A Cosan na lista suja – e as reações
por Ana Luiza Herzog em 08 Jan. 2010
A operação brasileira do WalMart informou que deixará de comprar, temporariamente, da Cosan – empresa brasileira donas das marcas de açúcar União e Da Barra-, que são vendidas pelo varejista. O motivo do rompimento é que a Cosan foi incluída, no fim de 2009, no Cadastro de Empregadores Acusados de Trabalho Escravo, a “lista suja” do Ministério do Trabalho.
O WalMart não foi o primeiro a se posicionar publicamente contra a Cosan. Ontem, o BNDES também informou que suspendeu, como uma medida preventiva, as operações com a empresa. Em nota oficial, o banco afirmou que o fechamento de novos contratos com a empresa está condicionada à exclusão da companhia do cadastro e que, nos contratos em fase de desembolso, a retomada das liberações “dependerá da avaliação da instituição quanto à efetividade e suficiência das medidas trabalhistas e legais implementadas pela empresa”.
O grupo Cosan é o maior do setor sucroalcooleiro do Brasil e foi incluído na lista negra de trabalho escravo, realizada no fim do ano passado, devido a um flagrante do Ministério do Trabalho realizado em 2007, em uma fazenda no interior de São Paulo. Na época, os fiscais do ministério encontraram irregularidades na contratação e na acomodação dos trabalhadores contratados por uma empresa que prestava serviços de corte de cana para a Cosan. A empresa afirma que, logo após o ocorrido, descredenciou a tal empresa e tomou as medidas cabíveis. Ainda assim, a mancha na reputação foi feita, e não vai ser fácil se livrar dela.
Terceirização é coisa muita séria, mas nem todas as empresas entenderam isso ainda.
Fonte: Portal Exame
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