12 de dez. de 2012

IFRS nos EUA


Adesão dos EUA ao IFRS parece mais distante

Para aqueles que ainda têm esperança de que o IFRS se torne o único padrão de contabilidade global, é melhor ter bastante paciência. Para dizer o mínimo.
O grande país relevante que falta para poderia garantir esse desfecho são os Estados Unidos, que segue usando seu próprio modelo, chamado de US Gaap.
Muito embora o trabalho conjunto entre os responsáveis pelos dois padrões sigam trabalhando juntos para escrever novas normas contábeis sobre reconhecimento de receita, instrumentos financeiros e leasing, é bem possível que o nível de convergência pare por aí.
A palavra final sobre o assunto é da Securities and Exchange Commission (SEC). Mas autoridades do órgão regulador que estiveram no evento do American Institute of Certified Public Accountants, na semana passada, deixaram mais perguntas do que respostas no ar quando trataram do tema. Uma certeza é que, se um dia os EUA incorporar o IFRS, esse dia será bem distante, para que as empresas e os agentes do mercado tenham tempo suficiente para se adaptar.
Isso sem falar que, passadas as eleições americanos, está havendo diversas mudanças na cúpula da SEC, inclusive com a saída da presidente Mary Schapiro.
Presente no evento, Hans Hoogervorst, presidente do Iasb, órgão que escreve as normas internacionais, bem que tentou reforçar os apelos para que os EUA "entrem no barco" do IFRS, para usar suas próprias palavras.
Mas o principal recado veio de Leslie Seidman, do Fasb, entidade responsável pelo US Gaap. Ao citar dificuldades para adaptar o IFRS, baseado em princípios, à cultura americana, mais acostumada a regras, ela disse que "a meta de atingir 100% de comparabilidade (como um padrão único) não é atingível no curto prazo".

Texto de Fernando Torres, para o Valor Econômico (10 Dez. 2012)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua participação é muito importante para as discussões de ideias contábeis e outras mais. Obrigada!

“... nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” (Gilberto Freire)