“... nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” (Gilberto Freire)