2 de out. de 2009

Curtas

Conselheos de Administração: Os melhores na mesa
Depois dos vexames com derivativos, companhias preferem conselheiros com mais tempo para se dedicar do que status – e, adivinhem, não tem sido fácil encontrar

Por Roberta Lippi
Se essa crise que assolou os mercados financeiros em todo o mundo teve efeitos positivos, um deles certamente foi o amadurecimento das empresas quanto ao papel dos conselhos de administração. O Brasil já vinha passando por um processo evolutivo nas questões ligadas à governança corporativa nos últimos anos, especialmente depois que o Novo Mercado da BM&FBovespa fixou um padrão de melhores práticas para as companhias abertas. Mas nada como um grande susto para que o ambiente de “chá das cinco” perdesse o espaço de vez.


Unidas pelos erros
Mesmas falhas de governança estão na origem de escândalos empresariais recentes
Por Alexandre Di Miceli da Silveira


Société Générale, Agrenco, Lehman Brothers, Bear Sterns, AIG, Sadia, Aracruz, Siemens, Madoff, Stanford Bank e Satyam. Todas essas organizações passaram por sérios problemas de governança nos últimos 20 meses. Trata-se de um curtíssimo espaço de tempo, porém suficiente para uma enorme destruição do patrimônio de seus investidores. Uma estimativa conservadora das perdas associadas a esses episódios chega à astronômica cifra de cerca de US$ 342 bilhões. Veja a tabela a seguir.




CPC vai esclarecer regras para registro de caixa e equivalentes
Por Yuki Yokoi

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) começa, em outubro, a revisar as orientações emitidas desde o ano passado. O objetivo é eliminar eventuais diferenças que tenham restado entre as normas brasileiras e as regras editadas pelo International Accounting Standards Board (Iasb), com exceção daquelas geradas por restrições legais. Os primeiros da lista serão o CPC 02, sobre efeitos da taxa de câmbio nas demonstrações contábeis; e o CPC 03, que trata das demonstrações de fluxo de caixa. “Nosso plano é revisar todos os pronunciamentos”, afirma Edison Arisa, coordenador técnico do CPC.


Sem medo de ser feliz
Investidores aprovam proposta de OPA obrigatória e pontos rejeitados pelas companhias na reforma do Novo Mercado

Por Silvio Muto

Perto de completar nove anos desde seu lançamento oficial, em dezembro de 2000, o Novo Mercado está prestes a ganhar nova roupagem, com uma série de requisitos adicionais. É unanimidade a necessidade de que o segmento mais rígido de listagem acompanhe a evolução do mercado de capitais e mantenha sua atratividade. Mas a dimensão dessas mudanças vem causando discórdia. O temor das companhias é o de que, ao exigir demais, o Novo Mercado acabe afugentando empresas e extrapolando até mesmo os anseios dos investidores. “Não devemos ser mais realistas que o rei”, ponderou Laércio Cosentino, presidente da empresa de desenvolvimento de software corporativo Totvs, em evento promovido em setembro pela BM&FBovespa. Os investidores, contudo, não parecem nada insatisfeitos.


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“... nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” (Gilberto Freire)