Brasil comemora um ano da concessão do grau de investimento por agência
Melhora da avaliação deve ajudar país a sair da crise mais rápido do que os outros da América Latina
Por Elisa Campos
Melhora da avaliação deve ajudar país a sair da crise mais rápido do que os outros da América Latina
Por Elisa Campos
O Brasil completa hoje o primeiro aniversário da concessão do investment grade. Há exatamente um ano, em 30 de abril de 2008, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s melhorava a nota de avaliação do país. Em 29 de maio, ela seria acompanhada pela Fitch. Com o agravamento da crise mundial, os benefícios do upgrade não puderam ser aproveitados, mas agora a situação começa a mudar de figura, segundo estudo do professor e educador financeiro Mauro Calil.
“O fluxo de capital estrangeiro retornando ao Brasil tem aumentado num ritmo maior do que nos outros países da América Latina que não possuem o grau de investimento”, diz. Na região, apenas Brasil, México, Chile e Peru têm a chancela das agências de classificação. “A nossa recuperação será facilitada por conta disso”. Na data do anúncio da elevação do investment grade, o Ibovespa marcava 67.868 pontos. A bolsa paulista ainda chegou a subir a 73.516 pontos, registrados em 20 de maio, antes de começar a baixar, e atingir, em 27 de outubro, no pior momento da crise, 29.435 pontos. Hoje (30/04), o indicador fechou o dia aos 47.289 pontos, com valorização de 15,55% sobre o mês anterior e de 65,65% na comparação com o momento mais crítico da turbulência internacional, acumulando alta de 25,93% no ano e consolidando a recuperação do mercado de ações brasileiro. “Os investimentos estrangeiros estão retornando. E a prioridade será dada aos países com o grau de investimento”, afirma Calil. México e Peru também tiveram em suas bolsas valorizações na casa dos 60% no mesmo período. O bom desempenho da bolsa se reflete no mercado de câmbio, fazendo com que o real se valorize. O dólar fechou a R$ 2,18 nesta quinta-feira. Em janeiro, a moeda americana era cotada a R$ 2,33.
Fonte: Época Negócios
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