Excelente texto que discute o processo por que passa a contabilidade até então praticada nos órgãos e entidads do setor público. Um agradecimento ao Prof. Lino Martins da Siva pela partilha do seu saber e das suas opiniões.
No livro, o autor recomenda que empresários e gestores evitem serem surpreendidos por fatos inesperados, julgados impossíveis. Sobretudo serem apanhados desprevenidos mais do que uma vez - ou seja, serem vítimas da 'cauda gorda', quando os executivos se confrontam com um fato inesperado e julgam que é coisa ocasional, mas que na realidade é mais obesa do que era possível imaginar à primeira vista.
O livro deveria ser lido por todos os que atuam no setor público onde a burocracia estabelece suas "caudas gordas" e defende-as muitas vezes com o auxilio de políticas de cooptação exercitadas pelos detentores do Poder que escondem seus desejos reais por meio das denominadas "reformas administrativas" que sempre começam no inicio dos governos ou pela contratação de consultorias e auditorias salvadoras que, na realidade, representam um contorno para evitar o confronto direto com as burocracias e, porque não dizer, com os problemas.
Com a crise é inevitável a redução das receitas exigindo uma criatividade que vai alem das posturas tradicionais acima referidas. Neste sentido, os gestores precisarão reforçar o planejamento estratégico de curto prazo e fazerem reflexões que vão muito além de simples convênios de execução de projetos de interesse de outras esferas de governo e posteriormente receber a visita dos competentes auditores internos e externos para analisarem aspectos contratuais formais e de legalidade que, certamente, geram noticias nos meios de comunicação do dia seguinte.
As noticias de desvios, etc. infelizmente não solucionam os problemas razão pela qual todos os envolvidos, ativa ou passivamente devem refletir além das noticias dos telejornais ou das conversas de cafezinho. Tratar o setor público por meio de conhecimento geoestratégico e a utilização dos sistemas contábeis para viabilizar de modo sustentável o processo de tomada de decisões passou a ser vital nesse momento de crise financeira.
A fragilidade de nosso conhecimento e a probabilidade de ocorrer o improvável levaram à denominação de 'a lógica dos cisnes negros', a partir do livro com o mesmo título (A lógica dos cisnes negros) de Nassim Taleb, um ex-corretor da Wall Street que virou ensaísta da moda. A metáfora é herdeira da convicção, durante muito tempo, de que apenas uma espécie branca de cisnes existia como nos contava o ballet 'O Lago dos Cisnes' de Tchaikovsky. Um dia descobriu-se que havia cisnes negros na Austrália - a ponto de hoje serem o emblema de uma região ocidental daquele continente distante.
A "Lógica do Cisne Negro" ilustra a fragilidade de nosso conhecimento, com relação a falta de preparo para o reconhecimento de situações raras e talvez únicas, ou seja, a probabilidade de ocorrer o improvável. São situações que fogem ao nosso controle. Mesmo assim, pessoas ainda tendem a agir como se o óbvio fosse o mais esperado, mostrando a limitação do aprendizado calcado apenas em observações do cotidiano, impondo limites ao conhecimento.
Estamos convencidos de que a Nova Contabilidade Pública é a única capaz de gerar informações adequadas para o conhecimento pleno do patrimônio evitando que os administradores de ontem e de hoje sejam surpreendidos por resultados indesejados. Para Taleb devemos estar sempre atentos ao que denomina "tripé da opacidade":
Ilusão da compreensão: Todos acham que sabem o que se passa no mundo. Porém este é bem mais complexo;
Distorção retrospectiva: Organização dos fatos de forma mais simples do que a verdadeira realidade;
Sobrevalorização da informação factual: Idealização dos fatos de maneira platônica. Tudo que irá acontecer, parece mais razoável e previsível.
A mudança no sistema contábil público, por outro lado, é relevante para resolver questões relacionadas à contabilidade criativa e ao pandemônio contábil que se instalou nas diversas esferas de governo e nos Poderes. Mas não pode gerar a acomodação dos profissionais que devem lembrar sempre da frase de Lippman: "Quando todos pensam igual, ninguém está pensando".
O livro deveria ser lido por todos os que atuam no setor público onde a burocracia estabelece suas "caudas gordas" e defende-as muitas vezes com o auxilio de políticas de cooptação exercitadas pelos detentores do Poder que escondem seus desejos reais por meio das denominadas "reformas administrativas" que sempre começam no inicio dos governos ou pela contratação de consultorias e auditorias salvadoras que, na realidade, representam um contorno para evitar o confronto direto com as burocracias e, porque não dizer, com os problemas.
Com a crise é inevitável a redução das receitas exigindo uma criatividade que vai alem das posturas tradicionais acima referidas. Neste sentido, os gestores precisarão reforçar o planejamento estratégico de curto prazo e fazerem reflexões que vão muito além de simples convênios de execução de projetos de interesse de outras esferas de governo e posteriormente receber a visita dos competentes auditores internos e externos para analisarem aspectos contratuais formais e de legalidade que, certamente, geram noticias nos meios de comunicação do dia seguinte.
As noticias de desvios, etc. infelizmente não solucionam os problemas razão pela qual todos os envolvidos, ativa ou passivamente devem refletir além das noticias dos telejornais ou das conversas de cafezinho. Tratar o setor público por meio de conhecimento geoestratégico e a utilização dos sistemas contábeis para viabilizar de modo sustentável o processo de tomada de decisões passou a ser vital nesse momento de crise financeira.
A fragilidade de nosso conhecimento e a probabilidade de ocorrer o improvável levaram à denominação de 'a lógica dos cisnes negros', a partir do livro com o mesmo título (A lógica dos cisnes negros) de Nassim Taleb, um ex-corretor da Wall Street que virou ensaísta da moda. A metáfora é herdeira da convicção, durante muito tempo, de que apenas uma espécie branca de cisnes existia como nos contava o ballet 'O Lago dos Cisnes' de Tchaikovsky. Um dia descobriu-se que havia cisnes negros na Austrália - a ponto de hoje serem o emblema de uma região ocidental daquele continente distante.
A "Lógica do Cisne Negro" ilustra a fragilidade de nosso conhecimento, com relação a falta de preparo para o reconhecimento de situações raras e talvez únicas, ou seja, a probabilidade de ocorrer o improvável. São situações que fogem ao nosso controle. Mesmo assim, pessoas ainda tendem a agir como se o óbvio fosse o mais esperado, mostrando a limitação do aprendizado calcado apenas em observações do cotidiano, impondo limites ao conhecimento.
Estamos convencidos de que a Nova Contabilidade Pública é a única capaz de gerar informações adequadas para o conhecimento pleno do patrimônio evitando que os administradores de ontem e de hoje sejam surpreendidos por resultados indesejados. Para Taleb devemos estar sempre atentos ao que denomina "tripé da opacidade":
Ilusão da compreensão: Todos acham que sabem o que se passa no mundo. Porém este é bem mais complexo;
Distorção retrospectiva: Organização dos fatos de forma mais simples do que a verdadeira realidade;
Sobrevalorização da informação factual: Idealização dos fatos de maneira platônica. Tudo que irá acontecer, parece mais razoável e previsível.
A mudança no sistema contábil público, por outro lado, é relevante para resolver questões relacionadas à contabilidade criativa e ao pandemônio contábil que se instalou nas diversas esferas de governo e nos Poderes. Mas não pode gerar a acomodação dos profissionais que devem lembrar sempre da frase de Lippman: "Quando todos pensam igual, ninguém está pensando".
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