17 de jan. de 2011

A Presidenta ou a Presidente?

O propóstio desse Blog não é discutir gramática ou as dificuldades linguísticas da língua de Luís de Camões [para isso recomendo o Blog Português na Rede], mas no ano em que pela primeira vez na história uma mulher assumiu a presidência no Brasil, vale a pena o esclarecimento. Não garanto a obediência às regras gramaticais dos argumentos apresentados, mas que a palavra PRESIDENTA soa um pouco estranha, muitos concordam!

Presidenta?


Mas, afinal, que palavra é essa?

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais.

Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante...

Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do gênero, masculino ou feminino. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".

Um exemplo (negativo) seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta.". ENTÃO NÃO EXISTE PRESIDENTA!

Enviado por e-mail pelo amigo e companheiro de Mestrado Angelino Fernandes Silva [Obrigada!]

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“... nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” (Gilberto Freire)