22 de fev. de 2010

O Índice de Clima Econômico (ICE) do Brasil

Brasil tem melhor clima econômico entre países da América Latina

Índice da região atingiu 5,6 pontos em janeiro, enquanto o indicador brasileiro foi de 7,8 pontos

Alessandra Saraiva, da Agência Estado

No primeiro mês de 2010, a economia da América Latina continuou em recuperação após a crise global, que marcou o ano passado. Apesar de o ritmo econômico da região ainda não ter alcançado os bons resultados que eram registrados no cenário pré-crise, em meados de 2008, no Brasil a pesquisa mostrou um cenário positivo. O País apresentou o melhor clima econômico entre as 11 nações pesquisadas pela Sondagem Econômica da América Latina, feita em parceria entre o Institute for Economic Research at the University of Munich, ou Instituto IFO, e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Segundo as duas instituições, o Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina atingiu patamar de 5,6 pontos em janeiro deste ano, acima do desempenho de 5,2 pontos apurado na pesquisa anterior, referente a outubro de 2009. As entidades consideram que resultados abaixo de cinco pontos nos índices indicam "clima ruim", e desempenhos acima de cinco pontos são considerados positivos.

O clima econômico do Brasil foi o melhor da América Latina pela segunda vez consecutiva. O Índice de Clima Econômico do País foi de 7,8 pontos, acima do desempenho anterior, referente a outubro do ano passado, de 7,4 pontos, e o mais elevado entre as nações utilizadas na pesquisa referente ao primeiro mês do ano. Como no levantamento anterior, o desempenho de clima econômico do Brasil em janeiro (5,6 pontos) também ficou acima da média do ICE da América Latina para o mesmo mês (de 5,2 pontos).

De acordo com o informe, o Brasil ainda permanece em segundo no ranking de clima econômico dos países da América Latina, perdendo para o Peru, que permanece na primeira posição. Isso porque o ranking não leva em conta apenas o resultado mais recente do ICE, e sim a média de pontuação do indicador nos últimos quatro trimestres. Ao se comparar Brasil e Peru, este último país continua a apresentar um clima econômico médio superior ao do brasileiro, nos últimos quatro trimestres.

América Latina

Na prática, o ritmo de recuperação da economia da América Latina acompanha a velocidade de recuperação da economia mundial, após a crise global. O resultado de janeiro, de acordo com as instituições, foi impulsionado por uma melhora na avaliação sobre o momento presente na economia. De outubro do ano passado a janeiro deste ano, o Índice de Expectativas (IE), um dos dois sub-indicadores componentes do ICE, avançou de 3,3 para 4 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA), outro sub-índice do ICE, subiu de 7 para 7,1 pontos. Para as duas instituições, o ISA mostra uma sinalização de otimismo do mercado financeiro com as economias latino-americanas em seus desempenhos durante o primeiro semestre de 2010.

Ao analisar o desempenho de clima econômico nos 11 países pesquisados, as entidades comentam que, em janeiro, cinco nações estão em fase de expansão econômica. Além do Brasil, é o caso de Argentina, Chile, Peru e Uruguai. Bolívia, Colômbia, Equador, México e Paraguai estão em fase de recuperação na economia. Por fim, a Venezuela é o único país da América Latina, entre os analisados para o levantamento, que permanece em recessão na região.

A Sondagem Econômica da América Latina é trimestral. Para a pesquisa de janeiro foram consultados 139 especialistas em 17 países.


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