Universidade aceita vídeo do YouTube no lugar de redação para selecionar alunos
Para ingressar em instituição de mais de 150 anos, candidato deve publicar gravação com cerca de um minuto e simplesmente fazer o que quiser diante da câmera. A equipe de admissão afirma que assim é mais fácil conhecer os jovens estudantes
A Tufts University foi fundada há 158 anos, mas, a partir de 2010, vai exigir pouco mais de um minuto de quem quiser estudar na instituição. Pelo menos durante a primeira etapa de seu processo seletivo.
Localizada na região metropolitana de Boston, em Massachusetts, a universidade oferece agora aos candidatos a oportunidade de escolherem entre fazer uma tradicional redação ou registrar um vídeo com cerca de um minuto no YouTube – ou outro portal de fácil acesso
A gravação pode conter qualquer tipo de conteúdo. Já foram publicados vídeos com estudantes dançando, cantando rap, pulando corda e até dando instruções de como pilotar um elefante azul voador, numa referência ao elefantinho Jumbo, mascote da instituição. Essas produções são válidas apenas para a primeira etapa do processo seletivo, na qual o objetivo é conhecer melhor o candidato.
“Jovens de 17 e 18 anos têm muita facilidade com novas mídias, e um dos desafios para as faculdades agora é ficar à frente da curva”, afirmou o reitor de admissões da Tufts University, Lee Coffin, ao site Online Degrees. “No fundo, tudo isso é uma conversa entre um jovem e um avaliador. Você vê seus cabelos macios e seus quartos sujos e tem uma noção de quem eles são. Temos um monte de informações sobre os candidatos, mas os vídeos permitem compartilhar também sua voz.”
Apesar de parecer uma opção "fácil", a resistência ao “modelo de seleção” ainda é significativa. Apenas mil dos 15 mil inscritos este ano decidiram colocar um vídeo no ar se apresentando.
Membros da Associação Nacional de Orientação para Admissões em Universidades (Nacac, na sigla em inglês) se mostram preocupados com a possibilidade de recursos materiais e criatividade falarem mais alto na seleção que outras aptidões não tão visíveis no vídeo e tidas como mais "clássicas", como a boa e velha redação.
A falta de privacidade dos candidatos ao expor sua tentativa de ingressar na faculdade para o mundo todo via internet é outro ponto que tem gerado polêmica. Nos últimos anos, profissionais recém-formados passaram pelo vexame de ter suas vidas - especialmente suas gafes - expostas em vídeos no YouTube, Orkut, Facebook e em outras redes sociais. Para alguns, a indiscrição acabou custando o emprego.
Com arrecadação anual de US$ 1,11 bilhões, a Tufts University tem o curso de relações internacionais mais antigo do mundo e um campus-satélite em Talloires, no sul da França. Resta ver se para estudar neste último também basta um pouco de inventividade ou se a busca pelo conhecimento falará mais alto.
Para ingressar em instituição de mais de 150 anos, candidato deve publicar gravação com cerca de um minuto e simplesmente fazer o que quiser diante da câmera. A equipe de admissão afirma que assim é mais fácil conhecer os jovens estudantes
A Tufts University foi fundada há 158 anos, mas, a partir de 2010, vai exigir pouco mais de um minuto de quem quiser estudar na instituição. Pelo menos durante a primeira etapa de seu processo seletivo.
Localizada na região metropolitana de Boston, em Massachusetts, a universidade oferece agora aos candidatos a oportunidade de escolherem entre fazer uma tradicional redação ou registrar um vídeo com cerca de um minuto no YouTube – ou outro portal de fácil acesso
A gravação pode conter qualquer tipo de conteúdo. Já foram publicados vídeos com estudantes dançando, cantando rap, pulando corda e até dando instruções de como pilotar um elefante azul voador, numa referência ao elefantinho Jumbo, mascote da instituição. Essas produções são válidas apenas para a primeira etapa do processo seletivo, na qual o objetivo é conhecer melhor o candidato.
“Jovens de 17 e 18 anos têm muita facilidade com novas mídias, e um dos desafios para as faculdades agora é ficar à frente da curva”, afirmou o reitor de admissões da Tufts University, Lee Coffin, ao site Online Degrees. “No fundo, tudo isso é uma conversa entre um jovem e um avaliador. Você vê seus cabelos macios e seus quartos sujos e tem uma noção de quem eles são. Temos um monte de informações sobre os candidatos, mas os vídeos permitem compartilhar também sua voz.”
Apesar de parecer uma opção "fácil", a resistência ao “modelo de seleção” ainda é significativa. Apenas mil dos 15 mil inscritos este ano decidiram colocar um vídeo no ar se apresentando.
Membros da Associação Nacional de Orientação para Admissões em Universidades (Nacac, na sigla em inglês) se mostram preocupados com a possibilidade de recursos materiais e criatividade falarem mais alto na seleção que outras aptidões não tão visíveis no vídeo e tidas como mais "clássicas", como a boa e velha redação.
A falta de privacidade dos candidatos ao expor sua tentativa de ingressar na faculdade para o mundo todo via internet é outro ponto que tem gerado polêmica. Nos últimos anos, profissionais recém-formados passaram pelo vexame de ter suas vidas - especialmente suas gafes - expostas em vídeos no YouTube, Orkut, Facebook e em outras redes sociais. Para alguns, a indiscrição acabou custando o emprego.
Com arrecadação anual de US$ 1,11 bilhões, a Tufts University tem o curso de relações internacionais mais antigo do mundo e um campus-satélite em Talloires, no sul da França. Resta ver se para estudar neste último também basta um pouco de inventividade ou se a busca pelo conhecimento falará mais alto.
Fonte: Época NEGÓCIOS (11/04/2010)
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