12 de out. de 2016

Nobel de Economia

Os ganhadores:
O Prêmio Nobel de Economia 2016 foi concedido a dois professores de economia: Oliver Hart (Universidade de Harvard e Holmström) Bengt Holmström (MIT). Os pesquisadores ganharam o prêmio por suas contribuições para a teoria dos contratos, que têm múltiplas aplicações em diversos contextos da vida real.
O trabalho de Hart tem ajudado a entender quais companhias devem se fundir, além do equilíbrio correto de financiamentos e quando instituições como escolas devem ser privadas ou públicas. Já o de Holmström ajuda a formular contratos para executivos.

O prêmio:
O Nobel de Economia tem uma recompensa de 8 milhões de coroas suecas, equivalente a R$ 3 milhões. O prêmio inclui ainda um diploma e uma medalha de ouro.
O prêmio de Economia é o único que não remonta ao testamento de Alfred Nobel. Denominado oficialmente Prêmio de Ciências Econômicas do Banco Real da Suécia em Memória de Alfred Nobel, foi criado em 1968 pelo Banco Central sueco para comemorar seu tricentenário e concedido pela primeira vez em 1969. As demais categorias do Nobel são concedidas desde 1901.

Justificativas para o prêmio:
-- “As novas ferramentas teóricas criadas por Hart e Holmström são valiosas para a compreensão dos contratos e instituições da vida real, bem como armadilhas potenciais no projeto de contrato”
-- “[O trabalho deles] estabelece uma base intelectual para traçar políticas e para instituições em muitas áreas, da legislação sobre falências a constituições políticas”
-- “A teoria do contrato, desenvolvida pelos premiados, é um amplo marco de análises dos múltiplos aspectos do contrato, como a remuneração dos executivos com base em sua performance, as franquias, os copagamentos nos seguros ou a privatização do setor público”.
-- “Contratos são apenas uma forma incrivelmente poderosa de pensar sobre partes da economia. Eles são fundamentais para toda a ideia de que o comércio é um tomar uma coisa por outra e que há dois lados para uma transação”.
-- O tema de estudo dos premiados talvez seja menos prestigioso que as grandes questões de crescimento, desemprego ou pobreza, razão pela qual não apareciam nas previsões. Mas ambos tiveram o mérito de abrir caminho “a um fértil terreno de pesquisa fundamental”.
-- “Graças à pesquisa de Oliver Hart e Bengt Holmström, temos agora os instrumentos para analisar não apenas os termos financeiros dos contratos, mas também a prestação contratual dos direitos de controle, dos direitos de propriedade e dos direitos de decisão entre as partes”.

Um Nobel de para homens de universidades norte-americanas:
Do total de 78 edições do Nobel de Economia, 56 (72%) foram concedidos a professores que atuam em universidades norte-americanas.
As mulheres permanecem quase ausentes da lista do Nobel de Economia. Apenas uma mulher ganhou a distinção: a norte-americana Elinor Ostrom, em 2009, junto com outro pesquisador dos EUA.

Dez últimos ganhadores do Nobel de Economia:
2016: Oliver Hart e Bengt Holmström, por suas contribuições à teoria dos contratos.
2015: Angus Deaton (Reino Unido-Estados Unidos), por seus estudos sobre “o consumo, a pobreza e o bem-estar”.
2014: Jean Tirole (França), por sua “análise do poder do mercado e de sua regulação”.
2013:  Eugene Fama, Lars Peter Hansen e Robert Shiller (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre os mercados financeiros.
2012: Lloyd Shapley e Alvin Roth (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre a melhor maneira de adequar a oferta e a demanda em um mercado, com aplicações nas doações de órgãos e na educação.
2011: Thomas Sargent e Christopher Sims (Estados Unidos), por estudos que permitem entender como acontecimentos imprevistos ou políticas programadas influenciam os indicadores macroeconômicos.
2010:  Peter Diamond e Dale Mortensen (Estados Unidos), Christopher Pissarides (Chipre/Reino Unido), um trio que melhorou a análise dos mercados nos quais a oferta e a demanda têm dificuldades para se acoplar, especialmente no mercado de trabalho.
2009: Elinor Ostrom e Oliver Williamson (Estados Unidos), por seus trabalhos separados que mostram que a empresa e as associações de usuários são às vezes mais eficazes que o mercado.
2008: Paul Krugman (Estados Unidos), por seus estudos sobre o comércio internacional.
2007: Leonid Hurwicz, Eric Maskin e Roger Myerson (Estados Unidos), por seus trabalhos baseados nos mecanismos de intercâmbio destinados a melhorar o financiamento dos mercados.


Fonte das informações: G1 

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