Os ganhadores:
O
Prêmio Nobel de Economia 2016 foi concedido a dois professores de economia: Oliver
Hart (Universidade de Harvard e Holmström) Bengt Holmström (MIT). Os
pesquisadores ganharam o prêmio por suas contribuições para a teoria dos
contratos, que têm múltiplas aplicações em diversos contextos da vida real.
O
trabalho de Hart tem ajudado a entender quais companhias devem se fundir, além
do equilíbrio correto de financiamentos e quando instituições como escolas
devem ser privadas ou públicas. Já o de Holmström ajuda a formular contratos
para executivos.
O prêmio:
O
Nobel de Economia tem uma recompensa de 8 milhões de coroas suecas, equivalente
a R$ 3 milhões. O prêmio inclui ainda um diploma e uma medalha de ouro.
O
prêmio de Economia é o único que não remonta ao testamento de Alfred Nobel.
Denominado oficialmente Prêmio de Ciências Econômicas do Banco Real da Suécia
em Memória de Alfred Nobel, foi criado em 1968 pelo Banco Central sueco para
comemorar seu tricentenário e concedido pela primeira vez em 1969. As demais
categorias do Nobel são concedidas desde 1901.
Justificativas
para o prêmio:
--
“As novas ferramentas teóricas criadas por Hart e Holmström são valiosas para a
compreensão dos contratos e instituições da vida real, bem como armadilhas potenciais
no projeto de contrato”
--
“[O trabalho deles] estabelece uma base intelectual para traçar políticas e
para instituições em muitas áreas, da legislação sobre falências a
constituições políticas”
--
“A teoria do contrato, desenvolvida pelos premiados, é um amplo marco de
análises dos múltiplos aspectos do contrato, como a remuneração dos executivos
com base em sua performance, as franquias, os copagamentos nos seguros ou a
privatização do setor público”.
--
“Contratos são apenas uma forma incrivelmente poderosa de pensar sobre partes
da economia. Eles são fundamentais para toda a ideia de que o comércio é um
tomar uma coisa por outra e que há dois lados para uma transação”.
--
O tema de estudo dos premiados talvez seja menos prestigioso que as grandes
questões de crescimento, desemprego ou pobreza, razão pela qual não apareciam
nas previsões. Mas ambos tiveram o mérito de abrir caminho “a um fértil terreno
de pesquisa fundamental”.
--
“Graças à pesquisa de Oliver Hart e Bengt Holmström, temos agora os
instrumentos para analisar não apenas os termos financeiros dos contratos, mas
também a prestação contratual dos direitos de controle, dos direitos de
propriedade e dos direitos de decisão entre as partes”.
Um Nobel de para
homens de universidades norte-americanas:
Do
total de 78 edições do Nobel de Economia, 56 (72%) foram concedidos a
professores que atuam em universidades norte-americanas.
As
mulheres permanecem quase ausentes da lista do Nobel de Economia. Apenas uma
mulher ganhou a distinção: a norte-americana Elinor Ostrom, em 2009, junto com
outro pesquisador dos EUA.
Dez últimos
ganhadores do Nobel de Economia:
2016:
Oliver Hart e Bengt Holmström, por suas contribuições à teoria dos contratos.
2015:
Angus Deaton (Reino Unido-Estados Unidos), por seus estudos sobre “o consumo, a
pobreza e o bem-estar”.
2014:
Jean Tirole (França), por sua “análise do poder do mercado e de sua regulação”.
2013: Eugene Fama, Lars Peter Hansen e Robert
Shiller (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre os mercados financeiros.
2012:
Lloyd Shapley e Alvin Roth (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre a melhor
maneira de adequar a oferta e a demanda em um mercado, com aplicações nas
doações de órgãos e na educação.
2011:
Thomas Sargent e Christopher Sims (Estados Unidos), por estudos que permitem
entender como acontecimentos imprevistos ou políticas programadas influenciam os
indicadores macroeconômicos.
2010: Peter Diamond e Dale Mortensen (Estados Unidos),
Christopher Pissarides (Chipre/Reino Unido), um trio que melhorou a análise dos
mercados nos quais a oferta e a demanda têm dificuldades para se acoplar,
especialmente no mercado de trabalho.
2009:
Elinor Ostrom e Oliver Williamson (Estados Unidos), por seus trabalhos
separados que mostram que a empresa e as associações de usuários são às vezes
mais eficazes que o mercado.
2008:
Paul Krugman (Estados Unidos), por seus estudos sobre o comércio internacional.
2007:
Leonid Hurwicz, Eric Maskin e Roger Myerson (Estados Unidos), por seus
trabalhos baseados nos mecanismos de intercâmbio destinados a melhorar o
financiamento dos mercados.
Fonte
das informações: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua participação é muito importante para as discussões de ideias contábeis e outras mais. Obrigada!