O que construtoras, cervejarias, frigoríficos e empresários têm comum?
Que tal o espírito cívico e a crença em programas de governo sérios, que os motivam a doar alguns milhares ou milhões de reais para campanhas eleitorais?
Eu sugiro que há outros pontos que não são revelados com facilidade, mas podem ser facilmente deduzidos, principalmente quando as doações são de igual montante para candidatos com posições declaradamente antagônicas!
A processadora de carnes JBS, dona da marca Friboi, é a maior doadora da campanha presidencial entre as companhias abertas. De acordo com a primeira prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral, até o fim de julho a empresa colocou R$ 5 milhões na campanha de Dilma Rousseff (PT), o mesmo valor na de Aécio Neves (PSDB) e mais R$ 1 milhão na do então candidato Eduardo Campos (PSB). No segundo trimestre, a JBS lucrou R$ 254 milhões. O caixa da presidente Dilma foi reforçado ainda com R$ 4 milhões provenientes da CRBS, empresa do grupo Ambev.
Como nos anos anteriores, as construtoras figuram entre as principais financiadoras. A OAS deu R$ 3 milhões para a campanha de Aécio e outros R$ 600 mil para Campos. O candidato do PSB, cuja morte no mês passado deixou Marina Silva à frente da chapa, recebeu também dinheiro de nomes conhecidos do mercado.
Guilherme Leal, sócio e fundador da Natura, contribuiu com R$ 400 mil. O valor está longe dos R$ 11,8 milhões doados em 2010, quando disputou a eleição como vice de Marina. Também fizeram transferências ao PSB José Olympio Pereira, presidente do Credit Suisse no Brasil (R$ 30 mil), e Luis Terepins, diretor-presidente e presidente do conselho de administração da construtora Even (R$ 5 mil).
Companhias e empresários fortalecem o caixa de partidos políticos - Texto de Yuki Yokoi - Revista Capital Aberto - ed. 133 set/2014 - Governança Corporativa
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