Aos que gostariam de fazer a declaração do Imposto de Renda por conta
própria ou com um auxílio de quem entende do assunto, pode pedir ajuda aos
Universitários!
Universidades e sites oferecem serviço gratuito a contribuinte
Para quem tem dúvidas e não quer gastar dinheiro para prestar contas ao
Leão, há os serviços gratuitos. Não é difícil encontrar, nas principais
capitais do país, faculdades que oferecem o auxílio. Alunos de contabilidade,
supervisionados por professores, aproveitam o período para aprender, enquanto
prestam o serviço à comunidade.
Em geral é preciso agendar o atendimento e, em seguida, reunir os
documentos necessários, como informes de rendimento e comprovantes de
pagamento. "Tem gente que chega de mãos abanando para fazer a
declaração", diz Kleber Marruaz, professor da Universidade Federal da
Bahia (UFBA). No ano passado, os alunos da instituição orientaram 2,1 mil
contribuintes - de quem tem renda baixa e sequer tem computador em casa a quem
até possui recursos, mas não tem afinidade com o sistema da Receita.
Oito a dez alunos da UFBA atendem por turno no centro histórico de
Salvador. Um caso comum por lá, segundo Marruaz, é de pessoas que têm até três
empregos para complementar a renda. "Eles são tributados de forma muito
violenta, então precisamos ver tudo o que pode ser abatido", diz o
professor.
Em São Paulo é grande o número de faculdades que auxiliam na
declaração. Muitas delas pedem alimentos não perecíveis, que serão doados para
instituições de caridade. É o caso do Complexo Educacional FMU, que também
impõe uma renda anual máxima, de R$ 80 mil. As dúvidas principais são sobre
como declarar financiamentos de carros e imóveis, segundo Sérgio Conti,
professor de Ciências Contábeis da FMU.
O atendimento na faculdade, que contemplou 300 contribuintes no ano
passado, não inclui a última semana do prazo para declaração. "É uma forma
de educar o contribuinte a se planejar. Imagine se por conta de uma falha no
sistema deixamos de mandar a declaração dele", diz Conti. No fim do prazo
a plataforma da Receita Federal fica congestionada, o que pode dificultar a
transmissão da prestação de contas.
No caso da UFBA e da FMU o contribuinte já sai com o recibo da
declaração. Já o Centro Universitário Carioca (Unicarioca), no Rio de Janeiro,
apenas tira dúvidas. "A ideia é que ele aprenda para que da próxima vez
possa fazer sozinho", diz Sérgio Vidal, coordenador do curso de Ciências
Contábeis.
O formato de consultoria escolhido pela Unicarioca é também uma forma
de se abster em problemas futuros com a declaração. As faculdades que auxiliam
de forma mais direta o contribuinte em geral também buscam se proteger.
"Nós solicitamos que o contribuinte assine um termo afirmando que as
informações que nos apresentou sejam fidedignas, até para que a faculdade não
seja responsabilizada lá na frente por falta de informação ou informação
errada", diz Sérgio Conti, da FMU.
Fora das faculdades, outro serviço gratuito de auxílio à declaração é o
da empresa DeclareCerto. Com cobrança pelo trabalho nos últimos dois anos, o
portal recebeu um aporte financeiro do grupo IOB e passou a oferecer as
ferramentas básicas sem custos. O internauta tem acesso a um fórum de dúvidas e
também a um sistema em que responde a uma série de perguntas. O site gera o
arquivo da declaração que deve ser enviado à Receita.
"O sistema da receita, apesar de fácil, não é orientado ao
contribuinte, mas à legislação", afirma Mariana Spinelli, sócia do
DeclareCerto. Na prática, o site traduz o sistema da Receita Federal. Em vez de
perguntar quais são seus rendimentos tributáveis, por exemplo, começa
questionando se o contribuinte tem carteira assinada ou empresa própria. O site
faz simulações para mostrar quando vale a pena incluir cônjuge e filhos entre
os dependentes.
A partir deste ano o DeclareCerto cobra serviços periféricos, como o
atendimento a dúvidas por telefone. Nesse caso, as taxas partem de R$ 98. Entre
as dúvidas mais comuns dos contribuintes, segundo a empresa, estão como
declarar imóveis e veículos e quando vale a pena incluir os dependentes na
declaração.
Fonte: Jornal Valor Econômico - 12/04/2012
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