Acordo ortográfico já tem tira-dúvidas
Rio de Janeiro, 23 de Março de 2009
As polêmicas em torno da língua portuguesa desde que o acordo ortográfico entrou em vigor, no dia 1° de janeiro, enfim se acabaram: a Academia Brasileira de Letras (ABL) lançou a 5ª edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp). O livro reúne 349.737 vocábulos e incorpora as mudanças trazidas com a implantação do acordo, que busca unificar o português falado em oito países do mundo. A previsão é que a nova edição esteja nas livrarias esta semana, a um preço de R$ 120.
A organização da obra foi feita pelo filólogo e membro da ABL, Evanildo Bechara, com a colaboração dos acadêmicos Eduardo Portella e Alfredo Bosi. Segundo Bechara, padronizar a língua portuguesa é importante para garantir que ela não vá ser suplantada por outros idiomas ao longo da história.
"A sabedoria popular diz que a unidade faz a força. Nós estamos em um mundo globalizado, se a língua portuguesa se dividir perifericamente, Brasil de um lado, Portugal de outro, Angola e Moçambique de outro lado, a língua portuguesa será engolida como foram todas as outras, diante de uma língua imperial como foi o caso do latim. É um passo gigantesco para a conservação do português em relação às línguas imperialistas do mundo", frisou Bechara.
Segundo ele, em pouco tempo, o mundo se dividirá entre o inglês, o espanhol, o alemão e o chinês: "Nós vamos ter que estudar mandarim dentro de pouco tempo", brincou o filólogo, que reconhece haver resistência na implantação das mudanças, principalmente em Portugal.
Resistências
"Toda novidade ou reforma traz naturalmente resistência e preocupação, mas com o tempo ela se impõe. Eu recebi a informação que um dos jornais esportivos mais populares de Portugal já adotou a reforma", comemorou Bechara. Para o cônsul de Portugal no Rio de Janeiro, embaixador Antônio Almeida Lima, as resistências em seu país às mudanças são reais, mas elas acabarão sendo assimiladas. "É natural que qualquer grande reforma encontre sempre resistência. Existe um rico debate em Portugal, o que só demonstra o interesse pelo assunto, mas uma boa parte dos jornais e revistas já está aplicando o acordo", disse Almeida Lima.
De acordo com o diplomata, unificar o português é também importante do ponto de vista geopolítico. "Reforça uma visão lusófona do mundo e gera uma cooperação em torno de vários temas da agenda internacional, políticos, técnico-científicos, literários e artísticos. Esse mundo da lusofonia deve constituir um grande mercado para as editoras e intercâmbio de documentos. Quem fala a mesma língua, entende-se melhor", afirmou o cônsul.
A organização da obra foi feita pelo filólogo e membro da ABL, Evanildo Bechara, com a colaboração dos acadêmicos Eduardo Portella e Alfredo Bosi. Segundo Bechara, padronizar a língua portuguesa é importante para garantir que ela não vá ser suplantada por outros idiomas ao longo da história.
"A sabedoria popular diz que a unidade faz a força. Nós estamos em um mundo globalizado, se a língua portuguesa se dividir perifericamente, Brasil de um lado, Portugal de outro, Angola e Moçambique de outro lado, a língua portuguesa será engolida como foram todas as outras, diante de uma língua imperial como foi o caso do latim. É um passo gigantesco para a conservação do português em relação às línguas imperialistas do mundo", frisou Bechara.
Segundo ele, em pouco tempo, o mundo se dividirá entre o inglês, o espanhol, o alemão e o chinês: "Nós vamos ter que estudar mandarim dentro de pouco tempo", brincou o filólogo, que reconhece haver resistência na implantação das mudanças, principalmente em Portugal.
Resistências
"Toda novidade ou reforma traz naturalmente resistência e preocupação, mas com o tempo ela se impõe. Eu recebi a informação que um dos jornais esportivos mais populares de Portugal já adotou a reforma", comemorou Bechara. Para o cônsul de Portugal no Rio de Janeiro, embaixador Antônio Almeida Lima, as resistências em seu país às mudanças são reais, mas elas acabarão sendo assimiladas. "É natural que qualquer grande reforma encontre sempre resistência. Existe um rico debate em Portugal, o que só demonstra o interesse pelo assunto, mas uma boa parte dos jornais e revistas já está aplicando o acordo", disse Almeida Lima.
De acordo com o diplomata, unificar o português é também importante do ponto de vista geopolítico. "Reforça uma visão lusófona do mundo e gera uma cooperação em torno de vários temas da agenda internacional, políticos, técnico-científicos, literários e artísticos. Esse mundo da lusofonia deve constituir um grande mercado para as editoras e intercâmbio de documentos. Quem fala a mesma língua, entende-se melhor", afirmou o cônsul.
Fonte: Gazeta Mercantil (Agência Brasil)
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