Hoje cedo conversei com um executivo com quem não falava há algum tempo. Não sei exatamente porque ele começou a fazer uma espécie de balanço da carreira -- mas eu obviamente embarquei na onda e aproveitei para fazer perguntas mais pessoais. Uma delas foi qual o maior erro que ele havia cometido. Imaginava que o sujeito falaria sobre alguma aquisição fracassada ou sobre escolha de um emprego que não tivesse sido tão interessante quanto parecia à primeira vista. Para minha surpresa ele disse que a grande bobagem que fez na carraira foi confiar em algumas pessoas erradas.
A resposta dele imediatamente me trouxe à memória declarações de outros executivos. Quem acompanha este blog deve se lembrar que escrevi uma série de posts sobre um ciclo de palestras com grandes executivos que assisti recentemente. Bom, dos seis protagonistas desses encontros, dois deles -- Fábio Barbosa, presidente do grupo Santander, e Roger Agnelli, da Vale -- , disseram que seu maior erro tinha sido confiar em quem não deviam. Não dá para dizer que Barbosa e Agnelli sejam exatamente sujeitos ingênuos, certo? Tampouco o executivo com quem falei hoje epode ser considerado um cara inocente. É justamente por serem executivos experientes e competentes que fico tão intrigada quando ouço esses sujeitos admitirem que pessoas próximas lhes passaram a perna...
Será que não é possível identificar no ambiente de trabalho exatamente quem são as pessoas que estão prestes a "dar o bote" geralmente travestidas de zelosos puxa-sacos sempre prontos a bajular os chefes?
Você já encontrou uma dessas pessoas nada confiáveis pelo caminho?
Por Cristiane Correa
Publicado em 12/12/2008
Fonte: Portal Exame
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