13 de mai. de 2010

Governança Corporativa (II)

Especial Governança: confiança é a palavra chave

Texto de Adriele Marchesini Financial Report em 06/05/2010

Em um processo de transparência, o CFO deve se perguntar: a quem vamos comunicar, para quem e o porquê
Governança corporativa é sinônimo de transparência — e transparência, por sua vez, é o mesmo que acesso a informações claras e precisas. Tudo isso remete à palavra-chave que garante a todas as companhias um cenário de atuação confortável: confiança. Obviamente que o nível de abertura de informações em uma empresa de capital fechado e outra de capital aberto — que tenha responsabilidades com o órgão regulador, a Comissão de Valores Mobiliários — não precisa ser o mesmo. É aí que o diretor financeiro deve achar a medida certa de equilíbrio. Afinal, repassar alguns dados pode ser mais prejudicial do que motivador.
"A empresa de capital fechado tem uma necessidade de comunicação menor, mas não menos importante", afirmou o presidente executivo da Financial Investor Relations Brasil (Firb), Arleu Anhalt. No caso dos funcionários, o especialista aconselha a dar visibilidade ao desempenho financeiro da companhia, por exemplo. Dificuldades pontuais de fluxo de caixa ou contingências, por outro lado, não precisam ser alardeadas — mas o cenário, contudo, não deve ser maquiado. "Dar uma informação para quem não sabe digeri-la pode resultar em uma anticomunicação. Dados altamente complexos também devem ficar de fora", sugeriu.
Além disso, muito mais do que abrir dados e planilhas, o ponto relevante em um processo de transparência, o qual certamente renderá benefícios para empresas, é a de políticas corporativas e suas implementações. É o que especialistas chamam de "fase de conversa", pela qual o mercado passa atualmente. E é exatamente neste ambiente que o CFO deve se perguntar: a quem vamos comunicar, para quem e o porquê. Cada caso é um caso, cada público é um público e, portanto, precisa de uma atenção diferenciada.

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