Por Antoninho Marmo Trevisan
A governança mundial sofrerá expressivas mudanças após o término da atual crise financeira global. É certo que países emergentes ingressarão ainda mais na pauta das decisões internacionais, já que o sistema de confraria adotado pelos países ricos para debater assuntos econômicos se mostrou ineficiente. Há também uma reestruturação generalizada prevista nos organismos internacionais voltados às questões econômicas e políticas. Com isso, o Brasil vai conquistando papel preponderante neste novo cenário, basicamente por demonstrar estabilidade econômica e política acima da média em meio ao tsunami.
O País diversificou muito sua economia nos últimos vinte anos. O processo de consolidação desta realidade se deu pouco antes da turbulência, quando empresas e setores econômicos apresentavam expansão significativa, fruto do aumento da renda nacional, crescimento elevado da participação de novas famílias no mercado de consumo, impulso nas exportações, diversificação na oferta de produtos aos consumidores, desenvolvimento de recursos de infraestrutura - embora ainda de forma modesta -, entendimento dos contrastes nacionais, melhoria na relação capital-trabalho, abertura de linhas de crédito com acesso facilitado ao mesmo, e por aí vai...
Em outra vertente, o País também conquistou avanço institucional, depois de sofrer com uma ditadura militar disposta a promover o milagre econômico, mas que sucumbiu pela total falta de respeito aos sistemas democráticos essenciais para estabelecer ambiente favorável ao surgimento de empresas, instituições e órgãos sólidos e independentes. Essa fase acabou, e um novo modelo de valorização do cidadão comum foi sendo implementado, favorecendo o crescimento sócio-econômico, a redistribuição paulatina de renda e a confiança de que o País pode ser mudado. Este é também um fator de estímulo aos investimentos estrangeiros em nossas terras. Nesse sentido, é fácil reafirmar que a instabilidade política é um dos piores inimigos do capital, já que a probabilidade de que haja interferência oficial nos negócios é de altíssimo grau.
Há, no entanto, outra série de importantes investimentos necessários ao País que ainda se encontram por serem feitos. O principal deles diz respeito à viabilização de um amplo projeto focado no fortalecimento das áreas de educação, ciência e tecnologia, e na integração destes com o setor produtivo.
A produção de pesquisa e desenvolvimento é ainda muito restrita no País. Não existe uma nação no mundo que tenha sido promovida ao "clube do primeiro mundo" sem se destacar nesse item. O processo contínuo de inovação, promovido internamente, é um imã que oferece diferencial competitivo e de crescimento. O etanol é um exemplo emblemático. O País se tornou player essencial no mundo por conta de ter total domínio desta matriz energética. Mas isso é ainda pouco.
É necessário dominar e possuir organização e desenvolvimento em outros setores estratégicos. Não é possível que cheguemos onde almejamos sem o adequado investimento em educação de qualidade. Podemos até demonstrar que conseguimos sair melhor da crise financeira que outros, especialmente entre os países em desenvolvimento. Porém devemos aproveitar este momento favorável para organizar esforços que gerem condições para garantir aos brasileiros os devidos mecanismos de ingresso, permanência, aprimoramento e progresso educacional que permitam ao nosso País dar o salto que ainda nos falta.
A governança mundial sofrerá expressivas mudanças após o término da atual crise financeira global. É certo que países emergentes ingressarão ainda mais na pauta das decisões internacionais, já que o sistema de confraria adotado pelos países ricos para debater assuntos econômicos se mostrou ineficiente. Há também uma reestruturação generalizada prevista nos organismos internacionais voltados às questões econômicas e políticas. Com isso, o Brasil vai conquistando papel preponderante neste novo cenário, basicamente por demonstrar estabilidade econômica e política acima da média em meio ao tsunami.
O País diversificou muito sua economia nos últimos vinte anos. O processo de consolidação desta realidade se deu pouco antes da turbulência, quando empresas e setores econômicos apresentavam expansão significativa, fruto do aumento da renda nacional, crescimento elevado da participação de novas famílias no mercado de consumo, impulso nas exportações, diversificação na oferta de produtos aos consumidores, desenvolvimento de recursos de infraestrutura - embora ainda de forma modesta -, entendimento dos contrastes nacionais, melhoria na relação capital-trabalho, abertura de linhas de crédito com acesso facilitado ao mesmo, e por aí vai...
Em outra vertente, o País também conquistou avanço institucional, depois de sofrer com uma ditadura militar disposta a promover o milagre econômico, mas que sucumbiu pela total falta de respeito aos sistemas democráticos essenciais para estabelecer ambiente favorável ao surgimento de empresas, instituições e órgãos sólidos e independentes. Essa fase acabou, e um novo modelo de valorização do cidadão comum foi sendo implementado, favorecendo o crescimento sócio-econômico, a redistribuição paulatina de renda e a confiança de que o País pode ser mudado. Este é também um fator de estímulo aos investimentos estrangeiros em nossas terras. Nesse sentido, é fácil reafirmar que a instabilidade política é um dos piores inimigos do capital, já que a probabilidade de que haja interferência oficial nos negócios é de altíssimo grau.
Há, no entanto, outra série de importantes investimentos necessários ao País que ainda se encontram por serem feitos. O principal deles diz respeito à viabilização de um amplo projeto focado no fortalecimento das áreas de educação, ciência e tecnologia, e na integração destes com o setor produtivo.
A produção de pesquisa e desenvolvimento é ainda muito restrita no País. Não existe uma nação no mundo que tenha sido promovida ao "clube do primeiro mundo" sem se destacar nesse item. O processo contínuo de inovação, promovido internamente, é um imã que oferece diferencial competitivo e de crescimento. O etanol é um exemplo emblemático. O País se tornou player essencial no mundo por conta de ter total domínio desta matriz energética. Mas isso é ainda pouco.
É necessário dominar e possuir organização e desenvolvimento em outros setores estratégicos. Não é possível que cheguemos onde almejamos sem o adequado investimento em educação de qualidade. Podemos até demonstrar que conseguimos sair melhor da crise financeira que outros, especialmente entre os países em desenvolvimento. Porém devemos aproveitar este momento favorável para organizar esforços que gerem condições para garantir aos brasileiros os devidos mecanismos de ingresso, permanência, aprimoramento e progresso educacional que permitam ao nosso País dar o salto que ainda nos falta.
Fonte: Portal Razão Contábil
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