17 de out. de 2009

Felicidade Feminina

E não é que tem muita verdade nesse texto??? Eu tenho que concordar com ele!
Quando mais é menos
Por Nelson Motta
Com todo o poder, dinheiro, independência e liberdade que conquistaram nas últimas décadas, as mulheres estão se sentindo menos felizes agora do que nos anos 60. Cinco pesquisas mundiais diferentes revelaram os mesmos e tenebrosos resultados: independentemente de classe social, estado civil, de ter filhos ou não, em todos os lugares, as mulheres estão se sentindo cada vez menos felizes. E os homens, mais. Será que a revolução feminista acabou beneficiando mais os homens do que as mulheres?, sibila Maureen Dowd, minha víbora favorita, no "New York Times".
As mulheres vão se sentindo menos felizes à medida que vão envelhecendo, enquanto com os homens acontece o contrário. Elas começam a vida mais felizes do que eles, e terminam menos. Sob a ditadura da boa aparência, o peso da casa, de marido e filhos, e agora da competência profissional e da carreira, elas sofrem mais a ação do tempo. Na América obcecada por beleza e juventude as Barbies Frankenstein se multiplicam.
As pesquisas revelam também que a menor contribuição para a felicidade das mulheres vem dos filhos. Algumas, poucas, já admitem que seria melhor não ter tido filhos, ou que foram eles os destruidores de sua felicidade.
O principal motivo da felicidade dos homens é a prosperidade, pré-crise, é claro. E o alívio nas contas, porque as mulheres passaram a participar mais do orçamento familiar. Cada vez menos mulheres são dependentes de homens, e eles acham ótimo. E embora hoje os homens ajudem mais nos trabalhos da casa e com os filhos, isto não as fez mais felizes. Elas passaram a trabalhar tanto, a fazer tanto, que têm cada vez menos tempo para sua especialidade: sentir.
Para competir no mundo corporativo masculino, as mulheres se exigem mais, são mais rigorosas com os outros e com elas mesmas do que os homens, são mais passionais e estressadas do que eles. As pós-feministas reconhecem a insatisfação feminina e tentam explicá-la como um paradoxo: é justamente esta recém-conquistada abundância de liberdade de escolhas que as faz menos felizes. Mais liberdade, menos felicidade. Afinal, o que querem as mulheres ?

NELSON MOTTA é jornalista.Texto publicado no Globo em 25 Set. 2009

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