30 de abr. de 2009

De onde vem o trabalho?

Estamos prestes a comemorar mais um dia do trabalho, assim, estou ousando escrever algo sobre o tema.
O trabalho enobrece o homem, sustenta uma das máximas mais antigas de que se tem notícia.
Mais do que qualquer coisa, essa talvez tenha sido a primeira campanha de publicidade do mundo, cujo objetivo era fazer as pessoas comprar uma idéia com péssima imagem no mercado: trabalhar.
O trabalho transforma a natureza para obter sustento e bem estar, criando entre as pessoas uma relação social importante para sua sobrevivência como pessoa e como colaborador.
A palavra trabalho vem do latim tardio tripalium, um instrumento do tempo do Império Romano formado por três estacas que serviam para imobilizar o cavalo enquanto ele recebia as ferraduras - ou seja, enquanto era ferrado.
No latim clássico, a principal palavra que designava trabalho era labor. Labor, antes de mais nada, significava apenas fadiga que advém do trabalho. Com o tempo, a parte passou a representar o todo. Em sentido figurado, era usado para doença, desgraça e dor.
Em grego, a palavra mais próxima de trabalho era pónos. O significado: pena, sofrimento, fadiga.
Em japonês, arubaito se referia apenas a trabalho temporário. Mais tarde, os dekasseguis, ou estrangeiros que foram trabalhar lá, associaram a palavra a três K: kitsui (penoso), kitanai (sujo) e kiken (perigoso).
Em alemão, o vocábulo é arbeit, que tem relação com um antigo verbo germânico que designava as pesadas atividades físicas que as crianças órfãs tinham de fazer para sobreviver.
Foi Martinho Lutero quem inverteu esse jogo. A partir dele, o trabalho deixou de ter conotações pejorativas e passou a significar uma atividade útil e positiva.
Hoje o trabalho, do mais simples até o mais pomposo, do cargo mais elementar de um operário até a função mais importante de um alto executivo, existe para ajudar, atender, auxiliar, socorrer, orientar, produzir, criar e não com a intenção de promoção pessoal.
Uma pessoa seja gestor ou não, que tem como meta meramente alavancar a sua carreira não estará produzindo algo positivo nem para sua empresa e muito menos para a sociedade, ela está a serviço de seu interesse.
Se ao contrário, a pessoa se dedicar e se consagrar ao seu trabalho desempenhando sua função com afinco e devoção, certamente irá contribuir para a melhoria e progresso de sua organização. É a dignidade do trabalho que transforma e dá mais valia às coisas, enobrecendo e dignificando a própria pessoa que trabalha em prol de construir ou realizar um serviço para atender uma necessidade humana.
No mundo de hoje a maneira como as empresas vêem sua força de trabalho pode se tornar um grande diferencial nesta guerra de competitividade.
Embora as empresas geralmente conheçam o poder das pessoas, elas costumam ignorar ou falhar na compreensão da importância de sua força de trabalho.
Muitas vezes não percebem que mais do que um auxílio para que alcancem seus objetivos estratégicos as empresas têm que considerar as pessoas seu maior capital.
Infelizmente, somente quando uma iniciativa estratégica enfrenta dificuldades ou falha é que algumas empresas percebem que a personalidade de sua força de trabalho comprometeu seu objetivo estratégico.
O mundo vive a era do conhecimento, adquirir as informações necessárias e saber usá-las será o grande diferencial entre as organizações. A questão é como e onde?
A quantidade de informações disponível hoje é assustadora e nenhuma pessoa é capaz de absorver nem um centésimo.
O mesmo vale para as empresas e com o agravante que de que é imprescindível se atualizar constantemente.
Dentro deste contexto, há uma fonte poderosíssima de conhecimento, provavelmente a principal: os próprios colaboradores.
É impossível transformar todo o conhecimento em documentos.Uma solução é incentivar ao máximo o compartilhamento de informações entre os colaboradores.
As empresas devem incentivá-los a buscar o autoconhecimento para que possam disseminar o que aprenderam para o resto da empresa.
Portanto, para ter sucesso e crescer na Era do Conhecimento, não existe alternativa para as empresas a não ser valorizar seu capital intelectual, ou seja, valorizar seus trabalhadores.
Parabéns a todos os trabalhadores.

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“... nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” (Gilberto Freire)