Bradesco e Itaú lideram ranking brasileiro de marcas; Vale, TAM e Gol caem
Pesquisa da empresa de análise de marcas Brand Finance mostra que a crise afetou mais o valor das marcas de empresas de commodities do que dos bancos
Mesmo após a crise internacional penalizar instituições financeiras ao redor do mundo, o Bradesco manteve a posição de marca brasileira mais valiosa. O banco é seguido pelo Itaú, que subiu de sexto para segundo, e pelo Banco do Brasil, que caiu de segundo para terceiro. A análise foi feita pela empresa de avaliação de marcas Brand Finance, que divulgou sua quarta edição anual do ranking brasileiro.
A Volkswagen é a primeira companhia que aparece atuante fora do setor bancário, em quarto lugar. Logo atrás, está AmBev, Vivo e Petrobras. A General Motors/Chevrolet vem em oitavo, ainda que muito prejudicada pelas dificuldades que vem enfrentando no exterior, com o cenário de restrição de crédito e queda de consumo.
O líder Bradesco, apontado como a marca mais valiosa do Brasil pelo segundo ano consecutivo, chegou ao valor de R$ 16,27 bilhões. Entre as primeiras posições, o destaque fica com o avanço da Vivo, que subiu da 9ª para a 6ª posição.
Gilson Nunes, CEO e Sócio da Brand Finance América do Sul, explicou que a lista de 2009 traz os primeiros impactos do movimento do valor de marcas após a crise financeira global. “Enquanto o valor de mercado das empresas listadas em bolsa caiu R$ 351,6 bilhões em comparação ao ano anterior, ou seja, uma redução de 25,3%, a soma do valor das marcas aumentou 5,7%, ou R$ 12,3 bilhões”.
Segundo Nunes, as marcas são ativos estratégicos que, se bem gerenciadas, são menos suscetíveis aos momentos de crises. Ainda assim, alguns setores não foram capazes de se desvincular e foram fortemente afetados, em especial os segmentos ligados a commodities.
A marca da Vale, por exemplo, perdeu 17% do seu valor, conforme apontou o estudo, a mesma queda sofrida pela Esso. A concorrente Petrobras viu sua marca se desvalorizar 5%. O valor das marcas das siderúrgicas Gerdau e Usiminas se retraiu, respectivamente, 16% e 31%. O setor de aviação foi outro duramente penalizado: a marca da Gol perdeu 47% do valor, enquanto a da TAM perdeu 51%.
Entre as alterações no ranking do último ano para este, houve a entrada das marcas da Motorola, Nokia, BNDES, IBM e Claro. Por outro lado, WEG, Vulcabras, Terra e Furnas perderam lugar entre as 100 maiores no Brasil.
* House of Brands. São empresas que possuem uma ou mais marcas de produtos/serviços, além da marca corporativa. São considerados todas as marcas aqui, desde produto/serviço até a própria marca corporativa. Em alguns casos, como Ambev, a marca corporativa tem um valor pequeno, em outros como Nestlé tem um valor elevado.
Fonte: Portal EXAME
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