Para quem ainda considera que Contabilidade Ambiental é sonho de pesquisadores contábeis visionários!!
Passivo
ambiental criado pelo novo Código Florestal preocupa o setor
Matéria
publicada no Valor Econômico - 15/09/2011
O
novo Código Florestal, em tramitação no Senado, pode criar um passivo de R$
30 bilhões para as empresas concessionárias de geração de energia [...].
Com base nas exigências da nova legislação, o Fórum de Meio Ambiente do Setor
Elétrico (FMASE) calculou esse valor levando em conta a obrigatoriedade de
"aquisição, desapropriação ou remuneração por restrição de uso" de
toda a Área de Preservação Permanente, conhecida como APP, em torno dos
reservatórios de hidrelétricas construídas antes de 2001.
Para
Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, a questão é
muito preocupante, principalmente num momento em que o setor elétrico discute a
renovação ou licitação de antigas concessões. "Muitas dessas
hidrelétricas foram construídas quando não havia exigências ambientais tão
rigorosas e quando eram feitos grandes reservatórios. Na hora de sua renovação,
poderão surgir grandes exigências, como as que constam no Código Florestal",
afirma.
Para
ele, o custo de R$ 30 bilhões pode inclusive estar subestimado. Envolvendo
custos tão elevados, essa discussão ambiental sobre hidrelétricas construídas
antes de 2001 também poderá ter impacto sobre a eventual redução de preço da energia
das concessões que expiram a partir de 2015. "Como é possível reduzir
tanto o preço, se há um passivo ambiental grande a ser pago por algumas
empresas?", questiona Pires.
Além
disso, 2012 é ano de eleições municipais. "Muitas prefeituras têm aproveitado
para negociar investimentos e a corrida eleitoral poderá criar novas pressões
sobre a área ambiental e a necessidade de aplicação de mais recursos."
As
concessionárias de energia dizem que o trecho do Código Florestal com essas
exigências entrou no relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) em cima da
hora na Câmara, em maio, o que impediu a discussão do assunto. A Casa Civil e o
Ministério de Minas e Energia já fizeram reuniões com executivos do setor
elétrico para debater a nova legislação.
Cláudia,
ResponderExcluirBasta apenas entrar com uma ação na justiça porque a lei não retroage.
Todos nós não podemos alegar ignorância dá lei, mas saber que ela será editada 10 anos depois só pode ser piada.