Brasil
piora em ranking internacional de percepção da corrupção
Texto
publicado no Valor Econômico, por Marcílio Souza – Bloomberg (01.12.2011)
O Brasil apresentou
pequena melhora em seu Índice de Percepção da Corrupção do Setor Público,
medido pela Transparência Internacional, mas perdeu posições no ranking geral
entre o ano passado e este.
O Brasil subiu de
3,7 pontos no ano passado para 3,8 este ano. A escala vai de zero a dez, e
quanto mais elevado o número, menor a percepção de corrupção. Apesar disso, o
Brasil perdeu quatro posições no ranking, caindo do 69º lugar em 2010, quando a
pesquisa abrangeu 178 países, para a 73º posição neste ano, quando 183 países
ou territórios entraram na sondagem.
Com 9,5 pontos, a
Nova Zelândia manteve-se na primeira posição entre os países com menor
percepção de corrupção, seguida por Dinamarca e Finlândia, ambas com 9,4. Na
outra ponta ficaram Coreia do Norte, estreante na pesquisa, e Somália, ambas
com 1,0 ponto.
Os EUA perderam
duas posições no ranking, ficando em 2011 em 24º lugar, embora tenham mantido
os 7,1 pontos. Na zona do euro, o país mais mal colocado foi a Grécia, que caiu
da 78ª para a 80ª posição; a Itália é o segundo com maior percepção de
corrupção dentro do bloco, tendo recuado do 67º lugar no ano passado para o 69º
em 2011.
“Os países da zona
do euro que estão enfrentando crises de dívida, em parte por causa do fracasso
das autoridades públicas para lidar com a propina e a evasão fiscal, estão
entre aqueles com a mais baixa pontuação”, disse em relatório a Transparência
Internacional, que tem sede em Berlim.
O índice mostrou
que dois terços das 183 nações pesquisadas tiveram pontuação abaixo de 5,0.
Países do Oriente Médio, que no último ano passaram por revoluções políticas,
receberam, em sua maior parte, menos de quatro pontos e pioraram no quadro
geral. O Egito perdeu 14 posições e ficou na 112ª, enquanto a Tunísia passou da
59ª para a 73ª. A Líbia despencou 22 lugares, ficando este ano no 168º posto.
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