29 de abr. de 2013

Contador Honorário?

Uma notícia com a qual não me conformo:

O Conselho Regional de Contabilidade do Estado da Bahia, conforme divulgado no Boletim CRCBA Notícias 404 concederá o título de contador honorário ao prefeito do município de Salvador: "Em celebração ao Dia do Profissional da Contabilidade (25 de abril), no dia 03/05 realizaremos no Hotel Fiesta, em Salvador, o Seminário em Homenagem a Dia do Profissional da Contabilidade, ocasião em que homenagearemos o Prefeito Antônio Carlos Magalhães Neto com o título de Contador Honorário."

Imediatamente alguns questionamentos surgiram:
A classe contábil baiana foi consultada sobre essa "homenagem"? Em caso positivo, de que forma?
Que contribuições o citado senhor deu à classe contábil para que receba esse título? Quais os requisitos e/ou critérios objetivos este Conselho se valhe para prestar esse tipo de homenagem?
Que ações e/ou iniciativas um cidadão precisa ter para receber esse título? 
Isso é uma das iniciativas para promover o Ano da Contabilidade no Brasil?
Salvo engano o prefeito de Salvador tem formação na área de Direito. Será que algum regional da OAB tem a prática de conceder títulos de 'advogados honorários'?


Atualização do Post: 
Resposta do CRC-BA:
"As homenagens "Contador Honorário" e "Contabilista Benemérito" são instituídas pelas Resoluções CRCBA 473 e 474, de 2007, destinada a membros da sociedade civil organizada que tenham se destacado na promoção da valorização e do engrandecimento da figura do profissional da Contabilidade a cada dois anos.
As indicações para os homenageados são discutidas e votadas durante as reuniões plenárias do CRCBA, nas quais os Conselheiros eleitos pela classe contábil baiana têm direito ao voto.
A figura do prefeito Antônio Carlos Magalhães Neto como homenageado vem de sua participação, ainda como Deputado Federal, no processo de aprovação da Lei 12.249/2010, que consolidou o Sistema CFC - CRC's com sua instituição em Lei, inseriu os programas de educação continuada no rol de responsabilidades dos Conselhos de Contabilidade e determinou a aprovação do Exame de Suficiência da Classe Contábil como etapa imprescindível para a obtenção de registro profissional de Contabilidade. Por tal motivo, foi considerado pelo Plenário deste Órgão que a homenagem é justa e oportuna.”

10 de abr. de 2013

Professor e... contador?

A nada mole vida de um professor [sério] em uma universidade federal desse país

Professor e... contador?                                 
Matéria de Silvana Sá (Publicado no Jornal da Seção Sindical dos Docentes da UFRJ, Ano XI nº 788 – 25 de fevereiro de 2013)

Agências de fomento responsabilizam docentes das instituições de ensino superior do país por qualquer problema na prestação de contas de projetos de pesquisa. Até quando o erro é delas próprias

Uma diferença (para menos) de R$ 13 mil na prestação de contas de um projeto financiado pelo CNPq fez a professora Suzana Herculano-Houzel, do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, botar a “boca no trombone”: “Não temos formação em Contabilidade para administrar recursos de pesquisas que são gastos para a universidade e na universidade”. A docente, que atua no Laboratório de Neuroanatomia Comparada do ICB, reclama que a instituição não dá suporte aos professores na hora de realizar a parte de secretariado e, principalmente, de prestação de contas dos projetos.
Tudo começou com uma comunicação do CNPq [...] pedindo que Suzana revisasse uma prestação de contas. O mesmo havia acontecido dois meses antes: “Acabou que o erro era do programa deles, que incluía um subtotal duas vezes”, relatou. Parte do novo problema foi solucionado, pois a professora conseguiu, na revisão, perceber que novamente se tratava de inclusão de subtotais inexistentes. Agora, porém, o programa da agência apresenta novo erro que não permite que a professora envie os dados retificados. (Foto:Suzana descobriu que o CNPq lhe cobrava explicações por conta de um erro do programa da própria agência)


Multitarefas
A situação ilustra o problema que afasta cada vez mais os docentes das salas de aula e das atividades de pesquisa. O tempo que deveria ser investido no avanço de suas teorias e no acompanhamento de estudantes acaba sendo sugado por uma série de tarefas para as quais não há, na maioria das vezes, formação ou treinamento. “A gente é contratado como professor, mas é técnico, secretário, contador. Fazemos todo o acompanhamento das despesas, do que é comprado, do que precisa ser adquirido. Exigem-nos que comprometamos nosso CPF com projetos que são para a universidade. Qualquer erro que cometamos somos nós que pagamos. Sai do nosso bolso”, reclama.
E com razão. Em outros países, os projetos realizados nos diversos centros são geridos pelos escritórios das universidades. “É assim nos Estados Unidos, na África do Sul e na Alemanha. Meus colegas podem fazer pesquisa, enquanto administração e contabilidade são feitas por administradores e contadores”.
“Na hora de prestar contas o professor/cientista também precisa virar contador. E mais: lembrar se, pelas regras do CNPq, teclado de computador é custeio ou capital. Lembrar se é a FAPERJ ou o CNPq que não permite o pagamento à pessoa física. Lembrar qual dos dois considera livros como equipamento permanente”, queixou-se a docente em uma postagem no seu perfil do Facebook.

Excesso de responsabilidades
A principal crítica da professora é quanto à responsabilidade do docente pela administração dos recursos recebidos para os projetos: “É claro que temos que ser responsáveis pelo que gastamos. Não podemos fazer uso indevido do dinheiro, nem público, nem de ninguém. É preciso ter controle, sim. Mas, por que eu tenho que ser responsável pela contabilidade? Por que esse dinheiro não vai para a conta da universidade, que se compromete, ela sim, com administradores profissionais, a zelar para que custeio seja custeio, capital seja capital, e que toda a ‘burrocracia’ infindável das prestações de conta não nos afaste do que é de fato nosso trabalho?”, questiona.
Não é difícil encontrar outros professores que passaram por casos semelhantes. No próprio perfil eletrônico da docente, há diversas mensagens de solidariedade e citando situações parecidas. O professor Claudio Ribeiro, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, foi um dos que se solidarizaram com Suzana. “Afastam-nos da graduação com a correria da pesquisa e nos afastam da pesquisa com a ‘correria’ da prestação de contas... Nossas contas da FAPERJ, por exemplo, se transformaram em investimentos que ficam rendendo no mercado financeiro enquanto não o utilizamos... Façam algum exercício de futurologia básica para pensar o que isto pode significar daqui para a frente”.

Fonte: AdUFRJ

9 de abr. de 2013

Simpósio sobre Teoria da Contabilidade - RJ

Divulgação: 
II Simpósio Estadual sobre Teoria da Contabilidade
DATA: 10/05/2013 - 08:00 às 18:00h
LOCAL: Universidade Federal do Rio de Janeiro - Salão Pedro Calmon
End: Campus Praia Vermelha - Av. Pasteur, 250 - Urca

Inscrições: http://webserver.crcrj.org.br/asscom/eventos/form-inscricao.asp?id_evento=182


Seminário Brasileiro de Contabilidade Aplicada ao Setor Público

I Seminário Brasileiro de Contabilidade Aplicada ao Setor Público

Objetivo:
Aperfeiçoar e gerar conhecimentos relativos à convergência às boas práticas contábeis estabelecidas pelos padrões internacionais de contabilidade, por meio de discussão acerca da elaboração e da implantação das normas nacionais e internacionais de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, propiciando maior capacitação aos gestores públicos. 

Público Alvo: 
Servidores públicos e profissionais que tenham interação com contabilidade, orçamento e estatísticas fiscais do setor público, principalmente aqueles que atuam nessas áreas nas esferas federal, estadual e municipal, estudantes, professores, consultores e outros. 

LOCAL DE REALIZAÇÃO 
Auditório da Escola de Administração Fazendária - ESAF Lago Sul – Brasília/ DF - CEP: 71686-900 

DATAS: 
Inscrição: 04 a 21/04/2013 
Realização: 13 a 15/05/2013 

Inscrições: http://www.esaf.fazenda.gov.br/esafsite/cursos_presenciais/sbcasp/Home_sbcasp.htm 

REALIZAÇÃO: Secretaria do Tesouro Nacional - STN e Escola de Administração Fazendária – ESAF 

APOIO/PATROCÍNIO: CFC, Instituto Iris, IRB, ATRICON, CNM e ABRASF.

8 de abr. de 2013

Valor Justo do Tomate

Do CPC 46 - Mensuração do Valor Justo (Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS 13): "O valor justo é uma mensuração baseada em mercado e não uma mensuração específica da entidade."
Se é uma mensuração baseada em mercado, o preço atual do tomate é um valor justo?


O CPC 46 - Mensuração do Valor Justo define valor justo como "o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração."
Provavelmente só uma transação forçada faria alguém pagar R$8,99 em um quilo de tomate, logo esse valor não é justo!!!
“... nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” (Gilberto Freire)