Custo para manter departamento de contabilidade interno é estimado em R$ 17 mil mensais, contra até R$ 2 mil da terceirizada
Texto disponível no Portal iG, texto de Nelson Rocco
O excesso de tarefas burocráticas, as mudanças constantes de regras e os gastos elevados com profissionais são apontados por especialistas como fatores mais que suficientes para que as pequenas empresas optem pela terceirização dos serviços de contabilidade. A alternativa seria a criação de um departamento próprio, hipótese praticamente descartada por conta da insuficiência de tarefas para ocupar um funcionário durante todo o mês.
“Para uma empresa com faturamento de até R$ 50 milhões por ano, a terceirização é a melhor saída”, afirma Mauro Terepins, presidente da Terco Grant Thornton, empresa de auditoria e consultoria que está entre as seis maiores do setor. "Quando esse patamar for superado, aí sim justifica-se a montagem de uma equipe de contabilidade." Esse é quase um consenso. “Numa pequena empresa, normalmente não há tanto trabalho para ocupar uma ou duas pessoas todos os dias”, diz Edison Arisa, coordenador-técnico do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e sócio da PricewaterhouseCoopers.
Legislação detalhada
Enory Luiz Spinelli, vice-presidente operacional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), lembra que os escritórios especializados têm conhecimento sedimentado sobre as normas contábeis, pois devem acompanhar cada detalhe da legislação para poder atender clientes de diversos segmentos. “A lei 11.638, de 2007, promoveu muitas mudanças na contabilidade, o que demanda aperfeiçoamento profissional. Além disso, há todas as regras de implementação do Sped Contábil e do Sped Fiscal, que aumentma a responsabilidade e exige conhecimento do contabilista”, afirma. Isso sem contar a adaptação da Legislação Societária às normas internacionais de contabilidade (IFRS – International Financial Reporting Standard).
Para Spinelli, também dono da Spinelli Contabilidade, de Porto Alegre, a profissão está numa fase de transição, que exige aperfeiçoamento constante dos contabilistas. Esse ponto é indicado por Arisa, do CFC, como fator contrário à contratação de pessoal próprio, já que a pequena empresa terá de gastar com cursos e palestras para que a equipe mantenha-se atualizada. “Além disso”, diz Arisa, “se contratar uma pessoa para toda a contabilidade, tem de ser um profissional gabaritado, que irá requerer um salário alto”.
A CCA Consultores Associados, de São Paulo, auxilia empresas na montagem de departamentos de contabilidade e presta serviços para terceiros. A pedido do iG, Luis Claudio Palese, sócio da CCA, fez os cálculos da montagem de uma estrutura mínima para um departamento.
Segundo as contas de Palese, os gastos mínimos mensais seriam de cerca de R$ 17 mil por mês. Essa verba seria suficiente para pagar um total de pouco mais de R$ 10 mil em salários e R$ 7 mil em encargos sociais. Dos salários, R$ 5 mil iriam para um contabilista, mais R$ 1,3 mil para um auxiliar (o mínimo determinado pelo Sindicato dos Contabilistas do Estado de São Paulo). O restante seria divido entre mais dois funcionários, um para o departamento de recursos humanos e outro para o departamento fiscal.
“Esses seriam os custos para a montagem de um departamento interno. Para terceirizar o trabalho, um bom escritório cobraria entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, isso levando em conta uma empresa pequena, com cerca de dez funcionários e a emissão de mais ou menos cem notas fiscais por mês”, diz Palese. “Com a terceirização, tem-se um custo menor.”
Texto disponível no Portal iG, texto de Nelson Rocco
O excesso de tarefas burocráticas, as mudanças constantes de regras e os gastos elevados com profissionais são apontados por especialistas como fatores mais que suficientes para que as pequenas empresas optem pela terceirização dos serviços de contabilidade. A alternativa seria a criação de um departamento próprio, hipótese praticamente descartada por conta da insuficiência de tarefas para ocupar um funcionário durante todo o mês.
“Para uma empresa com faturamento de até R$ 50 milhões por ano, a terceirização é a melhor saída”, afirma Mauro Terepins, presidente da Terco Grant Thornton, empresa de auditoria e consultoria que está entre as seis maiores do setor. "Quando esse patamar for superado, aí sim justifica-se a montagem de uma equipe de contabilidade." Esse é quase um consenso. “Numa pequena empresa, normalmente não há tanto trabalho para ocupar uma ou duas pessoas todos os dias”, diz Edison Arisa, coordenador-técnico do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e sócio da PricewaterhouseCoopers.
Legislação detalhada
Enory Luiz Spinelli, vice-presidente operacional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), lembra que os escritórios especializados têm conhecimento sedimentado sobre as normas contábeis, pois devem acompanhar cada detalhe da legislação para poder atender clientes de diversos segmentos. “A lei 11.638, de 2007, promoveu muitas mudanças na contabilidade, o que demanda aperfeiçoamento profissional. Além disso, há todas as regras de implementação do Sped Contábil e do Sped Fiscal, que aumentma a responsabilidade e exige conhecimento do contabilista”, afirma. Isso sem contar a adaptação da Legislação Societária às normas internacionais de contabilidade (IFRS – International Financial Reporting Standard).
Para Spinelli, também dono da Spinelli Contabilidade, de Porto Alegre, a profissão está numa fase de transição, que exige aperfeiçoamento constante dos contabilistas. Esse ponto é indicado por Arisa, do CFC, como fator contrário à contratação de pessoal próprio, já que a pequena empresa terá de gastar com cursos e palestras para que a equipe mantenha-se atualizada. “Além disso”, diz Arisa, “se contratar uma pessoa para toda a contabilidade, tem de ser um profissional gabaritado, que irá requerer um salário alto”.
A CCA Consultores Associados, de São Paulo, auxilia empresas na montagem de departamentos de contabilidade e presta serviços para terceiros. A pedido do iG, Luis Claudio Palese, sócio da CCA, fez os cálculos da montagem de uma estrutura mínima para um departamento.
Segundo as contas de Palese, os gastos mínimos mensais seriam de cerca de R$ 17 mil por mês. Essa verba seria suficiente para pagar um total de pouco mais de R$ 10 mil em salários e R$ 7 mil em encargos sociais. Dos salários, R$ 5 mil iriam para um contabilista, mais R$ 1,3 mil para um auxiliar (o mínimo determinado pelo Sindicato dos Contabilistas do Estado de São Paulo). O restante seria divido entre mais dois funcionários, um para o departamento de recursos humanos e outro para o departamento fiscal.
“Esses seriam os custos para a montagem de um departamento interno. Para terceirizar o trabalho, um bom escritório cobraria entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, isso levando em conta uma empresa pequena, com cerca de dez funcionários e a emissão de mais ou menos cem notas fiscais por mês”, diz Palese. “Com a terceirização, tem-se um custo menor.”
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