'Fatia' de SP, Rio e Brasília no PIB brasileiro ficou menor.
Catas Altas, em MG, foi município que mais ganhou posições no ranking.
Fonte: G1
Apenas 54 municípios – dos cerca
de 5,5 mil existentes no Brasil [Na verdade são
exatamente 5.565, portanto 0,97%] –
concentravam cerca de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2010,
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na outra
ponta, outras 1.325 cidades, juntas, detinham 1% do total.
“Nesta faixa, estavam 75,0% dos
municípios do Piauí, 61,4% dos municípios da Paraíba, 50,9% dos municípios do
Rio Grande do Norte e 48,9% dos municípios do Tocantins”, aponta o estudo do
IBGE.
Somados, São Paulo, Rio de
Janeiro e Brasília concentraram 20,8% dos R$ 3,77 trilhões do PIB daquele ano. A
“fatia”, no entanto, foi menor que no ano anterior: em 2009, os três municípios
foram responsáveis por 21,4% do PIB. A participação de São Paulo – que seguiu
no primeiro lugar do ranking dos maiores PIBs do país –, caiu de 12% para
11,8%; do Rio, de 5,3% para 5%; e de Brasília, de 4,1% para 4%.
Segundo o IBGE, a indústria de
transformação, comércio e serviços de manutenção foram os principais
responsáveis pela queda de participação de São Paulo. No Rio, os “vilões” foram
a indústria de transformação, na fabricação de máquinas e equipamentos
industriais.
No ranking dos seis municípios
que mais geraram renda em 2010 estão ainda Curitiba e Belo Horizonte, com 4,1%
cada, e Manaus, com 1,3%. Juntos, os seis responderam por 25% de todo o PIB
brasileiro naquele ano.
Tirando as capitais, 11
municípios se destacaram por gerarem mais de 0,5% do PIB – oito deles no estado
de São Paulo: Guarulhos (SP), Campinas (SP), Osasco (SP), São Bernardo do Campo
(SP), Betim (MG), Barueri (SP), Santos (SP), Duque de Caxias (RJ), Campos dos
Goytacazes (RJ), São José dos Campos (SP) e Jundiaí (SP).
Menores PIBs
Na outra ponta, dois
municípios do Piauí registraram os menores PIBs do país em 2010: Santo
Antônio dos Milagres, com R$ 7,2 milhões, e Miguel Leão, com R$ 8,8 milhões.
São Félix do Tocantins (TO), Viçosa (RN) e Quixabá (PB) completam a lista dos
cinco menores.
PIB per capita
De acordo com o IBGE, o PIB
per capita (PIB dividido pelo número de habitantes) do Brasil foi de R$
19.766,33 em 2010. Quase 4,8 mil municípios, no entanto, registraram PIB
per capita abaixo dessa média.
O maior PIB per capita foi
registrado em São Francisco do Conde, na Bahia, de R$ 296,8 mil. Em seguida,
aparecem Porto Real (RJ), com R$ 290,8 mil, Louveira (SP), com R$ 239,9 mil,
Confins (MG), com R$ 239,7 mil, e Triunfo (RS), com 223,8 mil.
“Em comum, observa-se que esses
municípios possuíam baixa densidade demográfica”, aponta o IBGE. São Francisco
do Conde abrigava a segunda maior refinaria em capacidade instalada de refino
do país. No município de Porto Real, situava-se uma indústria automobilística.
Louveira concentrava centros de distribuição de grandes empresas. Confins
ganhou posição desde 2006, com a transferência da maior parte dos voos do
aeroporto em Belo Horizonte para o aeroporto internacional situado no
município. Já Triunfo era sede de um polo petroquímico importante.
O IBGE ressalta, no entanto, que “nem
toda a renda gerada no município é apropriada por sua população residente, uma
vez que a geração da renda e o consumo não são necessariamente realizados em um
mesmo município” – ou seja, a renda gerada no município nem sempre se
traduz em uma população rica.
Do outro lado do espectro, entre
as cinco cidades com menor PIB per capita, quatro estão no estado do Pará. O
menor é o de Curralinho, de R$ 2,2 mil, no arquipélago de Marajó, onde 60% dos
recursos vêm de transferências federais. Depois de Curralinho, aparecem Bagre
(R$ 2,3 mil), São Vicente Ferrer (no Maranhão, R$ 2,4 mil), Cachoeira do Piriá
(R$ 2,46 mil) e Muaná (R$ 2,58 mil).
Mudanças no ranking
São Salvador do Tocantins foi a
cidade que mais caiu no ranking de PIBs dos municípios, da 2.617ª para a 4.295ª
posição. Segundo o IBGE, a queda ocorreu por conta do fim das obras de uma
usina hidroelétrica na cidade vizinha de Paranã. Paranã, por sua vez, teve a
terceira maior alta no mesmo ranking, da 3235ª para a 1724ª posição, por conta
do início de funcionamento da mesma usina.
Já as duas cidades que mais
ganharam posições no ranking foram de Minas Gerais. Catas Altas passou da 2973ª
para a 1119ª posição (R$ 310 milhões). O ganho veio da alta do preço do minério
de ferro depois da crise de 2008. Itamarati de Minas, por sua vez, passou da
4577ª para a 2958ª posição (R$ 84 milhões), com a retomada da extração de
bauxita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua participação é muito importante para as discussões de ideias contábeis e outras mais. Obrigada!