4 de nov. de 2013

Contabilidade e Cinema

Como diria a Isabel Sales, do Blog Contabilidade Financeira: #VejoContabilidadeEmTudo
Parece que o prof. Eliseu Martins também vê!

O que têm a ver as bilheterias de cinema com contabilidade?

Você assistiu Avatar? Sabe que foi o filme com maior bilheteria até hoje? US$ 760 milhões! Bem, pode ser que não tenha visto E.T. – O extraterrestre; coitado, faturou apenas US$ 435 milhões! Ou 43% a menos.

Só que o meu colega Ariovaldo dos Santos, da FEA-USP, não concorda: diz que Avatar é bilheteria de 2009 e E.T. é de 1982. Ele insiste em dizer que dólar não é dólar, ou melhor, que não se comparam os dólares de datas tão diferentes. Corrigindo pelo índice de inflação ao consumidor americano, conclui: em valores atualizados, Avatar faturou US$ 807 milhões e E.T…. US$ 1,026 bilhão! Ou seja, 27% a mais. Tudo bem que são 27 anos de diferença, mas também é enorme a diferença entre as cifras, não?

E se fossem números contábeis? Receitas, lucro, imobilizado, depreciações, etc.? O professor Ari vem nos lembrar: a inflação acumulada americana dos últimos dez anos chegou a 30%. Será que isso distorce as demonstrações contábeis deles? Um capital investido de US$ 100 milhões há dez anos que hoje, a valor justo, valesse US$ 200 milhões, teria propiciado 100% de retorno nominal na década; descontando-se a inflação (2/1,3), o aumento real seria de pouco mais de 50%! E o imposto, teria sido pago sobre qual lucro: o nominal ou real
Para discutir os efeitos da inflação sobre as demonstrações contábeis, o IASB vai promover uma reunião específica em dezembro próximo.

Será que vale a pena nos preocuparmos com isso?

Fonte: Capital Aberto - Prof. Eliseu Martins

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“... nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” (Gilberto Freire)