27 de mar. de 2009

Enfrentando dilemas, vivenciando a ética

A profissão contábil: enfrentando dilemas, vivenciando a ética
Blog Acerto de Contas
27/03/2009
Rotineiramente, o indivíduo enfrenta situações onde ele tem que julgar o que é certo ou errado e tomar decisões baseadas em sua percepção do bem e do mal. Assim, o que é bom para alguns poderá não ser o mais adequado para outros. Na tentativa de encontrar uma saída imparcial, sem favorecimento para qualquer das partes surge a ética, que pode ser considerada, inclusive, como um ramo da filosofia que lida com o que é bom ou mau.
Dentre alguns conceitos de ética pode-se adotar o de ideal universal do comportamento humano, expressa em princípios válidos para os indivíduos. O problema central da ética é a análise do significado e natureza do comportamento humano. Como o objetivo principal da ética é a compreensão do comportamento humano, ela fundamenta-se na natureza humana.
O Profissional Contábil lida diariamente com uma série de informações importantes relacionadas aos recursos financeiros de uma instituição (seja ela privada ou pública), e, por isso, entra constantemente em contato com situações, cuja solução está diretamente relacionada com a utilização de princípios éticos.
A profissão Contábil é assim de extrema importância para a sociedade, pois, toda e qualquer empresa necessita obrigatoriamente dos serviços dela advindos. Por falta de conhecimento das atribuições do Contabilista, muitas vezes, algumas pessoas acabam relegando sua importância à última instância, mas, sem uma contabilidade bem estruturada e organizada, não há empresa que consiga se estabelecer e obter crescimento gradativo no mercado. O Contabilista pode ser considerado como um médico de empresas e instituições, cuidando de sua saúde econômico ? financeira, mantendo-as sadias.
O profissional Contábil desempenha função relevante na análise e aperfeiçoamento da ética na profissão, pois está sempre às voltas com dilemas éticos. É comum que o Contabilista seja tentado a utilizar práticas indevidas no exercício de sua profissão, criando falsas receitas, escondendo participações em outras empresas, fazendo desaparecerem dívidas, entre outros artifícios, tendo isto sendo solicitado pelos proprietários e administradores ou não. Por isso, o Código de Ética do Profissional em Contabilidade, por si só, não garante o exercício ético da profissão, é necessário que haja um comprometimento do profissional em agir de acordo com a verdade.
Recentemente, vimos, através de debate promovido pelo blog Acerto de Contascom participação de Paulo Henrique Amorim e Protógenes Queiroz, no Centro de Ciências Sociais Aplicadas, informações e esclarecimentos sobre a Operação Satiagraha que foi deflagrada pela Polícia Federal em 8 de julho de 2008 contra uma quadrilha que praticava crimes financeiros.
As investigações iniciais, feitas também por profissionais da área contábil (Polícia Federal), começaram ainda em 2004, após a Operação Chacal, que indiciou o banqueiro Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity, e algumas pessoas que trabalhavam para ele, por espionagem. Ficou evidenciado o encontro dos princípios éticos com a criminalidade. Segundo a Polícia Federal, as informações que deram origem à ação foram passada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a Procuradoria da República em São Paulo.
Na apuração, a PF descobriu a existência de um segundo grupo, que agia junto com o primeiro e era formado por empresários e doleiros do mercado financeiro. Por meio de fraudes e informações privilegiadas, o dinheiro obtido em negócios escusos era lavado.
O objetivo do código de ética é contribuir para a formação da consciência profissional sobre padrões de conduta, como uma forma de estabelecer padrões mínimos e máximos de conduta que deve ser considerada regular dentro dos princípios éticos no âmbito profissional. Além disso, observa ? se a função estruturadora e sistematizadora das exigências éticas no que diz respeito à orientação, disciplina e fiscalização do desempenho das atividades profissionais.

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“... nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” (Gilberto Freire)