30 de jun. de 2009

Divulgação: XIV Congreso Internacional del CLAD


XIV Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública
Salvador de Bahia, Brasil27 - 30 de octubre de 2009


El CLAD y el Gobierno Federal de Brasil, a través del Ministerio de Planificación, Presupuesto y Gestión (MP), conjuntamente con la Gobernación del Estado de Bahía, tienen el placer de anunciar la celebración del "XIV Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública" que se llevará a cabo en Salvador de Bahia, Brasil, del 27 al 30 de octubre de 2009.

El acto de inauguración se llevará a cabo el martes 27 de octubre a las 19 hrs. Los días 28, 29 y 30 de octubre se desarrollarán las conferencias plenarias y los paneles. Durante el Congreso tendrán lugar reuniones especiales de las redes propiciadas por el CLAD y se presentarán pósters y libros editados durante el año 2009.
Maiores informações no site do Congresso: http://www.clad.org.ve/congreso-clad

28 de jun. de 2009

Uma reflexão

Considero que ter um objetivo ou vários objetivos em nossa vida é uma atitude inteligente e estratégica! Digo isso em termos profissionais e pessoais.
Li uma frase um dia do Montaigne que dizia: "Nenhum vento ajuda a quem não sabe pra onde velejar."
Qual a sua meta pessoal? No seu trabalho, você tem metas para alcançar? Quando se sente quando as alcança? E em caso contrário?
Daqui a dois dias concluiremos o primeiro semestre de 2009. Alguma meta foi estabelecida (emagrecer uns quilos, voltar para o Inglês, arrumar um emprego, passar no vestibular, iniciar um curso de pós-graduação, ler aquele livro, dormir um pouco mais cedo)? Como foram nossas metas para esse semestre? E nos outros seis meses que restam, onde quero chegar, o que quero alcançar?
Quando iniciei a graduação em Ciências Contábeis na saudosa Universidade Estadual de Feira de Santana - BA, tinha uma meta e ela foi perseguida em cada aula, em cada avaliação, em cada livro lido, em cada trabalho feito, em cada semestre do curso... Agora que estou para concluir o Mestrado, as metas são outras e continuo pregando a importância de se ter em mente onde se quer chegar! E mais ainda: perseguir esse objetivo com disciplina, seriedade e otimismo!
Excelente semana a todos!

Cláudia Cruz

27 de jun. de 2009

Auditoria = Prerrogativa de Contador?

JUDICIÁRIO SUSPENDE CONCURSO PÚBLICO NA UFSM
A meritíssima juíza Simone Barbisan Fortes, titular da 3ª Vara Federal de Santa Maria, deferiu o pedido de liminar em mandado de segurança impetrado pelo CRCRS contra ato do Pró-Reitor de Recursos Humanos da Universidade Federal de Santa Maria, pelo que foi suspensa a realização do concurso público para provimento de vagas ao cargo de Auditor da referida universidade. Segundo o Edital nº 001/2009 – PRRH, o concurso previa a possibilidade de inscrição de candidatos de outras áreas que não exclusivamente de contadores habilitados no CRCRS. O decisum judicial foi no sentido de que, nos termos da legislação vigente, somente contadores têm a habilitação legal para ocupar o referido cargo. Veja a íntegra da decisão.
Fonte: CRC-RS

Transparência com derivativos

Transparência com derivativos
DCI – OPINIÃO (08/06/2009)
Uma nova instrução da Comissão de Valores Mobiliários poderá ajudar o investidor a ter mais clareza sobre as empresas.
Em 17 de dezembro de 2008, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou a Instrução nº 475, que versa sobre a divulgação de informações a respeito de instrumentos financeiros, inclusive derivativos, por companhias abertas. O texto dessa instrução foi baseado na Deliberação CVM nº 550, datada de 17 de outubro de 2008, que trata especificamente da divulgação de informações sobre operações de derivativos, e foi publicada logo depois do anúncio de grandes perdas com essas operações por companhias abertas brasileiras, no segundo semestre de 2008.
A Instrução nº 475 tem como objetivo permitir que os usuários das demonstrações financeiras possam avaliar a relevância dos instrumentos financeiros, especialmente das operações de derivativos, na posição financeira da companhia, bem como a natureza e a extensão dos riscos associados a tais instrumentos. Princípio semelhante é aplicado nos Estados Unidos desde 1997.
De acordo com a Instrução nº 475, as companhias abertas devem divulgar, em nota explicativa específica, informações qualitativas e quantitativas sobre todos os seus instrumentos financeiros, reconhecidos ou não como ativo ou passivo em seu balanço patrimonial.
Adicionalmente, o normativo determina que as notas explicativas devem ser verdadeiras, completas e consistentes, bem como devem ser escritas em linguagem clara, objetiva e concisa. As informações quantitativas devem ser divulgadas no formato de tabela com os seguintes campos: valor de referência, valor justo e valores a pagar ou a receber no período de referência, para cada modalidade de operação de derivativos. Além disso, a tabela deve segregar instrumentos financeiros derivativos especulativos daqueles destinados à proteção de exposição a riscos (hedge).
As informações qualitativas devem ser apresentadas no formato de quadro demonstrativo de análise de sensibilidade, para cada risco de mercado considerado relevante pela administração da companhia, originado por instrumentos financeiros (especialmente derivativos), ao qual a empresa esteja exposta na data de encerramento de cada período.
Por meio do quadro demonstrativo de análise de sensibilidade, a companhia deve: (i) identificar os tipos de risco que podem gerar prejuízo material para a empresa; (ii) discriminar os métodos e as premissas usadas na preparação da análise de sensibilidade; (iii) definir o cenário mais provável, na avaliação da administração, além de dois cenários que, caso ocorram, possam gerar resultados adversos para a empresa; (iv) estimar o impacto dos cenários definidos no valor justo dos derivativos; e (v) montar uma tabela resumindo os riscos e impactos em cada um dos cenários referidos anteriormente.
Na definição dos cenários mencionados no item (iii) acima, a empresa deve considerar a situação julgada mais provável pela administração, referenciada por fonte externa independente, e outras duas situações com deterioração de pelo menos 25% e 50% nas variáveis de risco consideradas.
Dentre as ponderações feitas pela CVM em nota explicativa publicada na mesma data da Instrução nº 475, destaca-se a consonância da regra brasileira com as regras internacionais de contabilidade, bem como a importância da divulgação do quadro demonstrativo de análise de sensibilidade, tendo em vista a complexidade das operações de derivativos que vêm sendo negociadas no País.
Em outubro de 2008 a Deliberação 550 exigiu que as companhias abertas já apresentassem informações quantitativas e qualitativas sobre suas operações de derivativos nas demonstrações financeiras do terceiro trimestre daquele ano. Pelo que foi noticiado desde então e com base na Instrução 475, imagina-se que a CVM espera informações mais aperfeiçoadas sobre instrumentos financeiros, sobretudo derivativos, na divulgação das demonstrações financeiras referentes ao encerramento do exercício social de 2008.
Os investidores só têm a ganhar com a Instrução 475, pois as companhias têm fornecido informações mais completas e em formato e linguagem mais acessíveis, o que certamente facilitará a avaliação da companhia por seus atuais e potenciais investidores, especialmente pessoas físicas.

IFRS a passos de tartaruga?

Adaptação a regras é lenta e provocará dúvida em balanços

Por Eduardo Puccioni - DCI (16/06/2009)
Preocupadas em dar suporte às empresas brasileiras na mudança contábil aos padrões internacionais, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em conjunto com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), publicou na semana passada mais duas deliberações. Com isso, já foram emitidas 29 normas contábeis (18, em 2008), com 15 regras em processo de audiência pública (10 em aberto, e 5 encerradas) e 14 em elaboração ou apreciação.
Mesmo com todas as antecipações das entidades responsáveis, as companhias ainda não estão pondo em prática as novas normas; pelo menos é isso que foi visto na primeira divulgação dos resultados financeiros do ano.
"Ainda não deu para notar a diferença nas divulgações: a maior parte das companhias ainda não adotou as novas normas contábeis. Mesmo assim, não encontramos muitas reclamações das empresas", afirma Ariovaldo dos Santos, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi).
O objetivo do pronunciamento técnico CPC-16, um dos anunciados na semana passada, é mostrar como se deve determinar o valor de custo dos estoques e o seu reconhecimento no resultado, incluindo qualquer redução ao valor realizável líquido. O documento apresenta, ainda, método e critérios usados para atribuir custos aos estoques.
"Em relação ao estoque, não mudou muito em relação à regra brasileira como era antes. Também não são todas as empresas que têm de se adequar à novidade: as instituições financeiras, por exemplo, não têm estoque. A mudança não afeta todas as empresas", acrescenta Ariovaldo.
Já o Pronunciamento CPC-17 orienta sobre o tratamento contábil das receitas e despesas associadas a contratos de construção. Nesses contratos, normalmente de execução a longo prazo, a data de início e término do contrato ocorrem em períodos contábeis diferentes, tornando primordial o reconhecimento das receitas e despesas correspondentes ao longo da sua execução.
Por fim, foi divulgado o Pronunciamento CPC-20, que dá orientações para o tratamento contábil aplicável aos custos de empréstimos. O conteúdo deste pronunciamento técnico está integralmente fundamentado no IAS 23 - Custo de Empréstimos, e não modifica substancialmente o tratamento dado no Brasil aos custos de empréstimos, inclusive aquele previsto na, já existente, Deliberação CVM 193/96.
Essas normas contábeis, que fazem parte da Agenda Conjunta CVM e CPC, dão início ao processo de regulação de 2009 visando à convergência da contabilidade brasileira de companhias abertas aos padrões internacionais.
Quanto às empresas de diversos setores da economia brasileira, Ariovaldo explica que, de modo geral, "todas as companhias terão mudanças, nenhuma será prejudicada com elas".
O especialista alertou, porém, para as normas que virão para empresas do setor de energia elétrica. "Ainda estão estudando uma norma internacional que se refere às empresas de energia. Esta mudança não prejudica as companhias, mas traz uma dificuldade maior de elaboração", diz ele.
Segundo Ariovaldo, a principal mudança vem para as pessoas que trabalham com contabilidade. "Haverá uma mudança no comportamento de quem realiza e audita as regras contábeis, mas tudo será positivo no longo prazo", afirma ele.
Começam nesta semana e se estendem até a próxima semana os eventos organizados pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec SP) em parceria com a Ernst & Young, em que serão abordados temas referentes aos impactos da nova lei contábil e dos International Financial Reporting Standards (IFRS) em diversos setores, como: varejo, bens de consumo, energia, concessões públicas, telecomunicações, mercado imobiliário e impostos. Além da análise profunda de cada setor, as palestras trarão também um panorama dos pronunciamentos do CPC e do International Accounting Standards Board (IASB) que mais impactaram cada uma das esferas que serão discutidas.
As novas normas contábeis se tornarão obrigatórias para as empresas brasileiras de capital aberto a partir de 2010. As companhias terão de fazer comparativos com os resultados financeiros deste ano, o que justifica a preocupação das autoridades de que as empresas antecipem suas divulgações em IFRS.

Mercado externo
A indicação de Amaro Luiz de Oliveira Gomes, que assumirá como membro efetivo da junta diretiva para um mandato de cinco anos, nomeação feita pelo Comitê Internacional de Contabilidade (Iasc), deverá reforçar o desempenho do País na adoção das novas normas contábeis.
Para Maria Clara Cavalcante Bugarim, presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), é um orgulho ter um brasileiro na junta diretiva do Iasb. "Essa conquista é fruto de seu desempenho profissional, e também destaco o excelente trabalho de convergência interna."

Atrasos na adoção dos IFRS

Empresas estão atrasadas para IFRS
Valor Online (19/06/2009)

Foi em 13 de julho de 2007, há quase dois anos, que a Comissão Valores Mobiliários (CVM) informou ao mercado que as companhias abertas registradas no Brasil teriam de publicar o balanço consolidado de 2010 - incluindo a comparação com os dados de 2009 - pelo padrão internacional de contabilidade, chamado de IFRS.
Como era de se esperar, a tradição de deixar as coisas para a última hora foi mantida e muitas empresas ainda nem começaram a se planejar para a tarefa. Segundo Daniel Maranhão, sócio da Terco Grant Thornton e especialista em IFRS, é bom que as companhias comecem a se preparar ao menos neste segundo semestre para implementar as mudanças para evitar atropelos no ano que vem.
"É importante definir um plano e é preciso mudar processos internos para gerar as informações necessárias para o IFRS", diz ele, destacando que as empresas vão se surpreender com o nível de abertura dos dados que passará a ser obrigatório. "O principal choque pode não ser no lucro, mas na divulgação", afirma o executivo.
Para Maranhão, se as empresas deixarem tudo para o ano que vem, o volume elevado de trabalho pode exigir a contratação de consultorias para ajudar na adaptação.
O fato é que as áreas de contabilidade das empresas já estão atoladas de serviço com a adaptação às regras trazidas pela Lei 11.638 e pelos pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Apesar de essa adaptação ser uma etapa importante para a migração do padrão contábil brasileiro ao IFRS, o sócio da Terco ressalta que, mesmo com a regulamentação final de todos os CPCs, ainda haverá diferenças entre os dois padrões. Uma dessas diferenças, por exemplo, é a possibilidade de se fazer reavaliações de ativos segundo o IFRS, algo que foi proibido no Brasil.
Além disso, Maranhão lembra que o próprio IFRS está sendo revisto no exterior e que, quando os balanços forem publicados em 2011, terão de cumprir as regras vigentes na data da apresentação. "Muitas das empresas não têm noção sobre essas atualizações", afirma ele.
Desde o ano passado (2008), o CPC já emitiu 20 novas normas contábeis em conjunto com a CVM. Até o fim do ano, outras 29 deverão ser emitidas.

Adoção dos IFRS no Novo Mercado

Regra contábil tem reduzida adesão no Novo Mercado
DCI

Um estudo realizado por uma grande empresa de auditoria no Brasil mostra que, das 100 companhias que fazem parte do Novo Mercado, o nível mais alto de governança corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), apenas 8 anunciaram seu resultado financeiro dentro da nova norma contábil, ou seja, ainda é necessário que 92 empresas apresentem resultados em International Financial Reporting Standards (IFRS).

Este assunto preocupa os especialistas, já que a adequação à norma será obrigatória a partir de 2010. Outra preocupação é em relação à difícil implementação. "Temos clientes que ainda não conseguiram concluir seus resultados em IFRS porque ainda apresentam dúvidas", afirma o executivo da empresa, que não quis revelar seu nome.

Mas o especialista afirma que nem todas as companhias terão grandes dificuldades, pois as que têm ações negociadas na Bolsa de Nova York (Nyse) já fazem uma divulgação parecida, nos padrões chamados US GAAP. "Para estas empresas a mudança é mais simples", explica o executivo.

Através de sua assessoria de imprensa, a BM&F Bovespa explica que "exige nas regras dos segmentos diferenciados de governança [Nível 2 e Novo Mercado] que as companhias apresentem demonstrações financeiras em padrão internacional, que pode ser US GAAP [padrão americano] ou IFRS [padrão internacional]. Em 2007, foi editada Instrução da CVM que define que as companhias abertas apresentem suas demonstrações contábeis consolidadas em IFRS a partir do exercício de 2010", explica a nota.

O comunicado diz ainda que "cerca de 25 empresas do Novo Mercado apresentaram demonstrações financeiras referentes ao exercício de 2008 de acordo com os IFRS". Portanto, restam cerca de 75 empresas a realizar a mudança para IFRS.

Apesar de toda a preocupação, a regulação para as empresas do Novo Mercado diz que a "divulgação de demonstrações financeiras tem de ser de acordo com padrões internacionais IFRS ou US GAAP", o que facilita a tarefa das companhias abertas. Mesmo assim, as empresas são obrigadas a divulgar seus resultados dos dois últimos anos em IFRS, ou seja, o balanço anual de 2008 e o de 2009.

Para Pedro Malan, trustee do IASC Foundation e ex-ministro da Fazenda, "a crise financeira global é uma oportunidade para avançarmos no processo da convergência contábil", afirmou, durante palestra especial de encerramento do 11º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, promovido pelo Instituto de Relações com Investidores (IBRI) e pela Associação Brasileira de Companhias Abertas (ABRASCA).

Malan salientou a importância de se resolverem problemas de regulação, supervisão, fair value, impairment e fez um apelo para que os profissionais de Relações com Investidores atentem para a urgência do processo de migração para os IFRS e estejam prontos para acompanhar as mudanças. "O uso das normas internacionais apresenta-se como uma vantagem competitiva para as empresas brasileiras", diz Malan.

Para o ex-ministro, o Brasil é um país-chave no processo de convergência contábil por conta do peso do nosso mercado de capitais e do respeito que instituições como o Banco Central, a CVM e a Susep conquistaram. "Queremos uma língua contábil universal que seja falada e interpretada por todos. O Brasil está se estruturando para isso, avançamos, e o resto do mundo reconhece que temos competência para isso", ressaltou Malan, ao final da apresentação.

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) já divulgou, em 2008, 14 orientações sobre o assunto, e até 2010 deverá chegar a 50 o número de orientações.

Sobre a [falta de] transparência no Congresso

Sobre a [falta de] transparência das informações financeiras e contábeis no Congresso...
Contas paralelas sob suspeita

Por Adriana Vasconcelos e Gerson Camarotti, do Jornal O Globo

Sob pressão e diante de mais uma denúncia, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), determinou a abertura de comissão de sindicância para investigar a legalidade na movimentação de duas contas bancárias paralelas à conta única do Tesouro, por onde passam todos os recursos destinados à Casa. As contas, na Caixa Econômica Federal, somam R$3,7 milhões e sua existência é considerada atípica, fora do padrão, como revelou ontem a coluna Panorama Político, do GLOBO. Ao final do dia, foi anunciado que as contas serão encerradas.

As contas foram descobertas pelo presidente da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, Renato Casagrande (PSB-ES), e, por estarem fora da conta única do Tesouro, não são detalhadas no Siafi, o sistema de acompanhamento de gastos públicos. Ontem mesmo, foi identificado que as contas são do Prodasen, órgão do Senado que cuida do setor de informática, para receber por serviços prestados para outros órgãos e instituições públicas. Casagrande cobrou controle do Senado sobre essas contas:
— Estou defendendo o princípio da unidade de tesouraria. Temos que saber quem movimenta essas contas. E não é um valor qualquer. Essa é mais uma porta de fragilidade na gestão do Senado. Pedi para verificar o extrato dos últimos cinco anos.
Diante das cobranças de Casagrande sobre o fato de o Senado ter uma conta corrente e uma caderneta de poupança fora da conta única do Tesouro Nacional, com saldo de R$3.740.994,13, Sarney chegou a anunciar a abertura de sindicância. No fim do dia, porém, o novo diretor-geral da Casa, Haroldo Tajra, disse que as duas contas nunca foram secretas, pois estão incluídas no Siafi, e recebiam o pagamento por serviços prestados pela Secretaria de Informática do Senado, antigo Prodasen, a outros órgãos.
— Essa contas não eram operadas. Fazem parte da prestação de contas da Casa. São anualmente submetidas ao Tribunal de Contas da União e estão totalmente contabilizadas e incluídas no Siafi. Portanto, não há necessidade de uma sindicância. Haveria necessidade se fosse realmente um fato oculto — atestou o novo diretor.
“A contabilidade é muito complexa”
Mas, por determinação de Sarney, os recursos dessas contas serão transferidos para a Conta Única.
— A contabilidade pública é muito complexa e as pessoas, ao analisarem as grandes contas de um órgão, acabam não detectando esses fatos. Quando o Senado começou seu processo de modernização da informática, no Prodasen, praticamente nenhum órgão público tinha um processo tão avançado. O Senado era contratado para prestar serviços a outros órgãos, que pagavam. Essa conta estava parada há cinco anos — disse Tajra.
Em nota, à noite, o diretor-adjunto do Prodasen, Deomar Rosado, confirma que o órgão mantém duas contas na Caixa, uma para arrecadação de receitas e outra para a aplicação desses recursos. E anunciou que serão encerradas. Segundo ele, uma decisão do TCU permitiu a aplicação em poupança dos recursos. Ele disse que a receita própria do Prodasen tinha origem em convênios com órgãos públicos, para acesso ao Sistema de Informações do Congresso. Mas esses convênios foram rescindidos quando o Prodasen pôs essas informações na internet.
Em ofício a Sarney, porém, Casagrande levantou suspeitas sobre as contas, que teriam sido detectadas pela auditoria preliminar feita pela Fundação Getúlio Vargas. “A manutenção de recursos por um órgão da Administração Diretora fora da conta única é matéria de legalidade duvidosa à luz dos atuais preceitos constitucionais”, advertiu o senador.
Fonte: Jornal O Globo - 25/06/2009

Controle patrimonial no Governo Federal

Era uma vez uma Contabilidade praticada para garantir o controle patrimonial...

Governo procura imóveis que podem valer R$ 10 bilhões

Por Izabelle Torres (Jornal do Commércio)

Desconhecer onde estão os próprios bens deixaria apreensivo qualquer brasileiro. Imagine então precisar contratar alguém para procurá-los ao longo dos mais de 8 milhões de quilômetros quadrados de extensão territorial do País. Foi isso que fez a União, dona um patrimônio imobiliário estimado em cerca de R$ 192 bilhões. Por conta do desconhecimento do governo sobre onde estão e em quais condições se encontram parte dos seus 700 mil imóveis, a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) concluiu no início do ano um levantamento de campo para tentar atualizar os dados sobre seus bens. Gastou cerca de R$ 200 milhões – recursos de um financiamento internacional – e conseguiu informações patrimoniais de apenas sete estados brasileiros.

Por conta do alto custo desse tipo de pesquisa, que prevê visitas e avaliações de bens nas mais diversas localidades, a União não consegue administrar o próprio patrimônio. Desconhece a localização e o valor avaliado de muitas coisas que lhe pertence. Com uma estrutura de administração restrita e sediada em Brasília, o governo federal tem tentado, sem sucesso, catalogar os próprios bens, mas esbarra na grande extensão territorial brasileira, na dificuldade de acesso a regiões isoladas do País e no alto custo operacional de pesquisa e fiscalização [1]. Por isso, apenas dados sobre os estados recentemente visitados são considerados confiáveis.

A falta de controle sobre o próprio patrimônio foi assunto de pelo menos dois relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) nos últimos três anos. Em todos os casos, a Corte criticou as inconsistências de informações constantes nos sistemas de controle do governo federal e ressaltou a importância de atualizar os dados para garantir a confiabilidade dos números referentes ao Balanço Patrimonial da União. Avaliação preliminar e extraoficial de técnicos do TCU dão conta que o patrimônio perdido e subavaliado pode chegar a R$ 10 bilhões.[2]

No relatório apresentado no último dia 9 sobre as contas do governo referentes a 2008, os técnicos foram contundentes sobre a existência de inconsistências nas informações cadastradas pelos órgãos no Sistema Integrado de Administração Financeira – que controla a saída de recursos dos cofres públicos – e no sistema interno da SPU.

"Ainda há diferença entre os valores dos sistemas. [3] Tal discrepância afeta significativamente a confiabilidade dos números apresentados no grupo do Ativo Permanente do Balanço Patrimonial da União. Por esse motivo, recomenda-se à Secretaria do Tesouro, à SPU e às unidades setoriais de contabilidade dos órgãos e entidades do governo que tomem providências a fim de eliminar as discrepâncias referentes aos imóveis de uso especial da União", diz o texto.

Alguns dos técnicos da Corte lembram que as divergências não são novidades. Para eles, o que mais chama a atenção é o fato de que há anos os órgãos do governo garantem que irão tomar providências, mas permanecem alimentando os sistemas com dados contraditórios e informações incompletas.

O diretor de destinação patrimonial do Ministério do Planejamento, Luciano Roda, admite as divergências, mas alega que houve avanços consideráveis. "Formamos um grupo de trabalho para detectar inconsistências e conseguimos anular pelo menos 100 mil inscrições que estavam erradas. Estamos avançando. É um trabalho lento, mas que tem evoluído bem", diz.

A diretora de caracterização da SPU, Eliane Hirai, alega que o sistema de cadastro do patrimônio tem sido aperfeiçoado e ressalta a importância de trabalhos de campo para atualizar os dados. "O investimento é alto, mas tem retorno para a União. Só com a atualização dos dados de Alphaville, em São Paulo, foi possível recadastrar os imóveis e as taxas pagas pelos moradores da área. Essa atualização rendeu R$ 180 milhões. Quase o preço do financiamento. Uma prova de que vale a pena investir nesse controle", alega a diretora. [4]

MENOS IMPOSTOS. Quando bem administrado, o patrimônio da União gera receitas para o Estado por meio de taxas por ocupações, regras para evitar invasões e impostos cobrados devidamente: mais para quem tem mais e menos para quem pode pagar menos. O aumento das receitas, quando o dinheiro é bem administrado, gera investimentos e pode diminuir a sede do governo por aumento de impostos.


Fonte:
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 24/6/2009

Modelos de regulação estão em debate

Mercado de capitais: Reguladores discutem virtudes do código britânico e eficiência da Sarbanes-Oxley
Valor Online - 26/06/2009
Por Tony Chapelle, do Financial Times, de Londres
Enquanto se discute se o pior da recessão mundial já passou ou não, legisladores dos Estados Unidos e autoridades reguladoras do Reino Unido estão engajados em outro debate: as regras que governam as companhias de capital aberto.
A maioria dos especialistas afirma - quando comparam sua eficiência - que o Código Unificado do Reino Unido é melhor que a lei Sarbanes-Oxley dos EUA. Na verdade, muitos observadores gostariam de ver nos EUA um modelo parecido com o britânico.
"Eu acho que o Código Unificado é a melhor maneira de proceder porque ele depende da ação voluntária do setor privado", afirma Ira Millstein, um renomado consultor corporativo e sócio da firma de advocacia de Nova York Weil, Gotschal & Manges.
Millstein acredita que as exigências para as empresas britânicas de obedecerem o Código Unificado ou explicarem porque têm boas razões para não fazer isso, é "algo mais gentil, à maneira britânica".
O Código Unificado, elaborado para organizar a conduta dos diretores de conselho, a remuneração dos executivos e questões de auditoria, data de 1990 e foi revisado em 2006. Atualmente, ele está sendo novamente revisto.
O Financial Reporting Council (FRC), que regula as condutas de governança corporativa no Reino Unido, fez uma consulta aos detentores de participações em empresas para saber como o código está se saindo. As constatações devem ser publicadas no ano que vem. Mudanças poderão ocorrer.
O princípio do "Pratique ou Explique" só funciona em países nos quais os acionistas possuem direitos significativos garantidos por lei, como a capacidade de votar em diretores individuais para o conselho de administração, afirma Chris Hodge, o diretor da unidade de governança corporativa do FRC. Sem esses direitos, explica Hodge, as autoridades reguladoras precisam ter um papel mais ativo na proteção dos investidores.
Inversamente, os acionistas sentem que uma abordagem baseada nos princípios como os do Código Unificado produz menos obstáculos à condução dos negócios, afirma Leo Martin, consultor de ética corporativa da GoodCorporation.
Ele cita como evidência a queda das listagens de empresas nas bolsas de valores dos EUA desde a implementação da Sarbanes-Oxley. "As companhias estão insatisfeitas. As empresas britânicas são menos sobrecarregadas."
Nos dois países, muitas instituições financeiras, como o Lehman Brothers e o Northern Rock, fracassaram em supervisionar os riscos sistêmicos. Ainda assim, esse não foi o problema para o qual as leis de governança dos dois países foram criadas para administrar.
A lei Sarbanes-Oxley, por exemplo, foi criada para garantir a exatidão das demonstrações financeiras. "Não sabemos quantas fraudes deixaram de ocorrer por causa da Sarbanes-Oxley. Mas, em geral, ela tem sido benéfica", diz Eliot Spitzer, que levou a juízo alguns dos maiores casos de fraudes no mercado de valores mobiliários quando foi procurador-geral do Estado de Nova York.
Assim, a Sox (como a lei é conhecida) provavelmente continuará intacta. Mesmo assim, é quase certo que será substituída por novas disposições de governança corporativa como a declaração de direitos dos acionistas que foi introduzida no Congresso dos EUA no mês passado. Isso porque a Sox claramente não resolveu o problema da alavancagem financeira excessiva que posteriormente provocou a falência de muitos bancos. "Vozes mais cínicas diriam que a Sarbanes-Oxley é a mesma coisa que a Linha Maginot", ironiza Spitzer.
Os americanos afirmam que criar normas de comportamento corporativo é mais fácil no Reino Unido porque lá existe uma comunidade menor de autoridades reguladoras, bolsas e investidores.
"Você pode convocar, da City de Londres, uma reunião com a maioria dos controladores institucionais de uma grande companhia do índice FTSE com talvez um link online com Edimburgo", diz Jon Lukomnik, membro fundador da International Corporate Governance Network (ICGN).
A familiaridade encoraja o que Lukomnik chama de "compromisso construtivo e silencioso". Os detentores de participações em empresas no Reino Unido chegaram a um acordo sobre tópicos de governança, como o direito dos acionistas de votarem a remuneração dos executivos, a exigência de separação dos cargos de presidente executivo e do conselho de administração, e o ponto em que profissionais ficam "overboarded", ou seja, participam de um número muito grande de conselhos, o que pode afetar sua eficiência.
Algumas companhias americanas seguem voluntariamente essas práticas, mas continuam sendo minoria. Porém, isso deverá mudar sob a administração Obama, mais amigável aos acionistas.
A maioria dos observadores concorda com os benefícios da Sarbanes-Oxley, mas mesmo assim apontam para as desvantagens que ela impõe. Erroll Davis diz que quando foi diretor-presidente da Alliant Energy, uma companhia de serviços públicos do Meio-Oeste americana, avaliada em US$ 3 bilhões, ficou contrariado com o "grau de imposição da Sox".
Posteriormente, ele passou a apreciá-la, porque a lei forçou os administradores de sua companhia a terem um maior entendimento das finanças e dos controles internos da empresa. Hoje, diz Davis, que é membro dos comitês de auditoria dos conselhos da General Motors (GM) e da British Petroleum (BP), as autoridades reguladoras americanas e as firmas de contabilidade estão mais receptivas ao uso da materialidade e do senso comum na avaliação do enquadramento das companhias à Sox.
Um dos críticos mais ácidos da Sox é Harvey Pitt, ex-presidente da Securities and Exchange Commission (SEC). Ele classifica a lei de "relativamente ineficiente" e "mal elaborada, feita às pressas". Para Pitt, a Sox estimulou uma mentalidade bitolada nos administradores, em vez de um entendimento do por quê da existência dos riscos. "A abordagem do Código Unificado é superior. A coisa mais significativa é tornar as empresas participantes ativos da regulamentação de suas próprias condutas", diz.

(Des)contração!

Quando será que eles vão entender que deveriam trabalhar para todos com eficiência e ética?















Fonte: A Charge Online

(Des)contração!


25 de jun. de 2009

I Fórum de Modernização da Gestão Contábil

Divulgação de evento: I Fórum de Modernização da Gestão Contábil






Acesse o site: http://www.fmgc.com.br
Data: 19 a 22 de agosto de 2009
Local: Vitória da Conquista - BA

Ainda temos Balanços irregulares?

Essa matéria abaixo publicada na Folha de São Paulo em 18/08/2008 ainda é atual ou podemos considerar que o processo por que está passando a contabilidade em nosso país já está mudando essa realidade?
Em cada 3 balanços, 1 está irregular, aponta pesquisa
Por Toni Sciarretta
Folha de S. Paulo - 18/08/2008

Fundação ligada a professores da USP mostra que, de 220 empresas, 86 não divulgaram informações obrigatórias em 2007
Levantamento revela que há dados que não podem ser compreendidos nem por analistas; situação deve mudar com nova lei contábil
Uma em cada três empresas brasileiras com ação na Bolsa divulga balanços que podem ser considerados irregulares, sem um mínimo de transparência e com dados que não podem ser compreendidos nem por analistas de mercado, segundo levantamento da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis), ligada aos professores de contabilidade da USP e que tem assento no comitê que ajudará a implementar a nova lei contábil.
No estudo, de 220 empresas analisadas, 86 tiveram suas demonstrações financeiras relativas a 2007 consideradas irregulares, segundo a lei societária. O universo envolve desde companhias que divulgam resultados sem um relatório da administração -peça obrigatória por lei, em que os gestores devem explicar o contexto operacional e os desafios enfrentados- até a ausência completa ou parcial de notas explicativas -local previsto por lei para detalhar origens de receitas e despesas, com o objetivo de mensurar o risco do negócio.Também são descartados os balanços que tiveram ressalvas dos auditores, prática em tese tolerada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), mas que não é aceita pela SEC (a CVM dos EUA).
O resultado é que os balanços dessas empresas acabam se tornando uma peça burocrática e formal, com informações sem utilidade para acionistas minoritários, bancos credores, fornecedores, clientes e funcionários. Isso tudo deve mudar a partir deste ano, com a nova lei contábil, que trouxe práticas internacionais para a contabilidade das empresas.
A situação é ainda pior nas empresas de capital fechado, que estão fora da lei societária e da supervisão da CVM. No estudo, apenas uma minoria -1 em cada 5- respeita as regras mínimas de transparência. De 569 empresas analisadas, 457 tiveram seus balanços considerados irregulares.
"É vergonhoso. Não podemos dizer que estão todos fora da lei, mas elas não estão atendendo aos princípios mínimos da legislação societária. No estudo, descartamos empresas que apresentam cinco linhas de relatório da administração e que acham que estão cumprindo o mínimo. Em cinco linhas não dá para explicar o contexto operacional de uma empresa", diz Gerlando Augusto Lima, professor da USP e um dos autores do estudo.
A Fipecafi não revela o nome das empresas irregulares e diz que o estudo visa premiar as melhores práticas.
E o que acontece com essas empresas que publicam balanços ilegais ou irregulares? Normalmente, nada. Como a interpretação de ilegalidade é quase sempre subjetiva, depende de um caso em particular tomar proporções que possam gerar prejuízos aos participantes do mercado para que a CVM abra um processo administrativo.
A autarquia prefere focar sua ação nas empresas que estão indo a mercado pela primeira vez, por meio da análise dos prospectos dos IPOs (aberturas de capital), e fiscalizar as companhias com mais negócios na Bolsa. A CVM lembra que diversas empresas mantêm capital aberto, mas quase não têm ações negociadas.
A exceção fica para os casos em que os auditores fazem ressalvas aos balanços. Segundo Alexandre Almeida, interino na Superintendência de Relações com Empresas, 99% dos resultados com ressalvas culminam na republicação de um balanço. "Qualquer ressalva de auditor ou do conselho fiscal faz acender a luz amarela", disse.
"Muitas vezes, a CVM não tem os elementos para determinar se houve irregularidade e se aquilo que o auditor acha é o melhor. Então, não manda republicar", afirma Francisco Papellás, presidente do Ibracon (associação dos auditores).
Fonte: Clipping

20 de jun. de 2009

Para refletir!

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer,
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
(Fernando Pessoa)

Sustentabilidade e Continuidade Empresarial

Sustentabilidade é o caminho para garantir a viabilidade das empresas no futuro
Práticas sustentáveis não seriam mais uma questão de escolha para as empresas, mas sim, de necessidade
Por Elisa Campos, enviada especial a Joinville
Trate bem a Terra Ela não lhe foi dada pelos seus pais Foi-lhe emprestada pelos seus filhos (Provérbio queniano)
A sustentabilidade não é uma questão de escolha para as empresas, mas sim, uma necessidade. É o que defende Michael Hastings, diretor global de cidadania corporativa e diversidade da KPMG Internacional. “Sustentabilidade é bom para o meio ambiente e crítico para a existência das companhias”, enfatizou o executivo em palestra moderada pelo diretor de redação de Época NEGÓCIOS, Nelson Blecher, na ExpoGestão 2009, em Joinville (SC), nesta quinta-feira (18/06).
Para Hastings, as companhias precisam enxergar que a sustentabilidade não representa somente custos extras no curto prazo, mas é, ao contrário, a chave para a sobrevivência. “Há 30 anos, já era óbvio que as montadoras teriam que investir em carros mais eficientes, que consumissem menos combustível. Os americanos decidiram ignorar isso e pagaram o preço”.
Entre as principais razões para a deterioração do meio ambiente, exatamente o que torna a sustentailidade tão urgente, estaria o nosso padrão de consumo.“Nós nos acostumamos a um modelo de negócios baseado em produtos baratos. Nos últimos anos, o mundo desenvolvido consumiu tudo o que queria, mas fez isso através do endividamento. Uma hora chegaria o momento de pagar a conta”, afirma o executivo.
Segundo ele, o padrão de consumo atual não conseguirá ser mantido pelo planeta Terra por muito tempo. Os sinais de esgotamento já teriam começado de forma inequívoca. O tsunami no oceano Índico, em 2004, o furação Katrina, em 2005, e as enchentes que atingiram Santa Catarina no ano passado seriam alguns exemplos de como o descaso com a natureza pode trazer prejuízos incalculáveis.
Para piorar o cenário, a população mundial deve passar dos atuais 6 bilhões de habitantes para 9 bilhões daqui a 40 anos, só aumentando o peso sobre o planeta.
O executivo admite, no entanto, que a grande pressão pela redução do consumo deve ser feita sobre os países mais ricos, notadamente Europa e Estados Unidos, que são os maiores consumidores. Ainda hoje, 1,6 bilhão de pessoas vivem sem acesso à energia elétrica e 1 bilhão com até US$ 1 por dia. As desigualdades são gritantes.
“Entretanto, países em desenvolvimento, como o Brasil, não podem pensar que não têm nada a fazer. Precisamos cuidar para que essas sociedades não adotem o mesmo padrão que levou o mundo onde estamos”, pondera.
Recrutamento
Outra razão importante para as empresas se preocuparem com a sustentabilidade está na necessidade em manter um bom quadro de funcionários. “Atualmente, os melhores profissionais, os que estudaram nas melhores escolas, preocupam-se com essas questões e não querem trabalhar em companhias que não o fazem. Para atrair os trabalhadores de maior potencial, será preciso que elas mudem”. Ficar para trás nesse processo pode custar caro.

19 de jun. de 2009

Lucro ou Ações Sustentáveis?

Maioria das empresas brasileiras prefere lucro a ações sustentáveis

Valor Online (04/06/2009)

Os empresários brasileiros ainda preferem manter a rentabilidade de seus negócios a investir em ações de preservação do meio ambiente, mas começam a ficar mais divididos nesse assunto. Pesquisa aplicada em 36 países pela Grant Thornton Internacional revela que, no Brasil, 47% dos empresários consultados não abririam mão do lucro em nome de ações verdes.

É grande, no entanto, a fatia de empresas preocupadas com a questão: 43% afirmaram que estariam dispostos a diminuir a margem em favor de melhores práticas ambientais.

Na média global, 51% das 7.200 empresas consultadas adotariam ações de preservação ambiental em detrimento dos lucros. Outros 36% optaram pela rentabilidade dos negócios e 13% não souberam responder. No Brasil, 10% dos 150 empresários ouvidos no país também não responderam.

Segundo Wanderley Ferreira, sócio da Terco Grant Thornton, que representa o grupo no Brasil, o aumento da preocupação dos consumidores tem pressionado as empresas a adotarem posturas mais responsáveis, tendência que, na avaliação dele, deve aumentar. Também pesa sobre o empresariado as incertezas sobre as matérias-primas e a sustentabilidade de seus negócios no longo prazo.

Considerando os países emergentes, a fatia de empresários atentos à questão ambiental também é significativa. Na China, 64% foram favoráveis à atuação ambiental ainda que isso signifique aperto nos lucros. No Chile o percentual é o maior da América Latina, com 89%, seguido de Turquia (83%) Argentina (80%), México (60%) e Índia (44%).

Um percentual mais modesto que o do Brasil foi observado na Rússia, onde 36% se mostram favoráveis a praticas verdes. Ainda assim, a fatia é maior do que os 33% do país que afirmaram preferir manter os lucros.

Nos Estados Unidos, país fortemente criticado no mundo pelo pouco envolvimento em preservação ambiental, o empresariado ficou mesmo dividido, com 46% de um lado e 46% de outro. Na União Europeia, 46% se dizem favoráveis a ações ambientais, mas 43% ficariam com a opção de manter a rentabilidade.
Um outra questão proposta ao grupo envolve a avaliação de cada empresário sobre se a comunidade empresarial do país se preocupa ou não com o meio ambiente. Na média global, 30% responderam positivamente. No caso do Brasil, 34% disseram que há preocupação nesse sentido, mas na América Latina a média ficou em 14%, bem abaixo da fatia de 61% que responderam positivamente entre países nórdicos.


13 de jun. de 2009

Mercado de Seguros e IFRS

IFRS em seguros -Adequação ao padrão IFRS gera impactos

O sócio responsável pela área de seguros da Everis Brasil, Rafael Garrido, chama a atenção das seguradoras para o processo de adequação ao padrão internacional de contabilização (IFRS, na sigla em inglês), que tem prazo até o ano que vem. Mas, para ele, o ajuste deve começar logo, já que, de acordo com a experiência europeia, a conversão para o formato IFRS pode levar 18 meses ou, em média, nove meses, para empresas com maior facilidade de adaptação. Além disso, ele lembra que as demonstrações financeiras deste ano já deverão seguir o novo modelo, para efeito comparativo já com o 1º trimestre de 2010.

“A transição para a IFRS não impacta somente as regras contábeis das seguradoras”, sustenta Rafael Garrido. “Impacta também – prossegue – a organização como um todo, incluindo tecnologia, controles internos, tesouraria, impostos, jurídico, gerenciamento de caixa entre outros, alem de alterar a apuração dos resultados e, consequentemente, a análise que o mercado faz sobre o desempenho da companhia”.

A conversão, segundo ele, requer mudanças que envolvem funcionários, processos e sistemas, mas, se devidamente planejada e administrada, poderá trazer melhorias substanciais no desempenho das funções financeiras, nos controles internos e na redução de custos.
Para o especialista, é necessário que as seguradoras brasileiras iniciem o quanto antes a avaliação dos impactos que serão gerados pela adoção das normas contábeis internacionais, seguindo o exemplo de empresas europeias que se anteciparam na implantação da IFRS.

Fonte: Jornal do Commércio do Rio de Janeiro ( 11/6/2009)

Links

1. Testemunhas de mim mesmo, um contador
2. O Processo de Conversão e a Influência dos Auditores
3. Compreensão do Fair Value exige uma inteligência sobrenatural

Seminário Créditos de Carbono (Rio de Janeiro)

Créditos de Carbono serão discutidos em evento realizado pelo CRC-RJ
No dia 29 de julho de 2009, será realizado no Hotel Guanabara, Rio de Janeiro, o seminário "Negociações com Créditos de Carbono". O tema do evento ganhou notoriedade nos últimos anos com a preocupação com o aquecimento global, causado pela emissão de gases poluentes na atmosfera.
O presidente do CRC-RJ, Antônio Miguel Fernandes, organizador do evento, participará da solenidade de abertura. As atividades acontecerão durante todo o dia. As professoras da UFRJ e USP, Araceli Cristina e Maísa de Souza, irão proferir palestras deste assunto que, apesar de ser novo no meio contábil, ganhou muita importância entre os grandes profissionais da contabilidade brasileira.

Links

1. Transparência com derivativos
2. A CVM e os emissores de valores mobiliários
3. Via extrajudicial é mais flexível

9 de jun. de 2009

Novos Pronunciamentos CPC

CVM edita Deliberações que aprovam pronunciamentos do Comitê de Pronunciamento Contábeis – CPC sobre Estoques, Contratos de Construção e Custos de Empréstimos

A Comissão de Valores Mobiliários edita hoje, 08/06/2009, as Deliberações 575/09, 576/09 e 577/09 que aprovam, respectivamente, os Pronunciamentos CPC-16, intitulado "Estoques", CPC-17, intitulado "Contratos de Construção", e CPC-20, intitulado "Custos de Empréstimos".

O objetivo do pronunciamento técnico CPC-16 é orientar como determinar o valor de custo dos estoques e o seu reconhecimento no resultado, incluindo qualquer redução ao valor realizável líquido. O documento apresenta, ainda, método e critérios usados para atribuir custos aos estoques.

O Pronunciamento CPC-17 orienta sobre o tratamento contábil das receitas e despesas associadas a contratos de construção. Nesses contratos, normalmente de execução a longo prazo, as datas de início e término do contrato ocorrem em períodos contábeis diferentes, tornando primordial o reconhecimento das receitas e despesas correspondentes ao longo da sua execução.

O Pronunciamento CPC-20 dá orientações para o tratamento contábil aplicável aos custos de empréstimos. O conteúdo deste pronunciamento técnico está integralmente fundamentado no IAS 23 – Custo de Empréstimos, e não modifica substancialmente o tratamento dado no Brasil aos custos de empréstimos, inclusive aquele previsto na Deliberação CVM 193/96.

Essas normas contábeis, que fazem parte da Agenda Conjunta CVM e CPC, dão início ao processo de regulação de 2009 visando à convergência da Contabilidade Brasileira, no tocante às companhias abertas aos padrões internacionais. Com isso, já foram emitidas 20 normas contábeis (18 em 2008), estando 15 normas em processo de audiência pública (10 em aberto e 05 encerradas) e 14 em elaboração ou apreciação no CPC e na CVM.
Fonte: CVM

Links

1. Contabilidade de Empresas Reguladas
2. Lições aprendidas com a harmonização
3. A informação como commodity

8 de jun. de 2009

Descontração


Descontração


Descontração



Fonte: A Charge Online

A volatilidade dos derivativos

Brasil pode ter perdido US$ 25 bi com derivativos

Por Jamil Chade, O Estado de S. Paulo - 08/06/2009

O setor privado brasileiro pode ter perdido US$ 25 bilhões com apostas no mercado de derivativos no período mais intenso da crise financeira internacional. O alerta é do Banco de Compensações Internacionais (BIS), que ontem publicou seu relatório trimestral acusando a falta de mecanismos de controle dessas atividades no Brasil e alertando que a recessão mundial revelou "novas vulnerabilidades" do País e da região.
Para a entidade, o continente estava de fato melhor preparado para enfrentar a crise que no passado e a recessão teve um impacto menor que turbulências no passado. Mas a região não conseguiu evitá-la e agora precisa se confrontar com novos desafios de regulação. Para o BIS, "riscos consideráveis" ainda existem para a América Latina diante da retração da economia mundial.
Há menos de um mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou os empresários que operaram no mercado de derivativos de "trambiqueiros" e terem contribuído em trazer a crise para o Brasil. O BIS aponta que o mercado de derivativos caiu no segundo semestre pela primeira vez desde 1998, acumulando negócios de US$ 592 trilhões no mundo todo. Mas, diante da maior tolerância ao risco nos últimos meses, o banco já vê uma retomada dos índices.
No lugar de acusar os empresários, o BIS alerta que o Brasil não tinha os mesmos mecanismos de controle como os que foram adotados no Chile ou na Colômbia para evitar esses prejuízos de empresas nacionais. O BIS apela para que as autoridades pensem em novas regulamentações para lidar com esse tipo de transação e confirma que o prejuízo das empresas brasileiras contribuiu para a volatilidade do real nos meses que se seguiram à eclosão da crise.
PREJUÍZO
Empresas como a Aracruz, Sadia e Grupo Votorantim se aproveitaram do que parecia uma reduzida volatilidade do real para apostar contra a desvalorização da moedas frente ao dólar, vendendo opões de moeda em mercados offshore.
Mas a crise trouxe uma fuga de capitais do País e, com ele, uma depreciação do real a partir de setembro. Isso acabou gerando perdas de que, segundo o BIS, poderão somar até US$ 25 bilhões para a economia nacional. A entidade admite que os números oficiais sobre esses prejuízos ainda não foram divulgados. O governo estima que 200 empresas nacionais acabaram se envolvendo nesses esquemas e hoje somam perdas.
O mesmo comportamento adotado pelas empresas brasileiras também foi registrado em outros países latino-americanos. No México, as perdas foram de US$ 4 bilhões no quarto trimestre de 2008 com as apostas em derivativos. Só a Comercial Mexicana perdeu US$ 1,1 bilhão e pediu concordata. A Gruma, maior empresa de farinha de milho do mundo, também acabou atingida.
O banco ainda alertou para a falta de transparência nos mercados onde empresas registraram essas perdas. "A complexidade desses negócios e o fato de que eles eram feitos de forma privada mostram a falta de transparência nesses mercados, já que muitas empresas não revelaram informações sobre suas posições no mercado de derivativos", alertou o BIS.
Na avaliação da entidade, há uma percepção de que essas perdas podem representar um risco sistêmico para a região.
Para o BIS, "novas vulnerabilidades" foram descobertas na América Latina com a crise. A volatilidade que se seguiu com o real foi importante, já que as empresas prejudicadas precisaram fechar suas posições em dólares. No Chile e Colômbia, exatamente pela existência de leis que limitavam as operações de empresas no mercado de derivativos, a volatilidade das moedas locais não foi tão intensa como no Brasil.
O banco alerta que o Brasil precisa tirar pelo menos duas lições dessa perda. A primeira é a de garantir que os riscos assumidos por empresas no mercado são entendidos tanto pelo setor privado quanto pelas autoridades. Outra lição é que, se os governos reduziram suas dívidas e vulnerabilidades externas, a crise revelou que um setor público forte "não conseguiu compensar as vulnerabilidades do setor privado".
Fonte: Clipping

De quem são os ativos dos contratos de Concessão

O texto abaixo retrata o problema com que as empresas concessionárias de serviços públicos se deparam em decorrência do final do prazo de suas concessões, no qual têm que devolver ao poder concedente os ativos ligados à concessão. No Brasil, as concessionárias de serviços públicos têm registrado em seus balanços todos esses ativos, como se pertencessem à companhia. A Interpretação IFRIC 12 do IASB, que trata de questões contábeis de contratos de concessão, prevê um tratamento diferente e está para ser adotada no Brasil dentro do processo de convergênica das normas contábeis aos padrões internacionais.
Com ativos vencendo em 2015, Cteep também disputará outras companhias
Valor Econômico - 08/06/2009

Se o governo federal seguir a Constituição Federal, que prevê a licitação de bens públicos ao fim da concessão, a única empresa privada do setor de transmissão que tem ativos vencendo em 2015 está disposta a recomprar seus próprios ativos e ainda dar lances também para adquirir as linhas de outras companhias. O presidente da Companhia de Transmissão Paulista (Cteep), César Ramírez, diz que quando a estatal colombiana ISA comprou a Cteep do governo paulista já estava ciente de que em 2015 enfrentaria este processo.
Apesar da disposição de participar de uma eventual licitação, o ideal para a Cteep seria ter a concessão renovada para evitar uma discussão que preocupa tanto as transmissoras quanto as distribuidoras: a indenização dos ativos. Até 2012 a companhia vai investir R$ 1,3 bilhão em ampliação e renovação da sua rede, e consequentemente estes investimentos não estarão amortizados quando a concessão vencer.
As diferentes associações do setor ou os executivos das empresa podem ter interesses diversos por uma ou outra solução, mas eles são unânimes ao dizer que o governo federal precisa resolver rapidamente a questão e estabelecer regras claras. Principalmente de como os investimentos serão indenizados. O presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, lembra que a rapidez é fundamental nesta questão. Se a decisão for por uma prorrogação é preciso mudar a lei. Se houver licitação, sequer haverá empresas de avaliação de ativos suficientes para auferir preços de tantas empresas.
Outro ponto importante a ser discutido é se o governo vai considerar que a expansão ou renovação das linhas já existentes serão tratadas como um novo prazo para a contagem de prazos das concessões.
Além das linhas da Cteep, que terá cerca de 80% de seu ativo vencendo em 2015, também as estatais Eletrobrás e Cemig terão importantes ativos de transmissão vencendo. O presidente da Cteep diz que esta pode ser uma oportunidade também para a empresa crescer no país, comprando os ativos de suas concorrentes estatais. Hoje a companhia é a maior do Brasil, se levado em consideração separadamente as empresas que formam o grupo Eletrobrás. Mas além do grupo colombiano ISA, a Cteep hoje tem entre seus principais sócios a própria Eletrobrás. (JG)
Fonte: Clipping

O poder das marcas

Você reconheceria uma marca no Oriente Médio?
Faça o teste e descubra se você seria capaz de ir às compras ou escolher um restaurante na cidade de Dubai, nos Emirados Árabes
O editor de Época NEGÓCIOS Marcos Todeschini esteve em Dubai e fotografou alguns produtos e marcas bem conhecidos da cultura ocidental. O detalhe é que todos estão identificados usando o alfabeto árabe. Dá pra encarar? Faça o teste. Escreva o nome da marca no espaço em branco e clique na seta ao lado para verificar a resposta. Clique aqui para fazer o teste.

Energia Elétrica - Mudanças em breve

Geradoras preparam-se para pagar por suas hidrelétricas
Valor Econômico - 08/06/2009

Desde que a tentativa frustrada de venda da Cesp pelo governo paulista expôs o problema do fim das concessões, as empresas geradoras de energia começaram a preparar-se para pagar pela manutenção dos seus ativos. O governo federal ainda não se decidiu se vai retomar as concessões e fazer um leilão por menor preço de energia ou se vai permitir uma prorrogação onerosa. Mas o fato é que até a Cesp já aceita esta última alternativa, segundo disse o presidente da empresa, Guilherme Augusto Cirne de Toledo, durante teleconferência para analistas e com isso poder manter as usinas de Ilha Solteira e Jupiá que respondem por 70% dos ativos da companhia.
A estatal gaúcha CEEE tem usinas com capacidade de cerca de mil megawatts vencendo em 2015 e a paranaense Copel pouco mais de 200 MW. As duas apostam em um sistema que têm chamado de máquina a máquina, ou seja, um leilão por cada ativo da usina e não pela usina completa.
Quem não se manifesta sobre o assunto é a Eletrobrás, a empresa que tem o maior parque gerador vencendo em 2015. Dos cerca de 20 gigawatts de energia produzidos por usinas que tem a concessão vencendo, 80% pertencem a empresas do grupo.
Diferentemente das distribuidoras, as concessionárias donas de usinas hidrelétricas não têm em seus contratos de concessão cláusulas de prorrogação que possam gerar algum embate judicial para discutir o assunto. Elas tornaram-se uma concessão em 2004, segundo explica a advogada Elena Landau, do escritório Sérgio Bermudes, e na época estavam apenas preocupadas em vender sua energia no leilão de energia velha que o governo federal estava promovendo. Para isso, precisavam ter um contrato de concessão.
O presidente da CEEE, Sérgio Camps de Morais, diz que a empresa de geração gaúcha tem 15 usinas vencendo, com capacidade de mil megawatts e energia assegurada de 400 MW, e ele diz que está estruturando-se para disputar as usinas em um possível leilão. Antes disso, a empresa está propondo à Aneel uma revitalização das usinas, com investimentos da ordem de R$ 100 milhões, desde que condicionada à renovação da concessão.
Desde o ano passado, secretários do Ministério de Minas e Energia e o próprio ministro têm dado declarações de que uma decisão estaria próxima. Mas até agora, as reuniões foram sendo adiadas seguidamente. Há pouco mais de duas semanas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) resolveu também participar do debate e promoveu um seminário fechado com os diferentes agentes do setor para apresentar uma proposta ao governo federal. "É importante que o governo ouça, e vários representantes da Aneel e Ministério de Minas e Energia participaram como ouvintes do evento", conta o presidente do conselho de infraestrutura da CNI, José de Freitas Mascarenhas.
"No geral, existe um consenso entre os agentes do setor de que é preciso pensar na modicidade tarifária", diz Mascarenhas. As usinas hidrelétricas já foram amortizadas ao longo dos anos. Isso significa que as tarifas atuais já pagaram todo o investimento necessária e agora estas tarifas podem ser reduzidas, beneficiando o consumidor. A CNI defende a queda das tarifas até para o país ter mais competitividade e atrair investimentos.
Apesar de a prorrogação ou licitação das usinas também requerer alterações na legislação, o setor considera que os preços da energia vão cair. Fazendo com que as próprias tarifas cobradas pelas empresas de distribuição também caiam. (JG)
Fonte: Clipping

7 de jun. de 2009

Descontração

Quisera que nossos líderes, nossas autoridades, nossos escolhidos estivessem bem longe desse armário! E tem sido tão difícil distinguir os que não estão...






















Fonte: A Charge Online

6 de jun. de 2009

Descontração: Restituição do IR



Fonte: A Charge Online

Dia mundial do Meio Ambiente

Uma homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente: Em busca de consciência ecológica e sustentabilidade

















Fonte: A Charge Online

Lucro e Meio Ambiente

Empresários se dividem entre o lucro e a sustentabilidade

Por Amoraes

Se tivessem que optar entre preservar o meio ambiente ou manter a rentabilidade dos seus negócios, os empresários brasileiros ficariam divididos: enquanto 47% afirmam que preferem não perder a rentabilidade, 43% garantem que adotariam práticas verdes, mesmo que isso prejudicasse o desempenho de suas empresas. Estes dados foram revelados pelo International Business Report (IBR), estudo da Grant Thornton International, representada no Brasil pela Terco Grant Thornton. A pesquisa ouviu 7.200 empresas privadas de capital fechado (ou privately held businesses, PHBs) de 36 países – no Brasil, foram consultadas 150 empresas, sendo cem de São Paulo, 25 do Rio de Janeiro e 25 da Bahia. Na média global, com resultados de todos os países pesquisados, 51% dos executivos consultados no estudo afirmaram que adotariam práticas verdes em detrimento dos lucros. Já 36% d isseram que preferem se importar com os negócios e 13% não souberam responder à pergunta (entre os brasileiros, 10% não responderam).
Entre todos os empresários ouvidos na América Latina, 56% garantem que adotariam práticas ambientalmente corretas. Já 37% preferem manter a rentabilidade. O Chile é o país com maior preocupação ambiental (89%), seguido da Argentina (80%) e do México (60%). A região da Ásia Oriental concentra o maior número de empresários dispostos a defender o meio ambiente (61%).
Em uma outra pergunta da pesquisa, onde os empresários deveriam dizer se consideram que a comunidade empresarial do seu país se preocupa ou não com o meio ambiente, foi feita uma média entre as respostas positivas e as negativas. A média mundial foi de 30%. Entre os brasileiros, este número foi de 34%. Os países nórdicos foram os que deram a nota mais alta, sendo que a média foi de 61%. A média mais baixa foi entre os países da América Latina, com 14%. A Argentina foi o país onde essa percepção foi mais negativa, sendo que o índice final foi de -34%. É interessante notar que nos países onde a percepção com a preocupação ambiental foi baixa, como na Argentina, Turquia, Grécia e China, os empresários estão mais dispostos a abrir mão do lucro para melh orar o meio ambiente.
Wanderlei Ferreira, sócio do Terco Grant Thornton, explica que o processo de evolução da sociedade com relação às questões ambientais é o grande responsável pelos resultados obtidos no Brasil. “O meio empresarial está percebendo que o consumidor está cada vez mais preocupado com essas questões”, afirma. Segundo o executivo, a pressão dos consumidores deve aumentar nos próximos anos, levando o setor produtivo a mudar de atitude. “Os empresários também estão notando que é preciso preservar a natureza, pois, se não cuidarem da sustentabilidade, no futuro itens como matéria-prima poderão ficar cada vez mais caros e escassos”, explica. Para Wanderlei Ferreira, no entanto, essa mudança de paradigma deve ser longa e dif ícil. “Mas, no final, aquelas empresas ainda não conscientes da preservação do meio ambiente mudarão seu comportamento.”
Alex MacBeath, líder global da Grant Thornton International para serviços a PHBs, diz que a pesquisa mostra claramente que há muitos países preocupados em conservar o meio ambiente. “O lucro não é, claramente, o único fator que conduz as práticas empresarias, então nós devemos incentivar os empresários a ter empresas sustentáveis”, afirma. “Em minha opinião, aqueles empresários que persistirem ou implantarem práticas verdes durante este período de turbulência econômica terão mais vantagem competitiva quando a economia se estabilizar.” Wanderlei Ferreira concorda. “As práticas verdes são boas para o meio ambiente e trazem vantagens para a marca, como reconhecimento no mercado e de seus colaboradores”, explica. “Enfim, eleva a marca e os produtos para outro patamar de percepção junto aos consumidores e da mídia em geral.”
“... nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” (Gilberto Freire)