4 de set. de 2009

Gestão pública à francesa

Santa Catarina vai receber uma filial da escola nacional de administração, a ENA, que forma a elite do funcionalismo da França. O modelo serve para o Brasil?
Por Alexandre Teixeira
O que há em comum entre Valéry Giscard D’estaing, político de centro-direita que presidiu a França de 1974 a 1981; Dominique de Villepin, diplomata de carreira que foi primeiro-ministro francês entre 2005 e 2007; e Pascal Lamy, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio? Os três cursaram a École Nationale d’Administration, ou simplesmente ENA, principal centro de formação de servidores públicos da França. Jacques Chirac, outro ex-presidente, também passou por lá, assim como seis primeiros-ministros, desde que o general Charles de Gaulle fundou a escola, em 1945, como parte do esforço de reconstrução do Estado francês, ao final da Segunda Guerra. Desde os anos 60, uma centena de funcionários públicos brasileiros já estudou no centro de formação francês. A aproximação, no entanto, deve ganhar novo impulso neste mês, quando o governo de Santa Catarina inaugura, em Florianópolis, uma escola de administração pública filiada à ENA.
Por meio de um convênio firmado com a Escola Superior de Administração e Gerência (Esag), a ENA vai transferir tecnologia de ensino para o estado. A ambição do governo catarinense é que, no futuro, Florianópolis se torne o grande centro de formação de servidores públicos do país. “Queremos que a ENA Brasil seja uma escola brasileira em Santa Catarina”, afirma Vinícius Lummertz, secretário estadual de Articulação Internacional.
“É uma escola de um padrão acadêmico excelente, com professores e alunos de primeiríssima linha”, afirma Deborah Stern Vieitas, atual presidente do Banco Caixa Geral Brasil (subsidiária do grupo português Caixa Geral de Depósitos), que frequentou um curso de dois anos da ENA no início dos anos 80. “A contribuição do método de formação da ENA para a nossa realidade será a de formar pessoas voltadas para as questões da atualidade dentro da administração pública.”
O texto integral pode ser lido na edição da Época Negócios de setembro de 2009.

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