Especialistas listam dificuldades para o IFRS
Texto de Verena Souza publicado no Portal Financial Web em 22/06/2010
Obtenção de maior ou menor lucro dependerá do setor de atuação e do modelo de negócio da companhia
Texto de Verena Souza publicado no Portal Financial Web em 22/06/2010
Obtenção de maior ou menor lucro dependerá do setor de atuação e do modelo de negócio da companhia
A convergência contábil para o modelo internacional do IFRS, instituída no final de 2007 pela lei 11.638, reflete a evolução econômica e financeira do Brasil. Não há dúvida no mercado de que o modelo foi feito para promover maior transparência e habilitar o País a apresentar demonstrações compatíveis com o exterior. No entanto, alguns aspectos podem não ser positivos para determinadas empresas, podendo impactar seus resultados. De acordo com o especialista em IFRS da KPMG Ramon Jubels, o setor de concessões públicas tem potencial maior de serem afetadas.
“As normas relativas aos contratos de concessões têm gerado controvérsias, pois a interpretação é complicada, devido à complexidade das normas. Para o segmento de construção imobiliária, por exemplo, há mudança no reconhecimento de receitas, com um timing diferente do habitual. Isso tem efeito no patrimônio líquido até o término da obra”, afirmou Jubels.
Ainda de acordo com ele, as normas não geram mais ou menos lucros, mas a apresentação da receita e dos custos são em períodos diferentes. “É um novo jeito de olhar para os ativos e passivos da empresa”, disse.
Para o sócio da área de IFRS da Ernst & Youg, Paul Sutcliffe, não é possível prever quais setores serão impactados de forma negativa pela convergência. “Para algumas empresas, o resultado ficará igual, outras terão efeito positivo e, ainda, existem àquelas que apresentarão resultados negativos”, explicou.
Segundo avaliação de Jubels, as consequências vão depender do setor de atuação, do porte e também do modelo de negócio que a empresa possui.
Subjetividade
As normas internacionais são baseadas em princípios de contabilidade. E, por serem norteadas por princípios e não regras, possibilita várias interpretações sobre o mesmo assunto. “Isso cria uma grande dificuldade”, afirmou.
Além da subjetividade, outro impasse para o Brasil é a falta de profissionais qualificados para a implementação do IFRS. “O País tem pouquíssimas pessoas com expertise sobre o tema, sendo um aspecto dificultador”, explicou Sutcliffe.
Apesar dos desafios inerentes à implementação, para ambos especialistas, a transição está sendo feita na hora certa. “Não dá para esperar mais dez anos. As coisas só saem, no mundo real, quando se tem um prazo estabelecido. E, em 2007, já sabíamos que ele seria implementado”, disse Sutcliffe.
Alterações
Um dos aspectos de grande relevância nas demonstrações no novo padrão refere-se ao valor justo dos ativos. As informações devem conter muito sobre o futuro da companhia, como expectativas sobre os fluxos de caixa futuros por exemplo.
Muitos dados que antes não eram divulgados, agora os investidores vão poder ter acesso e, consequentemente, a concorrência também. “Isso é um fato que as empresas vão ter de aprenser a lidar” ressaltou Jubels.
“As normas relativas aos contratos de concessões têm gerado controvérsias, pois a interpretação é complicada, devido à complexidade das normas. Para o segmento de construção imobiliária, por exemplo, há mudança no reconhecimento de receitas, com um timing diferente do habitual. Isso tem efeito no patrimônio líquido até o término da obra”, afirmou Jubels.
Ainda de acordo com ele, as normas não geram mais ou menos lucros, mas a apresentação da receita e dos custos são em períodos diferentes. “É um novo jeito de olhar para os ativos e passivos da empresa”, disse.
Para o sócio da área de IFRS da Ernst & Youg, Paul Sutcliffe, não é possível prever quais setores serão impactados de forma negativa pela convergência. “Para algumas empresas, o resultado ficará igual, outras terão efeito positivo e, ainda, existem àquelas que apresentarão resultados negativos”, explicou.
Segundo avaliação de Jubels, as consequências vão depender do setor de atuação, do porte e também do modelo de negócio que a empresa possui.
Subjetividade
As normas internacionais são baseadas em princípios de contabilidade. E, por serem norteadas por princípios e não regras, possibilita várias interpretações sobre o mesmo assunto. “Isso cria uma grande dificuldade”, afirmou.
Além da subjetividade, outro impasse para o Brasil é a falta de profissionais qualificados para a implementação do IFRS. “O País tem pouquíssimas pessoas com expertise sobre o tema, sendo um aspecto dificultador”, explicou Sutcliffe.
Apesar dos desafios inerentes à implementação, para ambos especialistas, a transição está sendo feita na hora certa. “Não dá para esperar mais dez anos. As coisas só saem, no mundo real, quando se tem um prazo estabelecido. E, em 2007, já sabíamos que ele seria implementado”, disse Sutcliffe.
Alterações
Um dos aspectos de grande relevância nas demonstrações no novo padrão refere-se ao valor justo dos ativos. As informações devem conter muito sobre o futuro da companhia, como expectativas sobre os fluxos de caixa futuros por exemplo.
Muitos dados que antes não eram divulgados, agora os investidores vão poder ter acesso e, consequentemente, a concorrência também. “Isso é um fato que as empresas vão ter de aprenser a lidar” ressaltou Jubels.
Oi!
ResponderExcluirPoderia me informar teu email para contato.
Obrigada!