Recentemente o Conselho Federal de Contabilidade anunciou mudanças na estrutura do Exame de Suficiência.
O Exame de suficiência é elaborado pela Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), composto por 50 questões e busca aferir o conhecimento mínimo para o pleno exercício da profissão. É dividido em duas partes, uma busca comprovar a habilidade conceitual, o conhecimento teórico, do candidato e a outra a habilidade procedimental, o saber fazer.
Segundo o CFC, a principal mudança foi o aumento do número de questões sobre contabilidade geral, que passou de 15 para 21 itens e a redução de seis para três itens de Contabilidade de Custos.
De acordo com professor Oscar Lopes, integrante da Comissão do Exame de Suficiência da FCB, “a mudança foi solicitada pelos coordenadores nos últimos três Encontros de Coordenadores e Professores do Curso de Ciências Contábeis e a comissão acatou a demanda”.
A prova passa a ter duas questões de Português e de Ética. Antes eram três itens de cada. Outros temas abordados são contabilidade aplicada ao setor público, contabilidade gerencial, controladoria, noções de direto e legislação aplicada, matemática financeira e estatística, teoria da contabilidade, princípios da contabilidade e normas brasileiras de contabilidade, auditoria contábil e perícia contábil. “
Conforme o professor Oscar Lopes, as questões são cada vez mais interdisciplinares, conteúdos de direto e contabilidade geral podem ser cobrados numa mesma pergunta, por exemplo”.
Eu acrescento duas sugestões para futuras mudanças no formato do Exame de suficiencia:
1) Duas fases, uma com provas objetivas e outra com questões discursivas...
2) E exame periódico para averiguação de competências dos contadores em exercício, pois infelizmente tem muitos profissionais que teimam em não se atualizar.
Fonte das informações: CFC
Concordo com as sugestões. Acho ainda que a averiguação de competência deveria ser ramificada de acordo com o ramo de atuação do contador: pública, societária, tributária....
ResponderExcluirPensando alto - Não sei se faria sentido exigir na potencial averiguação periódica uma gama de conhecimentos "padronizada" para contadores de todas as áreas.
Com relação aos contadores que deixam de estudar, complemento ainda o que escreveu. Acho a implementação (de fato e de direito) de um programa organizado de educação continuada ajudaria a resolver o problema.
Deixo ainda uma questão para pensarmos. É justo um aluno que se formou em uma faculdade de baixa qualidade precisar fazer um curso preparatório para o Exame do Conselho?
Cenário 2 para reflexão (caso concreto). Um graduando X em contabilidade na Faculdade Y está acostumado a ter tudo mastigado e passar nas provas "do jeito mais fácil". Para complicar a reflexão, pensaremos que este aluno X estuda no período da noite e trabalha o dia inteiro (em uma atividade fisicamente cansativa). Como motivar esse aluno X e fazer com que ele não "caia" no sistema de "cursos preparatórios pós faculdade"?
Obrigada pelos comentários, Lidiano! Muito lúcidos e retratam a realidade dos cursos de Contábeis e das consequências do Exame de Suficiência. Espero que tenhamos a oportunidade de oficializar nossas sugestões.
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